A periferia no Margs, nas fotografias de Jorge Aguiar

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli promove a exposição “Jorge Aguiar 4.2  ̶  Uma vida na fotografia documental”, com curadoria conjunta dos fotógrafos Nilton Santolin e Eurico Salis. A mostra fotográfica conta com 20 obras que retratam os mais de 40 anos de fotojornalismo de Jorge Aguiar. A abertura é nessa quinta-feira, dia 7, às 19h, nas Salas Negras do MARGS.
No dia 14 de dezembro, às 16h, haverá um bate-papo com o fotógrafo e os curadores sobre a mostra e suas histórias sobre o registro fotojornalístico da vida nas periferias. O encontro, organizado pelo Núcleo Educativo do MARGS, acontece nas Salas Negras do museu, com entrada franca.
A exposição reúne imagens que correspondem a 10 documentários produzidos nos últimos 20 anos, totalizando 20 painéis que retratam o cotidiano de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Photo da Lata
Jorge Aguiar tem 61 anos e é natural de Porto Alegre/RS, nascido e criado na Vila Jardim. Atua há 42 anos na fotografia jornalística e divide seu tempo entre aulas em workshops e oficinas de fotografias de rua.
Trabalhou no Jornal do Comércio, Zero Hora e no extinto Diário de Notícias. Participou de exposições internacionais na Espanha, França, Portugal, Japão e Iraque. É fundador do Instituto Luz Reveladora Photo da Lata, instituição sem fins lucrativos que ministra oficinas de pinhole a jovens e adultos em áreas de vulnerabilidade social.
Aqui ele responde cinco perguntas:

O fotógrafo Jorge Aguiar, mais de 40 anos de trabalho / Alisson da Silva Silveira / Divulgação

JÁ: qual o significado dessa exposição no MARGS?
Jorge Aguiar – Colocar uma temática de periferia no Margs e inédito, ainda mais que os retratado não tem a menor ideia do que seja um  Museu, sendo eles moradores de periferias e vivem na margem da miserabilidade, mas têm uma alegria fora do comum e recebem muito bem seus retratados. Usei esta temática para humanizar as paredes do museu, fotografar esses moradores e alimentar a Alma e provocar uma grande reflexão sobre as desigualdades sociais: O que e morador periférico e o que é Arte?, Ela vem no sorriso, no abraço, no aperto de mãos que recebo dessas pessoas.
Quem são suas referências fotográficas?
Sebastião Salgado, Robert Capa e Cartier-Bresson.
O que é preciso para ser um, digamos, bom fotógrafo?
– Um olhar humanista, e viver a cena com coração.
Qual equipamento mais frequente que usa em seu trabalho?
Uso uma Canon, lente 18×55, mas não é o equipamento que faz um bom fotógrafo, e sim seu olhar, sua sensibilidade e acima de tudo sua capacidade de observação.
O quer dizer mais sobre a exposição no Margs?
Agradecer a curadoria compartilhada com Eurico Salis e Nilton Santolin e a diagramação/ visual de Zezé Carneiro e claro ao diretor do Margs, Paulo Amaral, o convite para colocar minha periferia nas paredes do museu e provocar reflexões sobre o que é humanidade e o que é fotografia de rua.
 
SERVIÇO
Exposição “Jorge Aguiar 4.2  ̶  Uma vida na fotografia documental”;
Abertura: 7 de dezembro de 2017, às 19h;
Visitação: De 8 de dezembro a 28 de janeiro de 2018, de terças a domingos, das 10h às 19h;
Curadoria: Nilton Santolin e Eurico Salis;
Local: Salas Negras do MARGS.
Entrada Franca

Adquira nossas publicações

texto asjjsa akskalsa

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *