Pesquisa mostra que lojistas de shopping são favoráveis a reabertura nas modalidades de delivery, take away ou drive thru

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) desenvolveu uma pesquisa com mais de 540 lojistas de 16 shopping centers estabelecidos em Porto Alegre, a fim de compreender a realidade e a opinião dos lojistas em relação à possibilidade de operarem enquanto os empreendimentos ainda não estão oficialmente abertos.

Também para entender a opinião dos lojistas sobre a possibilidade de reabertura dos shoppings na Capital a partir do dia 15 de maio. Com a pandemia, os as vendas dos shoppings despencaram. A Abrasce estima que, no Brasil, o setor tenha perdido R$15 bilhões.

Dos pesquisados do setor de alimentação, 60% se mostram favoráveis à reabertura das lojas em shoppings a partir do dia 15 de maio para operarem na modalidade de delivery, take away (restaurante que vende suas refeições que são levadas e consumidas em outro local) ou drive thru. Já 40% preferem manter o fechamento.

No segmento de lojas e serviços, 73% se mostram favoráveis à reabertura das lojas em shoppings para operarem na modalidade de delivery, take away ou drive thru. A operação drive thru deverá ser centralizada pelo shopping, e não desenvolvida individualmente pelos lojistas.

“Neste momento, que ainda exige muita cautela e seriedade, entendemos que esta pode ser a melhor opção para as operações de shopping centers, enquanto os shopping centers estiverem fechados por decreto”, disse o presidente da Abrasce, Glauco Humai, em carta ao prefeiro Nelson Marchezan Júnior

Humai disse, ainda, que a entidade está à disposição para uma nova reunião com o Prefeito nesta semana, para apresentação dos dados e aprofundamento das questões. Marchezan Júnior reuniu os representantes dos shoppings de Porto Alegre na noite de segunda-feira, 4. No domingo, 3, já havia conversado com lojistas e donos de bares e restaurantes de shoppings. Os estabelecimentos foram fechados por decreto, em 17 de março, como medida para conter o avanço do novo coronavírus na Capital.

Segundo Marchezan Júnior, a abertura do comércio, no dia 5 de maio, pelos autônomos, profissionais liberais, microempreendedores individuais e microempresas foi porque são menores, trabalham de forma descentralizada. Assim, provocam menos impacto, por exemplo, no transporte coletivo.

Entre as medidas para controle do fluxo de pessoas sugeridas pela Abrasce estão a redução do uso de vagas de estacionamento e determinação de portas específicas para entrar ou sair do estabelecimento, marcações nos pisos, distribuição de dispensers de álcool gel pelo hall dos shoppings, uso obrigatório de máscaras, testagem dos funcionários, medição de temperatura na entrada do local, utilização de tapetes bactericidas nas entradas.