ELMAR BONES/Uma guerra para Bolsonaro

É grave a crise com a Polícia Militar no Ceará, não há dúvida. Não só pelo potencial de violência local que se acumula, como pelo risco de contágio para outros Estados.
Mas Bolsonaro extrapola ao falar em “guerra urbana” e sugerir uma ação truculenta das forças do Exército que vão garantir a lei e a ordem no Ceará.
Logo após assinar o decreto de intervenção das Forças Armadas no Estado, Bolsonaro voltou a defender o “excludente de ilicitude”, isto é, a situação em que militares ficarão isentos de punição, mesmo que matem.
“Os militares têm que ter excludente de ilicitude. Ou seja, acabou a missão, ele [militar] vai para casa”, afirmou o presidente na rede social.
Em seguida,  declarou que será o “responsável pelos militares que atuarão no Ceará”.
Quer mais claro? O presidente está instigando os militares que vão intervir no Ceará, garantindo-lhes a impunidade em caso de “excessos”.
Entende-se, um conflito seria uma saída para desviar as atenções neste momento em que o presidente está acuado. Mas essa da “guerra urbana” no Ceará, onde o governo é do PT, parece caricatura.
Estará a ditadura se repetindo como farsa?

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