No dia 4 de julho de 202O, o embaixador dos Estados Unidos, Todd Chappman, disse em entrevista à rádio Gaúcha que o lote de Hidroxicloroquina incluído no pacote da ajuda americana ao combate da covod 19 no Brasil, atendeu a “um pedido do governo brasileiro”.
Segundo Chappmann, já tinham sido entregues 2 milhões de doses do medicamento ao ministério da Saúde, além de respiradores, outros equipamentos e doações para institutos de pesquisas, num total que chegou a 12,5 milhões de dólares.
A cloroquina, segundo o embaixador, representou metade do valor doado ao Brasil pelo governo dos EUA, para ajudar no combate à pandemia.
A insistência na indicação da Hidroxicloroquina para tratamento da Covid está se tornando um dos pontos mais críticos para o presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid, em andamento no Senado.
O primeiro a depor na CPI, ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta revelou que Bolsonaro pressionou para incluir na bula do medicamento, originalmente usado para combate à malária, sua indicação para tratamento precoce da Covid.
O segundo a depor, o ex-ministro Nelson Teich disse em seu depoimento nesta terça-feira que a insistência de Bolsonaro com a Cloroquina foi uma das razões do seu pedido de demissão, com apenas um mês no cargo.
O tratamento precoce à base de cloroquina é questionado cada vez mais pelas autoridades médicas no mundo inteiro – pela falta de comprovação da eficácia e pelos efeitos colaterais, que podem levar à morte.
Está comprovado que a cloroquina pode alterar o ritmo dos batimentos cardíacos, o que em pessoas com predisposição pode ser fatal.