PSOL elegeu quatro vereadores em Porto Alegre, inclusive os dois mais votados

Vereadora Karen Santos, a mais votada em Porto Alegre.

Karen Santos, com 15.702 votos, e Pedro Ruas, com 14.478 votos – são os campeões de votos para a eleição de vereadroes em Porto Alegre.

Ambos são do PSOL, o partido que, proporcionalmente, mais cresceu na capital gaúcha e que forneceu o fenômeno eleitoral deste pleito: o candidato Guilherme Boulos, que vai disputar a prefeitura de São Paulo no segundo turno com Bruno Covas.

Na Câmara de Porto Alegre o PSOL terá quatro representantes, mesmo número que o PSDB e o PT. Os três têm agora as maiores bancadas do legislativo portoalegrense.

A candidata a prefeita pelo PSOL  em Porto Alegre, Fernanda Melchiona, teve 27.994 votos, 4,34% dos votos válidos.

Nesta eleição municipal, Porto Alegre teve número recorde de candidatos ao Legislativo, com 852 postulantes — mais alto número registrado em 20 anos.

Professora da rede estadual e militante contra o racismo, Karen Santos concorreu à Câmara Municipal pela segunda vez. Em 2016 ficou como suplente e assumiu em 2019, após a eleição de Fernanda Melchionna para deputada federal.

Karen era a única vereadora negra nesta legislatura que está se encerrando. Na próxima, que começa em janeiro, os negros vão ocupar cinco cadeiras na Câmara Municipal e, no total, dos 36 vereadores, onze são mulheres.

O segundo mais votado, o advogado Pedro Ruas, já foi o vereador mais votado em Porto Alegre, em 2012, quando fez 14.610 votos. Começou no PDT, onde militou por muitos anos. Foi secretário de Obras e Saneamento do governo Olívio Dutra (PT). Em 2015 elegeu-se deputado estadual, mas não conseguiu a reeleição em 2018.

O terceiro eleito pelo PSOL é Matheus Gomes, com  9.869 votos. Aos 29 anos, é historiador, negro e ativista do movimento social há mais de uma década. Em 2018 deixou o PSTU e candidatou-se a deputado estadual pelo PSOL, mas não foi eleito. Defende as mobilizações populares e o movimento negro.

O quarto eleito pelo PSOL é Roberto Robaina, com 5.105 votos. Formado em História, com mestrado e doutorado em Filosofia, é fundador do PSOL. Deixou o PT em 2003, quando parlamentares da sigla foram expulsos pelo comando nacional. Foi eleito para o primeiro mandato em 2016, quando conquistou cadeira de vereador em Porto Alegre.

Veja a lista dos demais eleitos para a Câmara de Porto Alegre:

Felipe Camozzato (Novo) –  14.279 votos.
Administrador formado pela UFRGS, foi integrante da Banda Loka Liberal, grupo que se destacou na campanha contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Está no segundo mandato.

Comandante Nadia (DEM) –  11.172 votos
Reeleita para o segundo mandato. É tenente-coronel da reserva da Brigada Militar. Implementou e coordenou a Patrulha Maria da Penha no RS. Era filiada ao MDB e integrou o secretariado de Marchezan, antes de filiar-se ao DEM.

José Freitas (Republicanos) –  5.929 votos
Reelege-se para o terceiro mandato, aos 53 anos. Foi secretário de segurança municipal no governo de José Fortunati. É presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Porto Alegre.

Alvoni Medina (Republicanos) –  5.720 votos
Ligado à Igreja Universal, foi eleito vereador pela primeira vez em 2016, com 7.712 votos. É relator da comissão que analisa o impeachment de Nelson Marchezan (PSDB).

Leonel Radde (PT) –  5.611 votos
Policial civil e integrante do movimento antifascista. Concorreu a deputado estadual em 2018, mas não se elegeu. Este será seu primeiro mandato.

Mauro Zacher (PDT) –  5.520
Economista, se elegeu pela primeira vez em 2004, aos 28 anos.  Foi reeleito em 2008 e 2012. Em 2013, assumio a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov). Reeleito em 2016, chega agora ao seu quarto mandato.

Laura Sito (PT) –  5.390 votos
Servidora pública de 29 anos, concorreu a deputada estadual em 2014, ficou na suplência. Ficou também suplente de vereadora em 2016. Jornalista, defende os direitos da mulher, dos negros e da população LGBT. É a segunda vice-presidente do PT de Porto Alegre.

Bruna Rodrigues (PCdoB) –  5.366 votos
Aos 33 anos, já concorreu para deputada federal em 2018, sem êxito. Feminista e militante antirracista. É seu primeiro mandato como vereadora.

Psicóloga Tanise Sabino (PTB) –  5.205 votos
Psicóloga e natural de Porto Alegre, vai para o seu primeiro mandato na Câmara Municipal.Foi secretária adjunta na Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico e Orçamento.

Jonas Reis (PT) – 5.133 votos
Professor municipal e doutor em educação, é estreante nas eleições. Tem 32 anos, foi diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).

Kaká D’ávila (PSDB) –  5.101 votos
Foi suplente de vereador na eleição de 2016. Desde então, trocou o PP, seu antigo partido, pelo PSDB. Com 38 anos, se notabilizou por promover uma ação chamada “delivery de currículos”, onde ele ajuda pessoas que querem achar um emprego.

Mauro Pinheiro (PL)-  4.947 votos
Vai para o quarto mandato como vereador na Capital. Tentou duas vezes se eleger como deputado estadual, mas ficou como suplente. Já foi filiado ao PT, época em que presidiu a Câmara Municipal (2015).

