Na terça-feira, 7, o Cpers vai entregar aos 55 deputados e à secretária da Educação o levantamento feito em 186 escolas da rede pública estadual.
Os dados foram colhidos por uma comitiva que percorreu 60 municípios do Rio Grande do Sul entre os dias 11 e 26 de novembro.
As 186 escolas visitadas representam menos de 10% da rede escolar estadual ( 2.400 no total).
Em 58 delas (quase um terço) têm graves problemas estruturais ou de recursos humanos, faltam professores em 21 delas, em 12 há problemas de infiltração e em 13 há problemas na rede elétrica, há 5 escolas sem luz, uma sem água, oito com prédios interditados e sete com muros desmoronando ou já caídos.
Há ainda seis escolas com telhados quebrados ou com risco de desabar e oito com salas de aula interditadas.
“Em 36 anos na rede pública, já vi muito, mas um ataque tão feroz à educação e à estrutura da educação, nunca tinha visto”, afirmou Helenir Aguiar Schürer, durante apresentação nesta quinta-feira (2) dos dados coletados na caravana, que percorreu 17.800 km.
A presidente do Cpers criticou o programa Avançar na Educação, apresentado recentemente pelo governo estadual e que propõe investir cerca de R$ 1,2 bilhão em projetos para melhorar a infraestrutura física e tecnológica das escolas, assegurar a recuperação da aprendizagem pós-pandemia, qualificar o ensino e capacitar os profissionais da educação. A intenção do governo é ter 56 “escolas padrão”.
“Não queremos poucas ‘escolas modelo’, queremos estrutura decente em todas as escolas”, afirmou. A presidente do Cpers declarou que a entidade voltará à estrada para acompanhar a prática do investimento anunciado pelo governo estadual.
Lembrou que o quadro se completa “com os sete anos sem reajuste salarial e a retirada de direitos”.
Números #CaravanaCPERS
· 9 Regiões funcionais do RS
· 17.800 km percorridos
· 60 cidades
· 186 escolas visitadas
· 58 das escolas visitadas com problemas graves estruturais ou de RH
· 21 escolas com falta de educadores(as)
· 12 escolas com problemas de infiltração
· 13 escolas com problemas na rede elétrica
· 5 escolas sem luz
· 1 escola sem água
· 8 escolas com prédios ou pavilhões interditados
· 7 escolas com muro desmoronando ou já desabado
· 6 escolas com telhado quebrado com ameaça de desabar
· 8 escolas com salas de aulas interditadas
· 7 anos sem reposição salarial
(Fonte: Cpers)