Passava das 13 horas quando o presidente da Câmara Municipal, Thiago Duarte (PDT), e o vice, Bernardino Vendruscolo (PSD), foram admitidos no plenário, ocupado desde a tarde de quarta-feira por integrantes do Bloco de Lutas pelo Transporte 100% Público, para receber uma carta com suas exigências para desocupar a casa. Visivelmente abatido, Duarte disse que vinha “humildemente pedir uma solução, pois nem tudo depende da Câmara”. A arquiteta Cláudia Fávaro, que entregou-lhes a carta, lembrou: “Quando ocupamos esta casa, nossas reivincicações já eram públicas e vocês nada fizeram”.Questionado, Duarte garantiu que “ainda” não havia se reunido com a Brigada Militar para tratar de uma ação de reintegração de posse da Câmara. O vice Vendruscolo chegou a sugerir que uma comissão dos manifestantes os acompanhasse até o prefeito José Fortunati . “Ele que venha até aqui, ou vocês conversem entre vocês e nos tragam uma resposta até segunda-feira, dia 15”, foi a resposta dos manifestantes. Ambos saíram sob gritos da galera: “Não me representa”. A carta exige dos vereadores o compromisso de votar o passe livre municipal para estudantes e desempregados , não sendo permitidas isenções tributárias, e de derrubar qualquer veto contra isso que eventualmente parta do Executivo. Os manifestantes também querem a abertura das contas das empresas concessionárias de linhas de ônibus, retroativa a janeiro de 2012, quando um parecer do Tribunal de Contas questionou a forma de cálculo das tarifas, além da quebra do sigilo bancário dos donos das empresas de transporte. Pedem ainda a criação de conselhos e formas de controle social sobre o transporte público.