Autor: Patrícia Marini

  • Memória da Imprensa – Coojornal em cartaz

    É hoje o lançamento do livro Coojornal – um jornal de jornalistas sob o regime militar, a partir das 19 horas, na Assembléia Legislativa. Editado pela Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre de 1975 a 1982, o Coojornal teve destaque nacional pela qualidade editorial e pelo compromisso com a verdade.
    O Projeto Coojornal, da Libretos, pretende resgatar a memória do mensário que retratou a realidade brasileira, com coragem, num período de ditadura militar. Além do livro que reproduz 33 reportagens selecionadas, o projeto inclui um documentário em DVD, exposição de capas e debate. No futuro, serão digitalizadas todas as edições do Coojornal.
    Logo após a exibição do documentário, será aberta no vestíbulo nobre do Teatro Dante Barone uma exposição de capas do Coojornal e sessão de autógrafos do livro.
    Amanhã, também às 19h no Teatro Dante Barone, o documentário será reapresentado antes de começar o debate com a presença de jornalistas que fizeram jornal, como Elmar Bones (que foi o editor do Coojornal e hoje comanda o Jornal JÁ), Jorge Polydoro (Revista Amanhã), José Antonio Vieira da Cunha (do site Coletiva), Ayrton Centeno e Rafael Guimaraens. O programa terá atividade complementar para universitários, que receberão certificado de participação.
    A programação:
    9 de junho: 19 horas – apresentação do documentário; 20 horas – lançamento do livro com sessão de autógrafos
    10 de junho: 19 horas – apresentação do documentário; 20 horas debate
    9 a 17 de junho: exposição de capas no vestíbulo nobre Erico Veríssimo do Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa
    Serviço:
    Livro: Coojornal – um jornal de jornalistas sob o regime militar
    Organizadores: Rafael Guimaraens, Ayrton Centeno e Elmar Bones
    Editora: Libretos
    Número de Páginas: 272 páginas
    ISBN: 978-85-88412-48-4
    Preço de capa: R$ 40,00
    Ano: 2011
    Patrocínio: Petrobras e Caixa Econômica Federal
    Documentário: Coojornal – um jornal de jornalistas sob o regime militar
    Roteirista: Ayrton Centeno
    Direção: Carlos Carmo
    Produção: Manga Rosa
    Duração: 1 hora
    Extra: Evento-reportagem
    Depoimentos: Elmar Bones, José Vieira da Cunha, Jorge Polydoro, Rafael Guimaraens, Ayrton Centeno, Edgar Vasques, José Guaraci Fraga, Juarez Fonseca, Eduardo Bueno, Marco Túlio de Rose, Jacqueline Joner e outros.
    Página do projeto: www.coojornal.com.br

