Atualmente, Porto Alegre não conta com uma Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, sua casa abrigo para vítimas de violência não supre a demanda da procura, o Centro de Referência Márcia Calixto não segue a norma técnica nacional e o Conselho Municipal de Direitos das Mulheres não foi empossado e não tem sede. Além disso, o Rio Grande do Sul ainda não aderiu ao Protocolo Latino-Americano de Investigação de Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero.
É dentro desse contexto que a Rede Minha Porto Alegre se engajou na Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Uma mobilização anual, a Campanha foi criada em 1991 por mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL) e tem o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.
Mundialmente, os 16 Dias de Ativismo se iniciaram em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. No Brasil, a Campanha acontece desde 2003 e, para destacar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras, as atividades aqui começaram em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
No dia 2 de dezembro, a Minha Porto Alegre realizará, dentro da programação da Campanha, a intervenção urbana “Parem de nos matar” a partir das 10 horas, partindo do Viaduto Otávio Rocha. É um evento aberto que faz parte da Campanha Isso é feminicídio e do Projeto Mapa do Acolhimento, ambas iniciativas da Rede Nossas Cidades, da qual a Minha Porto Alegre faz parte.
Além da Minha Porto Alegre, diversos grupos e organizações participam da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres propondo atividades, tais como 8M Porto Alegre, Bloco Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só, Coletivo Feminino Plural, Movimento de Mulheres Olga Benário, Ocupação Mulheres Mirabal e União Brasileira de Mulheres (UBM), dentre outros.
As atividades da Campanha 16 Dias de Ativismo ocorrem até o dia 16 de dezembro em diversos pontos de Porto Alegre e Canoas. A agenda completa está no paremdenosmatarportoalegre.
A Rede Minha Porto Alegre
A Minha Porto Alegre é uma rede de pessoas conectadas na construção de um processo mais participativo das tomadas de decisão de interesse público da cidade. Por meio de mobilizações e fomento a comunidades de ação, utilizando tecnologias sociais e digitais de maneira estratégica, criativa e humana. Recentemente, sua campanha Isso é feminicídio registrou uma vitória histórica: a partir de janeiro de 2018 todos os boletins de ocorrência do Rio Grande do Sul passarão a contar com o subtítulo “feminicídio”.
Ela faz parte da Rede Nossas Cidades, feita de cidades mobilizadas que já atuam desde 2011 no Rio de Janeiro e desde 2014 em São Paulo. Usando novas tecnologias e novas linguagens, conectam cidadãos que queiram participar mais das decisões sobre o futuro das suas cidades. São mais de 700 mil brasileiras e brasileiros que agem por suas cidades.
16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres
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