Fernanda Barth (PRTB) –  4.909 votos
Aos 48 anos, é mestre em Ciência Política, palestrante e jornalista. Foi suplente de vereadora na eleição de 2016 e de deputada estadual em 2018. Entre essas eleições, migrou do PP para o Novo e, por último, para o PRTB.

Alexandre Bobadra (PSL) –  4.703 votos
Tentou a Câmara Federal em 2018, ficou como suplente. Conta com o apoio de um dos filhos do presidente Bolsonaro (Eduardo). Vai para seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores.

Moisés Barboza Maluco do Bem (PSDB) –  4.703 votos
Suplente de vereador em 2016, assumiu o mandato com a ida de Ramiro Rosário para o secretariado de Marchezan. É o criador da ação social Malucos do Bem, dedicada a ações solidárias e de mobilização em comunidades.

Aldacir Oliboni (PT) –  4.612 votos
Foi diretor do Sindisaúde e presidente da Associação dos Servidores do Hospital São Lucas da PUCRS. Foi deputado estadual e está no quarto mandato como vereador. É líder da bancada do PT na Câmara.

Ramiro Rosário (PSDB) –  4.471 votos
Foi eleito vereador em 2016 e comandou a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de 2017 a 2020. É um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) no Rio Grande do Sul.

Mônica Leal (PP) –  4.140 votos
Vereadora, foi presidente da Câmara Municipal e secretária da Cultura do governo Yeda Crusius. Formada em Jornalismo e pós-graduação em Ciência Política. Em 2006, foi candidata do PP ao Senado e ficou em terceiro lugar.

Cláudia Araújo (PSD)- 4.071 votos
Formada em Gestão Pública, é reconhecida por mais de uma década de trabalho voluntário. Tem como principais bandeiras educação, acessibilidade, saúde pública e inclusão. Em 2016, acabou ficando como suplente, mas assumiu como titular.

Marcio Bins Ely (PDT) – 4.002 votos
Advogado e corretor de imóveis, já foi secretário municipal de Esportes, Recreação e Lazer e do Planejamento. É presidente do Creci-RS. Tentou ser deputado estadual em 2018, mas acabou como suplente.

Jesse Sangalli (Cidadania) – 3.814
Elegeu-se vereador em Viamão pela primeira vez em 2016. É líder comunitário e agente de segurança no Tribunal Regional do Trabalho. Promete doar metade do salário para a saúde e projetos sociais, além de fiscalizar semanalmente hospitais e postos de saúde.

Daiana Santos (PC do B) – 3.715 votos
Militante de movimentos sociais de mulheres, negros, saúde e comunidade LGBT. Idealizadora e coordenadora do Fundo das Mulheres POA, que atende chefes de família em situação de vulnerabilidade.

Ferronato (PSB) – 3.684 votos
Elegeu-se para o sexto mandato. Contador, professor e auditor fiscal aposentado, foi líder da bancada do PSB nos três primeiros anos da última legislatura e líder do governo até abril de 2015. Presidiu o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) de 2001 a 2004.

Mariana Pimentel (Novo) – 3.637 votos

De 33 anos, é administradora e mestre em Finanças pela UFRGS. Tem a educação e o empreendedorismo como principais bandeiras. Eleita vereadora pela primeira vez.

Cassiá Carpes (PP) – 3.492 votos
Foi jogador e treinador de futebol, tendo comandado o Grêmio no título do campeonato Gaúcho de 1993. Na política, foi deputado estadual e vereador, cargo para o qual está reeleito.

Cezar Schirmer (MDB) – 3.484 votos
Foi secretário de Estado em diferentes governos de seu partido – a última passagem foi pela Segurança (José Ivo Sartori). Também foi deputado estadual e federal, além de vereador e prefeito de Santa Maria por duas vezes. Eleito para o primeiro mandato de vereador em Porto Alegre.

Giovane Byl (PTB) – 3.440 votos
Aos 31 anos, é vereador suplente em Porto Alegre. Em 2016, concorreu pelo Solidariedade e, em 2018, se candidatou a deputado estadual pelo mesmo partido. Em sua campanha, descreve-se como líder comunitário há uma década e cristão. É também rapper e skatista.

Gilson Padeiro (PSDB) – 3.404 votos
Padeiro de 54 anos, vai para o primeiro mandato na Câmara. Nas últimas três eleições municipais (2008, 2012 e 2016), acabou ficando como suplente, quando ainda era filiado ao PPS.

Hamilton Sossmeier (PTB) – 3.299 votos
Formou-se em Gestão Financeira e tem 58 anos. Ficou como suplente de vereador em 2016, mas assumiu a cadeira. Envolveu-se na política pela Juventude Democrática Social (JDS). A área social é uma de suas bandeiras. É presidente da comissão que analisa o impeachment de Marchezan.

Idenir Cecchim (MDB) – 3.110 votos
Administrador de empresas, foi secretário de Estado e do município. Está eleito quarto mandato como vereador em Porto Alegre. Atualmente, é presidente da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul e líder da Bancada do MDB. Em 2010, ficou como suplente de deputado estadual.

Lourdes Sprenger (MDB) – 2.522 votos
Militante da causa animal, foi eleita vereadora de Porto Alegre pela primeira vez em 2012. Agora, vai para o terceiro mandato.

Claudio Janta (Solidariedade) – 2.394 votos
Aos 50, chega ao terceiro mandato de vereador. Comerciário, em 2004 assumiu a secretaria-geral do sindicato da categoria na Capital. Em 2008, esteve na presidência da Força Sindical no Estado, onde também atua como dirigente nacional. Candidatou-se a deputado federal, sem êxito em 2018.

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