Coleta Seletiva: lixo no lugar errado custa 800 mil por mês ao DMLU

Cerca de 600 pessoas trabalham nas Unidades de Triagem. FOTO: Giulian Serafim/PMPA (Unidade de triagem) do DMLU

Felipe Uhr

Mais de 250 toneladas de material reciclável, que representam 23% de todo o lixo recolhido em Porto Alegre, vão parar no lugar errado, a cada dia.

O custo desse erro, cometido na hora de descartar o lixo doméstico, custa   R$ 800 mil por mês aos cofres da prefeitura.

São quase 9 milhões por ano, considerando só o custo do transporte desse material, misturado com o lixo comum, que vai parar no Aterro Sanitário de Minas do Leão, a 60 quilômetros de Porto Alegre.

A estimativa é do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), divulgada nesta terça-feira, 07, nos 31 anos de coleta seletiva na capital gaúcha.

A estimativa não considera outros custos, como os danos ambientais e as perdas pelo material reciclável que poderia ser vendido.

Para tentar de reduzir o percentual descartado irregularmente, a Equipe de Gestão e Educação Ambiental (Egea) do DMLU fará nesta semana a distribuição de folhetos impressos nos bairros da cidade, sobre a correta separação dos resíduos.

“A coleta seletiva é um trabalho realizado de forma colaborativa. Começa em casa, quando cada um separa os materiais recicláveis e fica atento aos dias em que o caminhão irá passar.

Essas ações são fundamentais para que os materiais cheguem às Unidades de Triagem, de onde tantas pessoas tiram seu sustento, e não sejam um problema para o meio ambiente”, destacou o secretário Municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia.

Ao todo são 16 UT’s onde trabalham aproximadamente 600 pessoas.

“Neste aniversário da Coleta Seletiva, estamos reforçando a importância da correta separação dos resíduos à geração de emprego e renda para os trabalhadores das Unidades de Triagem, além dos benefícios para a conservação do meio ambiente e a saúde pública”, destaca o diretor-geral do DMLU, Paulo Marques.

A intenção da Secretaria é ampliar as ações de conscientização, usando principalmente os meios digitais economizando papel e consequentemente gerando menos resíduo sólido. Nenhum programa maior foi anunciado, mas o gestor da pasta diz que há um trabalho constante nesse quesito.

“Diminuir descarte irregular é um trabalho diário já iniciado desde o começo da gestão. Fizemos várias ações e elas acontecem diariamente. Temos mais de 400 focos mapeados, mas precisamos que cada cidadão também colabore fazendo a sua parte.” concluiu o secretário Felipi.

 

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