Dois dias depois da reintegração de posse da Ocupação Lanceiros Negros, cerca de 100 pessoas marcharam até o Palácio Piratini para pedir a demissão de Cezar Schirmer do cargo de Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
Representantes de movimentos sociais como o MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas), centrais sindicais, além de parlamentares do PT, PSol, PSTU, PCdoB reuniram-se em frente à Ocupação Mulheres Mirabal por volta das 11h da manhã.
Representantes de entidades e alguns vereadores e deputados iam alternando falas no microfone. Todos eles criticando a forma como a Brigada Militar executou a reintegração de posse. Não faltaram críticas ao governador José Ivo Sartori e ao secretário Schirmer, que foi responsabilizado por ter dado aval para a ação da Brigada MiIitar.
“Estamos vivendo uma ruptura do Estado Democrático de Direito” declarou o deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), preso pela Brigada Militar durante a operação. Fernandes é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e foi detido quando tentava mediar a reintegração.
Priscila Voigt, uma das representes do MLB e que morou na Ocupação Lanceiros Negros também criticou a ação da última quarta-feira. “Muitas famílias ainda estão traumatizadas”, contou ela.
Entidades e parlamentares foram recebidos pelo segundo escalão
No começo da tarde, já na frente do Palácio Piratini, o deputado Jeferson Fernandes ao microfone mais uma vez criticou a ação da BM na desocupação. “Deveria ter a presença do Conselho Tutelar”, salientou.
Seis integrantes de entidades e sindicatos, mais os parlamentares presentes, foram autorizados a entrar no Piratini. Foram recebidos no saguão pelo secretário adjunto da Casa Civil, José Guilherme Kliemann. “Não houve reunião”, disse, ao sair, o deputado Pedro Ruas (Psol).
“Fomos tratados que nem lixo”, reclamou Priscila. Segundo ela o representante não cumprimentou nem a ela nem os demais representantes dos movimentos sociais, somente os parlamentares. Kliemann disse que não poderia responder nem falar pelo governo. A Imprensa não pode acompanhar o encontro.
O governo, por meio do site oficial, limitou-se a dizer que ao receber os manifestante reiterou o permanente canal de diálogo, já estabelecido desde 2015, e registrou que foram oferecidas alternativas em caráter emergencial de acolhimento e transporte dos bens das famílias, no abrigo Centro Vida Humanístico.

Após desocupação, movimentos sociais pedem demissão de Cezar Schirmer
Escrito por
em
Adquira nossas publicações
texto asjjsa akskalsa

Deixe um comentário