Bolsonaro

Penso que devemos estar preparados para o pior, mas não desistir de lutar para evitá-lo.
Pela minha ótica, o pior no momento seria uma eleição do capitão Jair Bolsonaro, que um alucinado mandou para o segundo turno com uma facada. Bolsonaro vai dividir o país.
Não, não acho que a alternativa seria o Lula. Temo que um terceiro governo Lula seria uma calamidade. Não por Lula, nem pelo PT, nem por nada. Seria um governo sob cerco implacável.
Lula está certo em lutar por sua inocência, se ele está convicto, e exigir provas cabais, não meras deduções a partir de delatores. Mas ele está derrotado no embate jurídico e a eleição tem uma data.
Haddad é uma saída para um impasse que ameaça embretar a eleição mais importante depois da redemocratização.
Há um aspecto positivo: de certa forma ele representa um avanço em relação a Lula, no sentido de ser menos messiânico, mais acadêmico.
Vai disputar com Ciro Gomes a candidatura da esquerda para o segundo turno. Um deles vai enfrentar Bolsonaro, o candidato que já se impôs à direita.
Não poderia haver cenário melhor para a esquerda e para as forças democráticas depois da avalanche de 2016.
(E.B.)

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