  • Blogueiros e tuiteiros encontram-se em Porto Alegre

    Começa nesta sexta-feira em Porto Alegre o I Encontro de Blogueir@s e Tuiteir@s do RS. Até domingo, estarão na Câmara Municipal discutindo de que forma a comunicação digital pode contribuir para democratizar o acesso à produção de conteúdo. Inscrições a R$ 30.
    Na internet, um espaço livre, todos os setores da sociedade podem se manifestar, o que não acontece na grande mídia. Os blogs representam hoje uma forma de contraponto à imprensa tradicional. Veja a programação, que termina com uma manifestação no Parque da Redenção, ao meio-dia de domingo, 29:
    27 de maio, sexta-feira
    18h30 — Credenciamento e abertura com autoridades e convidados;
    19h30 — Mesa de abertura: “As mídias digitais e a democratização da democracia“.
    28 de maio, sábado
    09h00 — Mesa de debates: “A importância estratégica e a viabilização da comunicação digital”;
    11h00 — Debate e perguntas de plenário, respostas e considerações da mesa;
    12h00 — Almoço;
    14h00 — Mesa de debates: “Políticas públicas para comunicação digital”;
    16h00 — Oficinas simultâneas;
    17h30 — Relatos e experiências de blogs: Salto Alto Futebol Clube, Cultura Crossdresser, El blog de Norelys e Teia Livre.
    29 de maio, domingo
    09h00 — Debate de plenário sobre o II BlogProg Nacional, elaboração da Carta dos Blogueir@s e Tuiteir@s Gaúch@s;
    11h15 — Coffee Break;
    11h45 — Deslocamento para o Parque da Redenção;
    12h15 — PIG PARADE no Parque da Redenção.
    *A agenda poderá ser alterada
    .
    Mesa de abertura
    As mídias digitais e a democratização da democracia
    Vera Spolidoro — Secretária de Comunicação e Inclusão Digital do Estado do Rio Grande do Sul;
    Altamiro Borges — Jornalista, blogueiro (Blog do Miro, http://altamiroborges.blogspot.com/), presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé (http://www.baraodeitarare.org.br/), ativista pela democratização da comunicação, organizador do BlogProg nacional, membro do Comitê Central do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e autor do livro “Sindicalismo, resistência e alternativas”.
    Marcelo Branco — Profissional de TI, ativista pela liberdade do conhecimento.
    Mesas de debates
    A importância estratégica e a viabilização da comunicação digital
    Eduardo Guimarães — Blogueiro (Blog da Cidadania, http://www.blogcidadania.com.br/), comerciante, ativista político (presidente do Movimento dos Sem Mídia)
    Leandro Fortes — Blogueiro (Brasília, Eu Vi, http://brasiliaeuvi.wordpress.com/). Organizador do BlogProg nacional. Jornalista, repórter da revista Carta Capital. É autor dos livros Jornalismo Investigativo, Cayman: o dossiê do medo, Fragmentos da Grande Guerra e Os segredos das redações. É criador do curso de jornalismo on line do Senac-DF e professor da Escola Livre de Jornalismo.
    Gabriela Zago — Jornalista gaúcha e pesquisadora de comunicação e jornalismo nas redes sociais digitais, blogueira (http://www.gabrielazago.com/), doutoranda em comunicação e informação, colaboradora do TwitBrasil e da Wave Magazine.
    Luiz Carlos Azenha — Jornalista, blogueiro (Vi o mundo, http://www.viomundo.com.br/), organizador do BlogProg nacional. Foi correspondente internacional da Rede Manchete, do SBT e da Rede Globo. Atualmente, faz reportagens para a Rede Record e é diretor geral do programa Nova África da TV Brasil.
    Renato Rovai — Blogueiro (Blog do Rovai, http://www.revistaforum.com.br/blog/). Jornalista, editor da revista Forum.
    Políticas públicas para comunicação digital
    Cláudia Cardoso — Diretora de Políticas Públicas da Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital do Governo do
    Estado do Rio Grande do Sul;
    Vinícius Wu — Secretário Chefe de Gabinete do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, coordenador do Gabinete Digital.
    Debatedor: Marco Weissheimer — Jornalista, blogueiro (RS Urgente, http://rsurgente.opsblog.org/), editor da revista eletrônica Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br/)
    Oficinas simultâneas
    Administração e ferramentas para blogs
    Tatiane Pires — estudante de ciência da computação na PUC/RS, é programadora e webdesigner, escreve no blogtatianeps.net e colabora no portal Teia Livre (http://www.teialivre.com.br).
    Redes Sociais
    Mirgon Kayser — Assessor de Organização, Sistemas e Métodos da Fundação Cultural Piratini – TVE/RS e FM Cultura. Blogueiro, autor do Blog do Mirgon (http://blogdomirgon.blogspot.com/).
    Relatos e experiências de blogs
    Norelys — Islamía (http://islamiacu.blogspot.com/)
    Marco Aurélio — Teia Livre (http://www.teialivre.com.br)
    Luísa Stern — Cultura Crossdresser (http://www.culturacd.com/)
    Roberta Konzen e Quetelin Rodrigues— Salto Alto Futebol Clube (http://saltoaltofutebolclube.wordpress.com/)

  • Ato na cidade contra novo código florestal

    Padre Atílio benzeu as cinco mudas de pau-ferro antes que fossem plantadas no Parque Farroupilha, pelos ambientalistas que promoveram ato contra a reforma do Código Florestal, em tramitação na Câmara dos Deputados.
    Porta-voz do movimento SOS Matas no ato promovido ontem na Redenção e representante da CNBB, padre Atílio lembrou que “os bispos e padres inteligentes, e as igrejas cristãs em geral, assumiram que devem ser uma voz forte na defesa do meio ambiente”.
    Promovida pelo WWF e SOS Mata Atlântica, a manifestação reuniu representantes de diversas organizações ambientais, como Agapan e UPV. Num parque quase vazio, devido ao clima sombrio da manhã, os manifestantes avaliavam que a meta está sendo alcançada: a conscientização do cidadão urbano sobre as conseqüências das mudanças no código tornou a opinião pública contrária à aprovação da nova lei.
    “Se diminuírem os recuos nas margens dos rios no campo, daqui a pouco o lobby chega nas cidades para fazer a mesma mudança”, alertava o vereador Beto Moesch. “O que tem que mudar é que, hoje, o produtor rural que faz direito não recebe nenhum incentivo por isso”, protestou.

