A Rede Minha Porto Alegre, cujo objetivo é incentivar a participação da população nas decisões sobre a cidade, será criada na próxima segunda-feira (16), quando termina o prazo de arrecadação de fundos para viabilizar a iniciativa via internet. Os idealizadores da proposta – que se inspira e trabalha junto com a ONG Meu Rio – conseguiram alcançar a meta prevista de doações – R$ 13.790 – em apenas seis dias de campanha.
“Foi uma surpresa. Sabemos que há muitos grupos em Porto Alegre interessados em discutir as decisões políticas sobre a cidade, mas nunca imaginaríamos conseguir o dinheiro em tempo recorde”, comemora um dos fundadores da Minha Porto Alegre, o economista Bruno Paim.
Apesar da meta atingida, a campanha segue arrecadando recursos para projetos futuros. A receita pedida inicialmente vai bancar uma viagem de um mês ao Rio de Janeiro para a dupla fundadora, onde eles conhecerão a sede da entidade mãe e as ferramentas que terão à disposição para tocar adiante o projeto.
Até agora eles já receberam R$ 16.756 – os quase R$ 3 mil excedentes servirão para financiar as primeiras ações do grupo logo que se estabilizarem na Capital. “Ainda não podemos antecipar como será a estrutura, mas sabemos que no início precisaremos manter nossos empregos atuais”, revela Bruno.
Sua sócia na empreitada é a psicopedagoga Carolina Soares, que esteve envolvida no projeto Porto Alegre Como Vamos, uma tentativa de atrair a atenção da sociedade para o debate político na Capital.

sete iniciativas no país conseguem fundos
Além da rede Minha Porto Alegre, o grupo de ativistas que nasceu no Rio e ganhou uma filial em agosto do anos passado em São paulo, agora se espalhou pelo Brasil através do financiamento coletivo – e ganhou o nome de Nossas Cidades.
Com um prêmio pago pelo google, o Nossas Cidades lançou um edital para criar iniciativas em sete municípios brasileiros. A ong recebeu 126 projetos de candidaturas e selecionou, além da Capital gaúcha, Garopaba e Blumenau (em Santa Catarina), Curitiba (Paraná), Ouro Preto (Minas Gerais), Campinas (São Paulo) e Recife (Pernambuco) para a primeira expansão.
Todos deveriam arrecadar um valor mínimo através de campanhas públicas de doação – cada uma de acordo com a sua capacidade arrecadatória. Todas atingiram suas metas antes do prazo final esgotar e a maioria já tem pelo menos 10% a mais do que haviam estipulado.
Brechó encerra campanha em Porto Alegre
A Minha Porto Alegre encerra a sua campanha de arrecadação no domingo com um brechó para viabilizar as futuras mobilizações. No sábado haverá uma ação chamada B.O Coletivo, que vai espalhar cartazes alertando para o risco de assaltos em locais onde a população aponta alto índice de criminalidade.
E nesta sexta o grupo – que ainda é informal – se une aos militantes que pedem que o Cais Mauá seja mantido como uma área pública e que não sejam construídos no local edifícios, shopping e estacionamentos.
Embora esteja participando de uma ação que é contrária ao atual projeto, Bruno adverte que a ong não tem como objetivo posicionar-se em discussões, mas apenas garantir que a população seja ouvida em debates como este. “Nossa proposta é encontrar canais para que estes coletivos ganhem mais força”, reitera o fundador.
Serviço:
Sexta-feira (13)
Todos pelo Cais Mauá – Largo Vivo
19h na Avenida Sepúlveda
Sábado (14)
B.O. Coletivo
11h na Praça Dom Feliciano (em frente à Santa Casa)
Domingo (15)
Brechó do Minha Porto Alegre
16h às 22h no Pasito (Rua José do Patrocínio, 824)
Ativistas levantam recursos em seis dias para criar ong
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