Autor: Higino Barros

  • Sandro Ka expõe 30 obras em “Tanto barulho por nada”, no Margs

    Na próxima quinta-feira, 24, a partir das 19h, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul abre a mostra de Sandro Ka – “Tanto barulho por nada”. A exposição individual do artista apresenta cerca de 30 obras inéditas que traduzem seu repertório criativo: um universo temático e processual marcado pela presença de objetos e imagens advindos da cultura popular e da indústria cultural. Ana Albani de Carvalho assina curadoria e Carlos Trevi oferece seu olhar para apresentar o artista.
    Com uma trajetória que inclui diversas exposições e premiação, Sandro Ka lança mão da apropriação como procedimento operatório central, tendo a ironia como figura de linguagem. Em seus trabalhos, a imaginação infantil, a religiosidade e a citação de ícones da historiografia da arte e da cultua pop são temas convocados como referências explícitas para questionar sistemas de crença, posições políticas, tradições e comportamentos.
    Segundo Ana Albani, “na arte contemporânea, diferentes propostas jogam com o humor e a ironia como estratégias para atiçar a brasa do pensamento crítico, seja no espectador, seja na instituição que acolhe a obra e a exposição. Em tanto barulho por nada, Sandro Ka lança mão dessa poderosa ferramenta e propõe jogos de montagens que, propositalmente, ferem as regras estéticas do “bom-gosto” e as definições convencionais para o que entendemos como “obra de arte.”
    Contextos distintos
    Trevi afirma que “interessa ao artista o estabelecimento de relações entre elementos advindos de contextos distintos com a intenção de estabelecer novas possibilidades de leitura. Essa re-significação é proposta no campo da produção de novos sentidos, agregando valores simbólicos e de status a elementos cotidianos em inusitadas articulações”.
    Sandro Ka possui obras em importantes acervos como Fundação Vera Chaves Barcellos (Viamão, RS), Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS (Porto Alegre, RS), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRS (Porto Alegre, RS) e Sesc Juazeiro (Juazeiro do Norte, CE), entre outros.
    SERVIÇO
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  • Filme sobre ambientalistas gaúchas será exibido na Mostra Paralela, em Gramado

    Com depoimentos dos jornalistas Elmar Bones e Geraldo Hasse, do JÁ Porto Alegre, entre outros, o documentário “Substantivo Feminino” será exibido na mostra paralela de filmes gaúchos, fora de competição do 45º Festival de Cinema de Gramado.
    A produção, codirigida pela gaúcha Daniela Sallet e pelo colombiano Juan Zapata, será apresentada terça-feira, 22, às 14h, no Teatro Elisabeth Rosenfeldt.  A obra conquistou a Menção Honrosa em junho, em São Paulo, na Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental.
    Magda Renner e Giselda Castro, as protagonistas do documentário, eram integrantes de famílias tradicionais de Porto Alegre e com representatividade nos meios políticos e sociais.
    Só que foram muito além dos limites domésticos para defender o meio ambiente. Começaram em 1964, na Ação Democrática Feminina Gaúcha (ADFG) com ações voltadas à autonomia das mulheres e à formação de jovens estudantes. Dez anos depois, inspiradas pelo ambientalista José Lutzenberger, passaram a militar pela ecologia.
    Trabalho em parceria
    A influência dele fez com que ADFG e AGAPAN – entidade criada por Lutzenberger – trabalhassem em parceria, apoiando-se mutuamente em inúmeras causas. Graças a mobilização de Magda e Giselda, a ADFG se tornou o braço brasileiro da Friends of the Earth (Amigos da Terra), Federação Internacional presente em mais de 70 países.
    Como presidente e vice da ADFG Amigos da Terra, as gaúchas circularam o mundo em conferências internacionais, participaram do Comitê de ONGs do Banco Mundial, com trânsito também em eventos da ONU.
    O documentário “Substantivo Feminino” foi realizado com recursos dos realizadores e ajuda de amigos em um sistema de crowfunding, sem plataforma digital.  Em cinco anos, a equipe gravou 45 depoimentos em Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Montevidéu, no Uruguai, e Colônia, na Alemanha.
    A produção ainda contou com o trabalho de profissionais no Rio, Buenos Aires e cidades da Europa e EUA. Todos se engajaram, muitas vezes voluntariamente, envolvidos pela grandeza das biografadas. “A generosidade da equipe foi fundamental. Todos entendiam que esta história precisava ser conhecida”, diz a codiretora Daniela Sallet, que também assina o roteiro.
    A coletividade que marca a realização de ”Substantivo” repete um conceito que inspirava o trabalho de Giselda e Magda. O filme trata da ecologia em uma concepção ampla, que vai além do conservacionismo. “Envolve a participação cidadã, o engajamento social e político e o empoderamento feminino com causas atuais como desenvolvimento sustentável e consumo consciente”, explica Juan Zapata.
    Serviço
    O que: Exibição do documentário “Substantivo Feminino” na mostra paralela de filmes gaúchos fora de competição do 45º Festival de Cinema de Gramado Gramado
    Quando: Terça-feira, 22 de agosto de 2017
    Horário: 16h
    Onde: Teatro Teatro Elisabeth Rosenfeld- Rua Sao Pedro, 369, centro de Gramado
    Obs.: O debate com os realizadores ocorrerá às 18h na Sala de Debates do Hotel Serra Azul (Rua Garibaldi, 152)
    Ficha técnica
    Direção – Daniela Sallet e Juan Zapata
    Roteiro – Daniela Sallet
    Montagem – Lisi Kieling
    Montagem Adicional – Frederico Pinto
    Finalização – Luise Bresolin
    Edição de Arte – Alexandre de Freitas
    Direção Musical e Trilha – Leo Henkin
    Desenho de Som – Rafael Rhoden
    Pesquisa – Daniela Sallet e Gustavo Veiga
    Direção de Fotografia – Pablo Rosa, Juan Zapata, Edson Gandolfi e Pablo Chasseraux
    Produção Executiva – Daniela Sallet e Juan Zapata