  • Setor calçadista perdeu 40 mil empregos

    Depois de perder 40 mil empregos nos últimos cinco anos, o setor calçadista do Rio Grande do Sul foi ultrapassado pelo Ceará na exportação de sapatos.
    Fruto da guerra fiscal que provocou a migração de fábricas do Sul para o Nordeste, a nova geografia da indústria do calçado brasileiro não impediu a queda nas exportações nem o aumento das importações, principalmente da China.
    Em 2010, o Brasil exportou US$ 1,5 bilhões em calçados.
    Desde 1990 esse número não baixava de R$ 2 bilhões por ano. Em 1996, o Rio Grande do Sul representava 88% das vendas brasileiras de sapatos.
    Em 2010, esse percentual caiu para 47%. Os EUA, que representavam 73% das exportações brasileiras, caíram para 23%.
    É uma reviravolta numa história iniciada no final dos anos 1970, durante o milagre econômico, quando os calçados brasileiros, junto com os têxteis, formaram a linha de frente da arrancada dos manufaturados verde-amarelos no mercado internacional

  • Pesquisa do Clínicas repercute nos EUA

    O dia 4 de maio de 2011 vai entrar para a história da medicina no Rio Grande do Sul: pela primeira vez uma equipe de pesquisadores do Estado consegue publicar um trabalho científico no Journal of the American Medical Association, a mais importante publicação médica dos Estados Unidos.
    A pesquisa dos gaúchos, sobre a eficácia dos exercícios físicos no tratamento da diabetes 2, mereceu ainda um editorial da mesma revista, dizendo que seus resultados podem influenciar até na política de saúde pública americana.
    Segundo o editorial, os resultados do trabalho são tão significativos, que o governo americano deveria custear os gastos com a atividade física controlada, como parte do tratamento da doença.
    Seis pesquisadores participaram do trabalho, que analisou mais de 4 mil estudos sobre os efeitos da atividade física regular no tratamento do portadores da chamada “diabates da maturidade”: Beatriz Schaan, Jorge Luiz Gross, Mirela Azevedo, Caroline Kramer, Daniel Umpierre e Jorge Pinto Ribeiro.
    A principal constatação é de que a atividade física controlada e acompanhada de uma dieta pode dar os mesmos efeitos do remédio no controle da diabetes, sem os riscos dos efeitos colaterais associados aos medicamentos, como obesidade e hipoglicemia.

