A pesquisa encomendada ao Ibope pela Confederação Nacional da Indústria não pode ser mais insuspeita.
Ela revela algo que se torna a cada dia mais gritante: a situação do ex-presidente Lula, condenado por corrupção, preso há mais de 80 dias, com todas as acusações contra ele reiterada e amplamente divulgadas.
E, mesmo assim, liderando todas as pesquisas eleitorais, alcançando agora o dobro do segundo colocado e um percentual maior do que os demais somados!.
Estará o povão sendo enganado por solertes petistas que defendem Lula?. Ou o povo não acredita nas acusações?. Ou acredita, mas acha que tudo isso é uma grande armação e, assim mesmo, prefere Lula?.
Seja o que for, a situação que se criou, e que se agrava, é perigosamente desafiadora para nossa claudicante democracia: em nome de quê vai se tirar do pleito o candidato que a maioria dos eleitores quer, apesar de tudo o que se diz contra ele?
Sejam quais forem as razões para barrar Lula, e elas não faltarão, não há como escapar ao fato de que se vai amputar a vontade (o direito?) de uma maioria de eleitores, que reiteradamente aponta o ex-presidente como seu candidato.
Qual a consequência disso? A eleição de Bolsonaro, como apontam os cenários sem Lula, pode não ser o mais grave.
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