Acusados de atacar judeus obtém outra vitória na Justiça

Expectativa no Fórum: processo de 2003 por agressão a punk deve ser suspenso (Fotos Helen Lopes)
Guilherme Kolling
Um dos indícios que levou a polícia a acusar Laureano Vieira Toscani, Valmir Machado Jr., Israel Andreotti da Silva e Leandro Braun de terem agredido três judeus no dia 8 de maio na Cidade Baixa foi o fato de todos serem reincidentes. Eles teriam participado de uma ação de um grupo skinhead, que se envolveu em uma briga com punks, em 2003.
Os quatro passaram mais de 100 dias no Prédio Central não pela confusão com punks, mas por tentativa de homicídio na agressão aos judeus. Eles provaram ser inocentes e ganharam liberdade provisória em 25 de agosto.
Neste terça-feira, 13 de setembro, conquistaram mais uma vitória no Fórum Central, desta vez relativa ao episódio de 2003. A juíza Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak e o promotor de justiça do Ministério Público, José Quintana, informaram que o processo deve ser suspenso assim que a Vara do Júri concluir a apuração e confirmar a inocência dos quatro no ataque aos judeus.
Explica-se a relação entre os dois casos. “O processo de 2003 havia sido suspenso porque eles não tinham antecedentes. Como o grupo skinhead não se reunia mais, e todos voltaram a ter uma ocupação (trabalho, faculdade), considerou-se que eles estavam em recuperação. O processo seria extinto após dois anos. Mas antes disso eles foram acusados de tentativa de homicídio”, esclarece o promotor Quintana.
Assim, o processo de 2003 foi reativado depois do caso da Cidade Baixa, levando o assunto para a 11a Vara Criminal. O inquérito aponta que a agressão ocorreu no dia 11 de julho de 2003, às 22h, quando oito skinheads se envolveram numa briga com punks, na avenida Independência. Todos foram indiciados por lesões corporais. Entre eles, Laureano, Valmir, Israel e Leandro.
A retomada do caso previa para esta terça-feira, 13 de setembro, o depoimento das vítimas e dos acusados. Quatro punks chegaram a comparecer ao Fórum Central nesta tarde, mas foram liberados já que a audiência foi suspensa. Houve apenas uma breve sessão com os advogados, os quatro acusados, a juíza e o representante do Ministério Público.
A magistrada concluiu o breve encontro justificando que, a partir das informações veiculadas na imprensa e com os novos fatos entregues à Justiça (no caso do ataque aos judeus na Cidade Baixa), “o melhor é suspender a sessão e aguardar a solução do outro processo”.
Juíza aguarda decisão do outro processo para suspender o de 2003
“Não faz mais sentido retomar o caso de 2003. O processo será suspenso automaticamente com a decisão da Vara do Júri, que exclui a culpa dos quatro”, afirmou o promotor Quintana. Nesse meio tempo, o grupo segue se apresentando a cada três meses à Justiça. Eles já cumpriram outra determinação – doar cestas básicas e agasalhos para instituições beneficentes.

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