De olho no governo gaúcho, Onyx Lorenzoni enfrenta resistências no Planalto

Onyx Lorenzoni com Bolsonaro

Começou a fritura do ministro Onyx Lorenzoni, “hoje isolado no Ministério da Cidadania”, conforme matéria do Globo desta segunda-feira.

O jornal diz que Onyx, que já ocupou um dos cargos centrais do governo, a chefia da Casa Civil e que “mantinha agendas diárias com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto agora é recebido cada vez menos no gabinete presidencial”.

Durante o mês de outubro, Onyx só esteve com Bolsonaro duas vezes, segundo os registros oficiais.

“A aliados, o presidente não esconde a irritação com o trabalho do ministro. Reservadamente, Onyx é criticado por Bolsonaro por não entregar resultado e tocar a pasta de forma bem diferente que os elogiados Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, ou Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional”.

O que incomoda Bolsonaro, segundo o jornal é o “interesse de Onyx em disputar o governo do Rio Grande do Sul em 2022”.

“O presidente tem repetido a interlocutores que seu ministro só pensa na eleição, focado nas questões regionais, e deixa a desejar nas missões do governo federal”.

Como “prova” das preocupações eleitorais de Onyx, o jornal mostra que sua pasta liberou este ano mais recursos ao Rio Grande do Sul, estado com 11,2 milhões de habitantes, do que para São Paulo, com 45 milhões. “Foram empenhados R$ 27,9 milhões ao estado do Sul ao longo deste ano ante R$ 25,4 milhões para São Paulo”.

A tendência, segundo a reportagem, é que no ano que vem Onyx seja deslocado para outra função no governo, e a pasta fundida com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandada hoje por Damares Alves.

A disposição de Onyx para disputar o governo gaúcho é evidente, mas no ninho governista ele já tem pelo menos dois concorrentes pesados: o senador Luiz Carlos Heinze e o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

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