Entrada do Instituto ficou lotada no primeiro jogo da Copa (Fotos: Helen Lopes)
Descendentes e imigrantes germânicos se reuniram no Instituto Goethe, no início da tarde desta sexta-feira, 9 de junho. Não era uma palestra nem aula de alemão, o motivo do encontro foi a estréia da seleção na Copa Mundo.
Jogando em Munique, o time da casa não fez feio. Aplicou 4 a 2 na Costa Rica para felicidade da pequena torcida porto-alegrense. Os gols foram marcados por Lahm, Frings e Klose, duas vezes.
Quase cem alemães, alguns fardados com a camisa oficial, foram ao centro cultural, na avenida 24 de Outubro. A decoração do hall de entrada do Instituto, onde foram colocados dois telões, completou o clima, com direito a bandeiras do Brasil e da Alemanha.
Boa parte do grupo vestia uma camiseta confeccionada pelo Consulado especialmente para a copa, mesclando as cores dos dois países. Entre um lance e outro, a torcida aproveitava para curtir petiscos típicos, como salsicha bock, chucrute (repolho fermentado e cozido) e brezel (uma rosca de pão).
Outra atração do encontro foi a cerveja Helles, sem aditivos e conservantes, feita em Montenegro, interior do Estado, seguindo o estilo da alemã. Os descendentes Conrad Albrecht e Mateus Storck, juntamente com o amigo Alexandre Barros – de família italiana, não perderam tempo e pediram o tradicional chopp alemão de um litro.
Torcida típica: muito chopp e comidas tradicionais no Goethe
O Instituto Goethe vai promover esses encontros todos os jogos da Alemanha ou do Brasil, exceto no domingo 18 de junho. De acordo com Claus Herzer, funcionário do Instituto, a intenção é integrar as duas culturas e trazer novas pessoas para conhecer o Goethe. Descendente de germânicos, ele torce por uma final entre os dois paises. “Será uma grande festa. Teremos que abrir o auditório”, projeta.
Os torcedores já projetam uma final entre Brasil e Alemanha. Fardada com a tradicional uniforme braco da seleção a alemã, Anastasia Weinmann admitiu que, em caso de enfrentamento Brasil x Alemanha, ela não sabe para quem vai torcer. “Acho que vai ser para a Alemanha, mas no jogo vou ficar com o coração dividido”, conta a moça de 19 anos, que está no Brasil há 10 meses trabalhando com crianças carentes.
A dúvida é compartilhada pelo amigo Johannes Böff, de Frankfurt, que faz intercâmbio há três meses na Capital. O garoto de 21 anos já fala algumas palavras em português e afirma que gostou muito da cidade e das pessoas. “As pessoas são amigas e conversam bastante”, diz. Enquanto o confronto Brasil x Alemanha não chega, os dois compatriotas aproveitam para brincar com o uniforme: usam uma meia de cada país.
Os alemães Johannes Böff e Anastasia Weinmann se divertiram com uma meia de cada país
Mas há os alemães radicais. É o caso de Ralf Kramer, que mora há 12 anos no país. “Admiro o Brasil. Mas meu time é a Alemanha, nem pensar em torcer contra”, resume.
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