Saques mostram que racismo e desemprego se cruzam na crise americana

Fotos Publicas (Michael Appleton / Mayoral Photography Office)

Os protestos nos Estados Unidos foram detonados pelo assassinato de um homem negro por um policial branco.

Começaram há nove dias em Minneapolis, onde ocorreu o crime, e já provocam toque de recolher em 40 cidades americanas, incluindo a capital, Washington, e a maior cidade, New Yok.

Movem-se contra o racismo desde o início. Nos últimos dias, porém, é crescente a presença de depredadores e saqueadores na esteira das manifestações que estendem por avenidas de grandes cidades.

Enquanto a policia acompanha o movimento dos manifestantes, grupos que se movem no contra-fluxo, arrombam e saqueiam lojas e edifícios.

O governo diz que são “baderneiros”,  “ladrões” e “criminosos” e ameaça endurecer com a repressão policial.

Na verdade é mais um sinal de que  o desemprego – outro problema americano que se agrava vertiginosamente- está ganhando corpo no ambiente de caos gerado pela pandemia.

Cerca de 20 milhões de trabalhadores perderam o emprego desde o início da crise. Os números do Departamento do Trabalho mostram que já são 38 milhões os que dependem do seguro de desemprego.

Os saques se repetem e multiplicam  nos últimos dias indicando que esse ingrediente conjuntural- o desemprego, que atinge sobretudo negros – está  se misturando ao caldo histórico do racismo,  tornando ainda mais indigesta a sopa que ferve no caldeirão americano.

Um comentário em “Saques mostram que racismo e desemprego se cruzam na crise americana”

  1. E os negros que estão saqueando lojas não sabem que isto só aumentará o racismo? Nos vídeos que passaram na TV não tinham brancos saqueando.

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