  • Santiago lança novo álbum de “causos” desenhados

    Higino Barros
    Ao lado de Edgar Vasques, Neltair Santiago Abreu, 66 anos, é considerado o cartunista mais completo do Rio Grande do Sul. Tem reconhecimento nacional, premiações no exterior e um numeroso público leitor regional que se reconhece, se identifica e se delicia com as histórias de seus personagens, todos marcadamente gaúchos. Pois Santiago lança terça-feira, 22, no Clube de Cultura, às 19h, o álbum de quadrinhos “A menina do Circo Tibúrcio e outros causos desenhados”.
    É sua 17ª publicação em formato de álbum, bancado por ele e pela editora Libretos, que se caracteriza por publicar obras de autores gaúchos, num mercado globalizado e conflagrado pela crise econômica que assola o País. É Santiago que explica: “A edição do álbum, feita com rigor e paixão pela Clô Barcellos, está primorosa. Além do design, ela cuidou especialmente da impressão, dos tons das cores dos desenhos, já que são feitos com aquarelas. É uma tonalidade líquida e para funcionar tem que se respeitar a sua translucidez. E isso foi obtido”, assegura.
    Hergé, a referência
    Santiago tem como referência o belga Hergé, criador do personagem Tin Tin, para quem o desenho não pode brigar com a cor, o traçado que é importante e a cor é secundária. É a chamada linha clara belga, em que a cor mais insinua do que explicita. No seu desenho não há muita sombra e a linha é o mais importante. Santiago brinca: “procuro não perder a linha”.
    O álbum que está sendo lançado é o segundo que tem como tema os “causos”, frutos de sua memória, de relatos, de experiências de vida e andanças. Os outros trazem cartuns e charges feitos ao longo de sua trajetória. Santiago conta que consultou diversos dicionários e em nenhum deles o termo “causos” é registrado.
    “O corretor de palavras do computador, toda vez que escrevo causos troca para casos. Pois o que faço são causos desenhados. São histórias de apelo oral que têm outro sabor quando desenhadas. A maioria tem um componente de humor, mas há tragédia também. A partir dos 60 anos me permiti registrar fatos pessoais, na primeira pessoa. Deu boa repercussão e descobri um universo comum à muita gente”.
    Histórias realistas
    Santiago conta que no início de sua carreira tentou fazer histórias realistas, já que seu sonho era ser desenhista de histórias em quadrinhos. Quadrinizou um conto de Simões Lopes Neto. Inclusive no novo álbum essa história é publicada. “Eu tinha 20 e poucos anos e logo vi que não era a minha. Teria que saber mais de anatomia e percebi que no desenho de humor eu teria mais espaço”, relembra.
    Nos últimos 30 anos, Santiago tem marcado sua presença na cena cultural do Estado, algumas vezes trabalhando em jornais da capital e publicações de entidades sindicais. Crítico ferrenho do golpe político praticado em 2016 e das mazelas nacionais em geral, deixou esses temas fora dos “causos”. Mas compensa isso, com histórias saborosas em que transbordam poesia, leveza e humanidade. Tudo que anda em falta no Brasil de hoje.
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  • Pelotense Lourenço Cazarré ganha mais um prêmio literário