  • Troca de acusações na CPI do ProJovem

    A CPI do ProJovem, em andamento na Câmara de Porto Alegre, ouviu Rafael Fleck, ex-coordenador do programa na gestão do vereador Mauro Zacher (PDT), entre 2005 e 2007, e hoje chefe de gabinete do vereador. Ele disse o que se esperava: que o foco do inquérito está equivocado.
    Para Fleck, o alvo da investigação não deve ser a gestão de Zacher, indiciado pela Polícia Federal, mas as gestões de Juliana Brizola, de três meses, e do seu marido, Alexandre Rambo, de dois anos e oito meses.
    Juliana Brizola (PDT) possivelmente dará um novo depoimento, devido às suas contradições. Já Rambo não atendeu aos chamados da CPI.
    – O Alexandre Rambo já foi chamado, agora se ele não se apresentar vamos pedir o apoio da Brigada, alerta o vereador Mauro Pinheiro (PT).
    O braço direito de Zacher relatou que a Secretaria Municipal da Juventude (SMJ) fez algumas contratações de pessoal sem qualificação, mas que eram cabos eleitorais de Juliana. E que a deputada contratou a Fundação Ulbra (que recebeu 40% do pagamento antes de começar as aulas, embora o contrato previsse 20%) para executar o programa, em substituição à Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae), sem licitação.
    E confirmou a denúncia feita por Adriane Rodrigues, de que servidores foram coagidos a devolver parte do salário, para manejo da campanha de Juliana Brizola.
    Rafael Fleck foi à comissão com habeas corpus preventivo, segundo ele, para evitar um processo criminal, já que tem conhecimento de informações sigilosas.
    Ele também se defendeu da acusação feita pelo empresário Douglas Bouckardt, que prestou serviços de sonorização para Secretaria e disse que foi ameaçado de morte por Fleck.
    Um dado importante revelado pelo chefe de gabinete de Zacher é que Jonatas Ouriques, assessor jurídico da Secretaria da Juventude nas gestões de Juliana Brizola e de Alexandre Rambo, comprou uma casa no valor de 500 mil reais com dinheiro de desvios. A CPI pediu quebra do sigilo bancário.
    SECRETÁRIO DA JUVENTUDE É CRITICADO
    Fleck criticou o atual secretário da Juventude, Luizinho Martins (PDT), que depôs antes dele, por não ter divulgado auditoria que mostra adiantamentos para prestadores de serviço na SMJ.
    Segundo o vereador Pinheiro, foram comprovados 40 pagamentos para a DAM Vídeo, oriundos da SMJ e da própria Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
    O secretário da Juventude evitou entrar no foco das investigações, disse que não tem muitos detalhes sobre as ações anteriores e que pode responder apenas pelo tempo que ocupa o cargo.
    No momento, quem executa as ações do ProJovem em Porto Alegre é a Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Extensão da Unisul (Faepesul), ligada à Universidade do Sul de Santa Catarina, que venceu a concorrência pública.

  • Terça Ecológica debate o Código Florestal

    A primeira Terça Ecológica de 2011 é neste 5 de abril, das 19h às 21h. A série de debates promovidos pelo NEJ/RS (Núcleo dos Ecojornalistas) estréia com as mudanças propostas para o Código Florestal.
    O engenheiro florestal Luiz Ernesto Grillo Elesbão e o biólogo Paulo Brack levantarão as questões polêmicas das alterações no Código Florestal.
    Luiz Elesbão é coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Florestal do CREA-
    RS, mestre em Manejo Florestal, doutorando em Engenharia Florestal, e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
    Paulo Brack é mestre em Botânica, doutor em Ecologia e Recursos Naturais e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
    A Terça Ecológica acontece sempre na primeira terça-feira de cada mês, com o objetivo de aprofundar a discussão sobre questões ambientais.
    Em 2011, o NEJ/RS buscará organizar os eventos em parceria com outras entidades, a fim de diversificar e ampliar o público interessado. Todos os debates terão entrada franca.
    Este primeiro, sobre o Código Florestal, será na sede do CREA-RS (Rua Guilherme Alves, 1010 – 5º andar). A Terça Ecológica de junho será em parceria com o Jornal JÁ, sobre a nova lei dos resíduos sólidos e suas repercussões.

  • Seminário debaterá ditaduras do Cone Sul

    Os 47 anos do golpe de 1964 serão lembrados no seminário Memória, Verdade e Justiça: Marcas das Ditaduras do Cone Sul , dias 30 e 31 de março e 1º de abril, em Porto Alegre.
    O evento é promovido pela Escola do Legislativo, da Assembléia gaúcha, pelas secretarias estaduais da Administração e da Cultura, e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
    Participarão das mesas Maria do Rosário, Ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos; Raul Pont, deputado estadual; Luis Puig, deputado uruguaio; Sereno Chaise, prefeito da Capital cassado em 1964; Antenor Ferrari, ex-presidente da Assembleia Legislativa; Suzana Lisbôa, integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos; Estela de Carlotto, presidente da Asociación Abuelas de Plaza de Mayo; Camilo Casariego Celiberti, filho de Lilián Celiberti, sequestrado em Porto Alegre em 1978; e Edson Teles, sequestrado em 1972.
    No dia 30, o seminário começará no Memorial do Rio Grande do Sul (Rua Sete de Setembro, 1020, Centro), às 18h30. No dia 31, segue no Plenarinho da Assembleia (Praça Marechal Deodoro, 101, Centro), també, a partir das 18h30. No dia 1º de abril, termina no Salão de Atos II da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110, Centro), às 18h. As mesas serão precedidas por manifestações culturais. Todas as atividades são gratuitas e abertas à comunidade.
    Programação:

