Aumenta desemprego em setor estratégico

WALMARO PAZ
Embora as autoridades econômicas do governo insistam que terminou a recessão e há uma retomada no processo de crescimento, o desemprego vem aumentando no país conforme dados coletados por todos os institutos de pesquisa. O IBGE divulgou na semana passada que o número real de desempregados é o dobro do estipulado pela sua pesquisa: em vez de 12,6 milhões, as pessoas a procura de emprego no País são estimadas em 24 milhões.
Isto porque na pesquisa somente são contadas aquelas que perderam o local de trabalho e esquecidas as que estão atrás de emprego há mais tempo. No Rio Grande do Sul, a Federação dos Metalúrgicos divulgou um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), segundo o qual 70.151 trabalhadores do setor foram dispensados em 2016 e apenas 50.192 foram contratados no período restando um saldo de 19.959.
Porém o dado mais alarmante é que depois do setor de construção naval o que mais desempregou foi o de Bens de Capital Mecânico com o número negativo de 4.726 dispensados. Segundo a coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana (PED-RM), Iracema Castelo Branco em 2015 e 2016 foram fechados 26.417 postos de trabalho gerais na Grande Porto Alegre, confirmando a pesquisa dos metalúrgicos.
Iracema explicou que a queda nos postos de trabalho vem crescendo desde 2014 na região: em 2015 foi 8,7 %; em 2016 aumentou para 10,7 %. Isto se deve há vários fatores, mas, sem dúvida indicam que não há retomada de crescimento porque o primeiro setor a crescer e a aumentar postos de trabalho é justamente o de Bens de Capital.
Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Jairo Carneiro, somente no setor de máquinas agrícolas se nota uma maior movimentação positiva. “ Isto se deve as excelentes safras dos últimos anos”. Mas segundo ele, os outros setores que produzem basicamente para industrias do centro do País existe uma retração muito grande, “ sem falar no setor da construção naval que está sendo praticamente desmontado pelo governo”, concluiu.

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