Um aplicativo desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul causou a maior crise no PSDB, exatamente no dia em que o partido escolheria seu candidato para as eleições de 2022.
Desde o início da votação, às 8h30, surgiram os problemas. Ás 12h30 havia reclamações de filiados que há mais de quatro horas tentavam completar o voto pelo celular. Às 18 horas, a direção do partido decidiu “pausar” a convenção.
Apenas 8% dos cadastrados para votar remotamente conseguiram completar a operação. Além desses, cerca de 700 filiados com mandato (governadores, prefeitos, senadores, deputados) votaram presencialmente em urnas eletrônicas em Brasilia.
O total de filiados cadastrados para votar nas prévias do PSDB era de 44,7 mil.
Ainda não há um entendimento para a retomada da votação. Dois dos pré-candidatos, João Dória e Arthur Virgílio, querem o próximo domingo, dia 28. O governador Eduardo Leite, terceiro concorrente, quer que a votação seja retomada em 48 horas.
Em nota conjunta, João Dória e Arthur Virgilio, afirmam que a direção do partido foi alertada para as possibilidades de falhas no aplicativo. Uma empresa de segurança cibernética contratada, a Kriptus, alertou para a necessidade de um plano B, diante da identificação de 12 possíveis problemas no aplicativo.
Segundo o Metropoles, o aplicativo desenvolvido pela Faurgs custou R$ 1,25 milhão ao PSDB.
No final, em ambiente tenso, Arthur Virgílio, disse que Eduardo Leite é “mimado” e queria controlar a convenção. Na nota conjunta de Dória e Virgílio, eles chegam a dizer que a sede da Faurgs, que desenvolveu o aplicativo é em Pelotas, cidade de Leite.