Depois que foi aprovado por 21 votos a 4 o projeto de lei do governo Fortunati que altera a ‘lei das antenas’, a Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural) vai pedir ao Ministério Público que questione a condução dos trâmites legislativos. O pedido de urgência levou a matéria direto ao Plenário, sem passar pela discussão nas comissões da Câmara.
O barulho recomeça nesta manhã de sábado, 19/6/14. A Fundação Gaia convida para divulgar “o voto do seu vereador” na tradicional FAE (Feira dos Agricultores Ecológicos), das 7h30 às 13hs, no primeiro quarteirão da rua José Bonifácio, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre.
Estas e outras entidades ambientalistas, além das universidades, não veem justificativas à tramitação do projeto em regime de urgência. Entendem que a votação apressada, às vésperas do recesso legislativo, serviu simplesmente para rasgar o princípio da precaução, recomendado pela Organização Mundial da Saúde e adotado pela legislação municipal desde 2002.
Os prejuízos à saúde pela exposição involuntária a campos eletromagnéticos já não são mais apenas suspeitas. Pesquisas que monitoraram as radiações por períodos de oito a dez anos comprovaram a relação com vários tipos de câncer – na Alemanha, em Israel e Minas Gerais, no Brasil.
Uma semana antes da votação, 16 vereadores fechavam com o prefeito. Na hora H, foram 21 a favor, com 11 ausências. Tempos de campanha.