A banda e a política da segurança

Aumento de salários para a segurança é um tema que se arrasta, mas o corte de ponto é coisa rápida.
Parece-me que a discussão da política da segurança pública, sem deixar de observar, com máxima responsabilidade, as carências das burras governamentais, deva ter como ponto de partida e porto de chegada os interesses da sociedade. Isso não tem acontecido na prática e, sim, unicamente, na retórica ufanista e diáfana palaciana, ultimamente acompanhada por banda de música. Na prática, a sociedade tem sido conduzida a conviver com os níveis da violência e da criminalidade e, sem raridade, é chamada a recosturar os remendos que se romperam atrás das notas mais altas da banda de música.
Hoje, dentro desse jogo em que a sociedade é esquecida, o governo, que tão bem dribla as comissões de profissionais da segurança que não só lutam por salários dignos, mas também por condições de trabalho decentes com efetivos ampliados, está para cortar o ponto daqueles que por isso estão militando na linha de frente. Pior do que isso, está sendo executada a estratégia do dividir para governar, pois delegados estão sendo jogados contra agentes e vice-versa.
Contidos nesta moldura, ontem, a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública e a 1ª Conferência Estadual de Segurança Pública, que ocorrerão em 2009, respectivamente em Brasília e Porto Alegre, foram alvo de debates no auditório da SSP (Secretaria da Segurança Pública). Minha sugestão é de que, para não fugir da realidade, os atuais métodos do governo gaúcho na política da segurança, estejam na ponta das teses que serão desenvolvidas em 2009, aqui e em Brasília.
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A suspeição de usufruir de uma aposentadoria fraudulenta como comerciário, que recaiu sobre o coronel da reserva Cairo Camargo, então presidente da AsofBM (Associação dos Oficiais da Brigada Militar, motivou uma diligência da Polícia Federal que fez uma devassa na entidade, com a participação de uma servidora do INSS. Uma das salas devassadas foi a do diretor jurídico da entidade, capitão Rafael Monteiro Costa, contra quem não há qualquer acusação. Agora, Monteiro está representando à Justiça Federal por abuso de autoridade da Polícia Federal, incluindo a funcionária da previdência. Segundo Monteiro, um agente federal ao ser advertido de que estava indo além do que o mandado de busca lhe permitia, teve como respostas de que se tratava de um “procedimento padrão”. O caso está na 3ª Vara Criminal com a juíza Cristina de Albuquerque Viei-ra.
Fumaça
No seguimento da “Operação Maria Fumaça”, agentes da 2ª DP de Passo Fundo, comandados pela delegada Cristina Santos da Rocha Crusius, foram presos, ontem, Adriano Fidencio Rodrigues da Costa, Elisete dos Santos Machado, Cínara dos Santos Machado, Paulo de Miranda e José Roberto Rodrigues de Andrade, acusados da pratica de tráfico de entorpecentes. Todo o grupo tem antecedentes criminais, sendo que Adriano estava foragido do Presídio Regional de Carazinho e José Roberto era procurado pela polícia de Cascavel, Paraná. Esta ação começou sexta-feira última com a prisão de Dalvaci Eva Dias dos Santos que, segundo, a delegada Cristina, liderava os quadrilheiros.
Caminhada
Estão abertas as inscrições, até sexta-feira, para a 10ª edição da Caminhada e Passeio sobre rodas de dois quilômetros, alusiva aos 167 anos da Polícia Civil. A caminhada será realizada no dia 30 de novembro, a partir das 08h30min, no Parque Moinhos de Vento (Parcão). Os participantes receberão uma camiseta alusiva ao evento, mediante a entrega de três quilos de alimento por participante.
PM temporário
Hoje é o último dia em que estarão abertas as inscrições para o processo seletivo do Programa de Militares Estaduais Temporários (PM Temporário). No site www.brigadamilitar.rs.gov.br podem ser obtidas informações detalhadas.
Execução
Em Taquara, na tarde de ontem, a polícia encontrou o corpo de um homem, baleado na cabeça, numa vala, na localidade de Morro Pelado. O cadáver é de um homem branco de compleição física avantajada, altura aproximada de 1m70cm, cabelos escuros e curtos, cavanhaque, vestido apenas com bermuda jeans de cor azul desbotado, e chinelos. As características do caso são de execução, pois inclusive dinheiro foi encontrado com a vítima.

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