O economista Antônio Correa de Lacerda fez a conta: as grandes multinacionais de refrigerantes terão R$ 2 bilhões de subsídios do governo federal no biênio 2020/21.
Dois decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro no ano passado, tornaram permanentes os créditos tributários para empresas que comprarem insumos concentrados para os refrigerantes da Amazônia.
A empresa que compra o xarope concentrado da região ganha um crédito com o governo e pode abater esse valor dos impostos que têm a pagar.
Em 2021, o subsídio deve chegar a R$ 1,15 bilhão, somando-se a R$ 850 milhões de 2020.
Os decretos também terão impacto sobre os recursos destinados pela União ao Estados e Municípios.
O Fundo De Participação dos Estados (FPE) perderá 431 milhões. A perda do Fundo de Participação dos Municípios vai a 491 milhões nos dois anos.