Trânsito mata de novo

Mais um feriado prolongado e mais uma vez as manchetes dos jornais da segunda-feira se repetem com os dados trágicos do saldo: mortos, feridos, danos materiais, etc. Enquanto:
1) Pessoas com pouca experiência continuarem a dirigir nas estradas (“motoristas de fins de semana”);
2) O governo não investir pesadamente nas rodovias, seja diretamente ou por concessões (que têm que ser fiscalizadas com rigor), sinalizando, refazendo trechos, equipando as polícias com os instrumentos necessários à coibição de velocidade e aferição da embriaguez de condutores;
3) As polícias rodoviárias (federal e estaduais) não forem para os trechos fiscalizar e autuar em vez de ficarem no interior dos postos;
4) Os condutores experientes não se conscientizarem que a faixa amarela não é um símbolo decorativo e sim uma regulamentação legal ao ato de ultrapassar;
5) Os contratantes de transporte coletivo insistirem na pressa das entregas obrigando os motoristas de caminhão a tomar rebites para cumprirem horários, o que os torna potencialmente homicidas na boléia;
6) A legislação continuar retrógrada e não punir os autores como delitos do Código Penal em vez de o serem os do Código de Trânsito;
7) As escolas não receberem uma disciplina específica de educação para o trânsito, obrigatória, com carga-horária mínima, ministradas por especialistas, com vistas a se educar os motoristas de amanhã, numa visão estratégica de futuro;
8) Os veículos de nossa frota não forem obrigados a sair da linha de montagem com o mínimo de equipamentos obrigatórios de segurança como airbags e freios ABS (por exemplo).
Iremos lamentar por muito tempo a perda de vidas e as lesões deformantes que vemos todas as segundas-feiras pós-feriados.

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