O fator Cunha, outra vez

Eduardo Cunha, como presidente da Câmara, foi o artífice do golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff.
E agora, com a delação dos homens da JBS,  fica claro que o golpe precisa (va) do silêncio de Cunha para se sustentar. (Ou os nossos sempre abalizados colunistas e analistas políticos continuarão a dizer que não foi golpe?)
Fica claro também que Temer é um presidente ilegítimo, que a mídia corporativa vinha sustentando (e faturando alto com as verbas generosas).
“Deixem o homem trabalhar” foi o título da coluna de Ricardo Noblat, no Globo,  quando Temer completou um ano na presidência.
As cenas da colunista Eliane Cantanhêde, do Estadão, na entrevista com ele, chegam a ser comoventes!
Toda a mídia ensaiava um mutirão de apoio ao seu mandato e às suas “reformas”, com manchetes sobre a retomada da economia, a redução do desemprego e outros quetais.
Mas eis que o mesmo Eduardo Cunha, hoje trancado numa cela da Polícia Federal,  leva Temer à lona.
Foi por medo de que ele abrisse o bico que Temer tratou com o empresário Joesley  Batista da mesada de R$ 500 mil : “Isso tem que ser mantido, viu?”
A Globo pediu desculpas por ter apoiado o golpe militar de 1964. E agora? E os demais, que nem isso fizeram?
Continuarão a se apresentar como os certificadores da informação, a salvaguarda do leitor contra as noticias falsas que inundam a internet?
Provavelmente, estarão na primeira linha apoiando o golpe dentro do golpe, que já se desenha com uma eleição indireta. E, como sempre, dizendo que não é golpe.
 
 
 
 
 
 
 

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