    30 de março, no Memorial do Rio Grande do Sul

    18h30 – Pocket show: Cale-se: as músicas censuradas pela ditadura militar, promovido pelo Teatro de Arena
    19h – Mesa: “Ditaduras de Segurança Nacional: o Sequestro de Crianças”
    Convidados:
    Camilo Casariego Celiberti
    Edson Teles
    Exibição de Documentário
    Mediação: Ananda Simões Fernandes, Historiadora do Arquivo Histórico do RS
    31 de março, na Assembleia Legislativa (Plenarinho)

    18h30 – Apresentação musical: Raul Ellwanger, músico e compositor
    19h – Mesa: “Memórias da Resistência no Rio Grande do Sul”
    Convidados:
    Raul Pont
    Sereno Chaise
    Antenor Ferrari
    Mediação: Cesar Augusto Guazzelli, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS, e Jeferson Fernandes, deputado, presidente da Escola do Legislativo
    1º de abril, na UFRGS (Salão de Atos II)
    18h – Intervenção teatral: Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
    19h – Mesa: “Memória, Verdade e Justiça: Os Direitos Humanos e os Deveres do Estado”
    Convidados:
    Maria do Rosário
    Suzana Lisbôa
    Estela de Carlotto
    Luis Puig
    Mediação: Enrique Serra Padrós, professor do IFCH/UFRGS
    OS PAINELISTAS
    Antenor Ferrari – Advogado, deputado estadual pelo MDB, presidiu a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a primeira do Brasil, criada em 1980. Também foi presidente da Casa em 1983.
    Camilo Casariego Celiberti – Filho de Lilián Celiberti, sequestrada em 1978 em Porto Alegre num operativo Condor que congregou o aparato repressivo uruguaio e brasileiro, conhecido como “o sequestro dos uruguaios”. Depois da denúncia do jornalista Luiz Cláudio Cunha e do fotógrafo J.B. Scalco, a operação foi desmanchada. Camilo (sete anos) e sua irmã Francesca (três anos) também foram sequestrados e levados para o Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul (Dops/RS). Camilo teve um papel decisivo ao confirmar o local do seu cativeiro em Porto Alegre: reconheceu o Arroio Dilúvio, que ele via do segundo andar do prédio da Secretaria de Segurança Pública, onde funcionava o Dops.
    Edson Telles – Professor de Ética e Direitos Humanos do curso de Pós-graduação da Universidade Bandeirante de São Paulo. Filho e sobrinho de presos políticos, aos quatro anos de idade foi sequestrado e levado para as dependências do Doi-Codi de São Paulo, juntamente com sua irmã, Janaína (cinco anos), e sua tia, Criméia de Almeida, grávida de oito meses. As crianças ficaram presas durante dez dias no centro de repressão, assistindo às sessões de tortura as quais seus pais foram submetidos. Em 2008, a família Almeida Teles ganhou na Justiça a ação declaratória contra o chefe do Doi-Codi/SP, Carlos Alberto Brilhante Ustra.
    Estela de Carlotto – Presidente da Asociación Abuelas de Plaza de Mayo. Sua filha foi sequestrada e enviada a um centro de detenção clandestino quando estava grávida de três meses. O corpo de sua filha lhe foi devolvido. Seu neto, no entanto, não lhe foi entregue. Até hoje, Estela segue em sua busca. A ditadura argentina sequestrou e expropriou a identidade de mais de 500 crianças. Até o presente momento, cerca de cem crianças tiveram suas identidades restituídas.
    Luis Puig – Sindicalista, secretário de Direitos Humanos do Plenario Intersindical de Trabajadores – Convención Nacional de Trabajadores (PIT – CNT). Representante da CNT na Coordenação Nacional pela Anulação da Ley de Caducidad (lei de anistia similar à brasileira) e deputado do Partido por la Victoria del Pueblo (PVP), pela Frente Ampla.
    Raul Pont – Deputado Estadual pelo PT. Historiador, foi líder estudantil e presidiu o DCE Livre da UFRGS, em 1968. Foi perseguido pela ditadura brasileira. Participou da fundação do jornal Em Tempo. Fundador do PT, atuou como deputado estadual constituinte, deputado federal e prefeito de Porto Alegre (1997-2000).
    Sereno Chaise – Advogado e trabalhista histórico, foi cassado pelo Golpe Civil-Militar em 1964, quando era prefeito de Porto Alegre. Foi deputado estadual entre 1959 e 1963 pelo PTB. Foi um dos fundadores do PDT.
    Suzana Keniger Lisbôa – Integrante da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos. Seu marido, Luiz Eurico Tejera Lisbôa, foi o primeiro desaparecido político da ditadura a ser reconhecido oficialmente pelo Estado como assassinado pelo sistema repressivo.

