A Bienal do Asfalto ocupa o Brique da Redenção


A obra de Magaça Brandão tem como conceito as possíveis sensações causadas pelo desamparo
(Fotos: Carla Ruas/Já)

Carla Ruas

A Bienal também está no Brique da Redenção. Neste final-de-semana, encerrou o projeto “Bienal do Asfalto”, que promoveu a exposição de obras de arte contemporânea no corredor do Brique. A organização foi do setor Arte na Praça, composto por expositores de arte da feira, em conjunto com a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio.

As obras foram compostas por 13 artistas da Redenção e quatro convidados, inclusive um de Santa Catarina. “A idéia era que cada um dos artistas montasse uma obra de arte contemporânea, para fazer um paralelo com a Bienal”, conta Tina Felice, da comissão organizadora. “Era a nossa grande brincadeira, e acabou sendo um sucesso”, comemora.

A Prefeitura de Porto Alegre apoiou o projeto. Idenir Cecchim, secretário da SMIC, lembra do valor que o local tem para os porto-alegrenses. “O Brique é muito rico e único no contexto da cidade. A proposta de integrá-lo à Bienal é oportuna e engrandece a cultura local”, afirma.  Tina conta ainda que esta é uma tentativa de ocupar o espaço central da feira para promover a arte: “Queremos ocupar a avenida de uma maneira mais efetiva”. Para ela, muitos músicos e outros artistas ocupam o espaço, tirando a atenção dos visitantes para as artes plásticas expostas naquela parte da feira.
Zupo, que trabalha no Brique há 14 anos, diz que a exposição também tem a finalidade de sensibilizar o grande público para a arte. “Muitos não freqüentam museus e não têm a possibilidade de ver obras de arte”. Ele é autor do Ocamóvel, projeto que surpreendeu os observadores. “O fato deles se questionarem significa que mexeu com os sentidos”, conta.

Ele expressa o valor das artes, uma das manifestações que mais mobiliza os cinco sentidos do ser humano: “Sem comida, uma pessoa vive dez dias. Sem respirar, 3 minutos. Mas sem os seus sentidos, está morta”, conclui.

Esta foi a primeira edição do evento, e teve a participação dos expositores: Ana Diniz, Magaça Brandão, Mano Alvim, Juan Corvalan e Zupo, entre outros. As obras já tinham sido expostas nos dias 24 e 25 de novembro.

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