Delegações de bancários de várias cidades do Interior, como Caxias e São Leopoldo, assim como de Santa Catarina, misturavam-se a população, clientes do banco, sindicalistas e políticos que participaram do Ato em Defesa do Banrisul Público, organizado pelo SindBancários, realizado na Praça da Alfândega nessa sexta feira. No encerramento do evento houve um grande abraço ao prédio do Banrisul, com a soltura de centenas de balões com as cores do banco.
O presidente do Sindicato, Everton Gimenis, em sua fala, afirmou que mesmo que o governo de Sartori consiga realizar um plebiscito sobre privatização das empresas estatais, o Banrisul não vai ser privatizado. “Porque o Banrisul não é um banco comum, ele serve a toda a sociedade gaúcha”, lembrou o sindicalista. “Muitas cidades gaúchas só têm um banco para atendê-las porque o Banrisul está lá. Bancos privados não abrem agências onde não existe lucratividade, e a população fica abandonada”, disse. Em relação à dívida do estado com a União, Gimenis apontou: “Muitos estados entregaram suas empresas e seus bancos estaduais e não resolveram dívida nenhuma. Abaixo Sartori! Abaixo Temer! Abaixo Meirelles!”, concluiu.
Além dos bancários, estiveram no ato diretores e associados de entidades sindicais ligadas a Corsan, CEEE, Sulgás e outras estatais ameaçadas pela política de caos implantada por José Ivo Sartori. Claudir Nespólo, presidente da CUT-RS, lembrou os números de uma pesquisa recente: “Sessenta e sete, vírgula seis por cento da população gaúcha ouvida é contrária a extinção do patrimônio público”, destacou. “O governo Sartori já acabou no imaginário da população. Mas temos que ficar atentos pois ele pode tentar um golpe final”, alertou.
Vitória de 15 anos
Jaílson Bueno Prodes, diretor do SindBancários, lembrou que nesta dia 02 de junho estava sendo comemorada também a vitória de 15 anos atrás, quando o movimento sindical, os partidos de esquerda e a sociedade conseguiram aprovar a PEC que exige a realização de plebiscito para qualquer tentativa de privatização do banco dos gaúchos e gaúchas.
Enquanto cantores e artistas como o gaudério Luiz Arnóbio, Rosa Franco, a cantora Lili Fernandes e o violonista Bruno Muti reuniam o público com sua música, cada vez mais delegações de banrisulenses chegavam para o ato. Os diretores do Sindicato dos Bancários de São Leopoldo, Andrades Dihel e Marcos Bugs garantiram a mobilização em seu município, distribuindo camisetas do Banrisul público e percorrendo as agências do banco na cidade durante a semana.
Dihel, funcionário do Bradesco, apontou: “A gente nota que muitos banrisulenses não se adaptariam a um banco privado, pois o enfoque e o tipo de serviço oferecido é completamente diferente”, opinou. Bugs completou: “Hoje percorremos as agências da Caixa e Banco do Brasil e notamos que estão em pleno esvaziamento, com poucos funcionários, num processo proposital de sucateamento”, destacou.
Revoada de balões
O diretor da Fetrafi-RS Sérgio “Serjão” Hoff, que coordenou o abraço ao banco com centenas de pessoas e a revoada de milhares de balões nas cores do Banrisul (azul e branco), ainda destacou ao final do ato: “A busca dos recursos devidos pela Lei Kandir abatem de 80 a 90% da dívida do estado com a União. Por isso, não é preciso vender nada para resolver a questão, basta fazer um ajuste de contas. E tem mais: ninguém vende a sua casa para pagar imposto atrasado!”, concluiu.
Ato de bancários na Praça da Alfândega reafirma luta pelo manutenção do Banrisul público
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