  • Sábado na Redenção, com sol ou com chuva

    Muita atividade neste final de semana na Redenção, ou Parque Farroupilha: comemoração pelos 99 anos do Colégio Militar, palestra sobre a cidade e a presença da Ouvidoria da Câmara de Vereadores, dentro da programação do aniversário de 239 anos de Porto Alegre.
    A manhã começa com a primeira feira de outono dos agricultores ecologistas, na José Bonifácio. Uvas e figos são lugar aos caquis, goiabas e figos na “feirinha”, que sorteará cestas de produtos outonais. A sequência da programação mostra, por si só, que a Redenção e seu entorno abrigam muita diversidade.
    No Colégio Militar a cerimônia começa às 09h30 de sábado, no pátio interno, com os alunos em uniforme de gala, professores, ex-alunos, pais e amigos do velho Casarão da Várzea, e o desfile do “Batalhão da Saudade”, composto por ex-alunos de todos os tempos – os mais velhos com mais de 90 anos, os mais novos formados em 2010.
    Dentro da exposição “Bom Fim: um bairro, muitas histórias”, em cartaz no Museu da UFRGS, às 10h30 deste sábado haverá a palestra “Leituras da cidade: o que ler e o que ver para conhecer Porto Alegre”, da professora Zita Possamai, organizadora do livro Leituras da Cidade. Entrada franca, distribuição de livros aos participantes, autógrafos.
    A programação cultural alternativa está na Fundação Ecarta (João Pessoa, 943, em frente ao parque). Às 18 horas, o Ecarta Musical traz Jorge Foques com “Ayó”, resultado de 20 anos de pesquisas de Foques sobre línguas africanas. Ele toca violino, acordeon, teclado e guitarra. Produtor musical, tem 210 composições registradas.
    Banda Municipal
    O tradicional Baile da Cidade, uma celebração já típica dos porto-alegrenses no seu aniversário, encerra a programação da 52ª Semana de Porto Alegre, em torno do chafariz da Redenção. Às 21 horas, começa a música: Banda Municipal, Banda Os Formigos, Cia. 4 Show e o DJ Claudinho Pereira. A Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura garante a infraestrutura do espaço, com banheiros químicos, praça de alimentação e segurança.
    A previsão do clima é de uma trégua na chuva no sábado, com pancadas mais esparsas, e de um domingo mais chuvoso, como foi a sexta-feira, mas a temperatura deve se manter sem grandes oscilações. O desconforto maior será a água que tem ficado acumulada no chão após algumas horas de chuva, devido à falta de manutenção do sistema de drenagem nos últimos anos.
    A chuva pode prejudicar a atividade da Ouvidoria da Câmara Municipal no parque, das 9 horas às 16 horas de domingo, para convidar a população a participar das eleições do Conselho Tutelar, no próximo dia 10 de abril. Às 11h, lançamento da Coletânea de Legislação Municipal Relativa aos Direitos da Criança e do Adolescente. Às 11h30min, visita orientada às obras públicas instaladas no parque, com o professor José Francisco Alves. A Câmara, por meio do seu Memorial, apresenta também a exposição Morro Santa Teresa – História e Movimento Social.

  • Projeto do metrô será apresentado aos vereadores

    A Câmara Municipal de Porto Alegre instala hoje, às 15h, na sessão ordinária, a Frente Parlamentar do Metrô. Será presidida pelo vereador Mauro Pinheiro (PT), autor da proposição, para acompanhar o projeto de construção da primeira linha do metrô de Porto Alegre.
    A linha transportará 600 mil habitantes diariamente, do eixo norte da cidade até o bairro Azenha, na zona leste. Hoje o Executivo Municipal deverá apresentar os projetos aos vereadores.
    Segundo a assessoria da presidente da Casa, Sofia Cavedon, os vereadores poderão fazer sugestões para assegurar que a proposta encaminhada ao Governo Federal contemple critérios como sustentabilidade operacional dos sistemas, compatibilidade entre a demanda e os modais propostos e acessibilidade, além priorizar os projetos que beneficiem áreas com população de baixa renda que tenham situação fundiária regularizada.