Rafael Vigna
A revitalização do asfalto da Rua Ramiro Barcelos gera questionamentos de moradores e comerciantes. A maior preocupação é quanto ao escoamento da água da chuva já que o meio fio ficou seis centímetros mais alto.
Luiz Spinelli, proprietário de um mini-mercado acha que o trecho entre a Protásio e a Independência estava em bom estado. “O outro lado é que precisava ser arrumado”, observa. Cliente do mercadinho, José Vilhena chama atenção para o escoamento da água da chuva. “Com o asfalto, a água corre mais rápido e passa direto pelos bueiros”. Vilhena também prevê inundações durante as chuvas. “O ideal seria deixar um recuo entre a calçada e o asfalto: a água seria absorvida com facilidade”. Proprietário da banca de jornais, Adão Jardim apóia o novo asfalto, mas também se mostra preocupado com a invasão de água na calçada, já que seu negócio é próximo ao meio-fio.
De acordo com o encarregado da obra, Jorge da Silva, as bocas-de-lobo são preservadas por uma meia-lua que rebaixa o entorno da abertura e mantém condições semelhantes de vazão. Mesmo com a explicação, Jardim prefere tirar suas próprias conclusões. “Agora temos que aguardar a primeira chuva para ver”, comenta.
Na sapataria, o proprietário Átila Auguso Bisonhim acredita que a revitalização era necessária. “É tolerável passar por algum transtorno em prol das melhorias”. Opinião semelhante à do vendedor Paulo Roberto Sanches, que trabalha na tabacaria.
O ritmo da aplicação do concreto é de 200 metros por dia e a em fevereiro o trânsito estará normalizado. As obras na Ramiro fazem parte de um programa de revitalização municipal do concreto asfáltico que cobrirá, ao todo, 37 ruas da Capital, na primeira etapa. O investimento total é de R$ 6 milhões.
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