    Geraldo Hasse
    O gaúcho Lourenço Cazarré ganhou mais um prêmio literário, desta vez da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), empresa de economia mista que acaba de lançar os quatro livros escolhidos em concurso nacional de poesia, conto, romance e literatura infantojuvenil, esta a mais recente especialidade do jornalista nascido em 1953 em Pelotas e cuja carreira se consolidou em Brasília, onde foi redator do Senado.
    Autor de mais de 50 livros, entre novelas juvenis, coletâneas de contos, romances e livros de reportagem, Cazarré ganhou o concurso pernambucano com a novela “Os Filhos do Deserto Combatem na Solidão” (título nascido de um verso do poeta antiescravagista Castro Alves), superando 208 concorrentes.O livro conta a história de um menino envolvido em peripécias contra seus “donos” num navio negreiro do século XIX.
    “A obra se destaca não somente pelo domínio da técnica, mas também pelo tema escolhido: a história dos negros africanos trazidos como escravos para o Brasil e sua luta pela liberdade. (…) Representa um importante aporte para a compreensão da nossa história e identidade”, anotou a comissão julgadora formada pelo escritores Carola Saavedra, Márcia Denser e Antônio Carlos Viana.
    711 inscrições
    Realizado pela segunda vez, o Prêmio Cepe Nacional de Literatura teve 711 inscrições (146 de São Paulo, 91 de Pernambuco e 86 do Rio de Janeiro; os mineiros, que se destacavam em disputas literárias, parecem fora de forma). Dez inscrições vieram do exterior.
    Além de Cazarré, foram premiados, na categoria romance, o paulista Luís Sérgio Krausz, autor de Outro lugar; no conto, o também paulista Milton Morales Filho, com Dancing jeans – Baixo Augusta e outros contos; na poesia, o pernambucano Walther Moreira Santos, com o livro Arquiteturas de vento frio.
    Com os R$ 20.000,00 ganhos em Pernambuco, mais a publicação do livro (R$ 35,00, 130 páginas, com belas ilustrações coloridas de Luisa Vasconcelos), Cazarré soma mais de 20 prêmios literários de âmbito nacional. É provavelmente o veterano mais competitivo do Brasil. Ganhou duas vezes o maior certame literário dos anos 80, a Bienal Nestlé, nas categorias romance (1982) e contos (1984). Um de seus livros para jovens, Nadando contra a morte, de 1998, recebeu o Prêmio Jabuti, o maior do país. Sua novela juvenil A espada do general (1988) foi traduzida para o espanhol.
    Produzindo pelo menos um livro por ano, Cazarré é reconhecido como um dos principais contistas brasileiros. Nos sebos de Porto Alegre se encontram muitos dos seus livros: apesar de excelentes, poucos foram além da primeira edição. Alguns são recomendados por professores de literatura.  Há contos notáveis em “Ilhados” (WS Editor, 2001) e “Exercícios Espirituais para Insônia e Incerteza” (IEL/Corag, 2012). A novela “Estava Nascendo o Dia em que Conheceriam o Mar” (Saraiva, 2011) é uma narrativa extraordinária sobre a saga de um velho e um menino que percorrem uma longa estrada para chegar ao oceano Atlântico.
    Quem conhece um pouco da história pessoal de Cazarré intui que em seus escritos, sempre que a ocasião se apresenta, ele coloca seus personagens na geografia de Pelotas e arredores, sem porém denominar os lugares. Trata-se portanto de um criador que, mesmo deslocado para a capital do país, mantém a alma na província em que nasceu e se criou.

  • Servidores públicos estaduais protestam contra governo Sartori em frente ao Piratini

    Servidores públicos estaduais fizeram ato de protesto na manhã dessa terça-feira, em frente ao Palácio Piratini. Desde que o governo Sartori apresentou seu programa de extinção e privatização de fundações e instituições públicas, os trabalhadores têm feito vigílias e atos de protesto no local, já que mandam também seus recados aos deputados estaduais que estão votando o pacote do governo estadual.
    Segundo Érico Correa, do Sindicaixa e um dos dirigentes sindicais que integra a frente de luta contra as políticas liberais dos governo Temer, Sartori e Marchezan, a terça-feira é um dia estratégico para trabalhadores. “É o dia que os deputados, em geral, votam os projetos engendrados pelo governo para atingir servidores públicos e a população”.
    Nessa terça feira, por exemplo, a preocupação dos servidores era com o Projeto de Lei que terceiriza a fiscalização dos produtos animais no Estado. “Na Assembleia, é conhecido como Projeto JBS, por entregar aos frigoríficos, a fiscalização dos que eles produzem. É um absurdo que ameaça a saúde da população”, afirma Correa.
    Outras preocupações imediatas dos servidores estaduais é com o congelamento e o parcelamento dos salários, além do PL 148, que trata da liberação de sindicalistas. “Como é Projeto de Lei, o governo só precisa de 28 votos para passar iniciativas que atingem profundamente os trabalhadores e a população em geral”, finalizou Érico Correa.
    Participaram do ato na Praça da Matriz, além dos funcionários, representantes de sindicatos e centrais de trabalhadores, como Sindsepers, Corsan, Sintergs, Cpers/Sindicato, Ugeirm, entre outros.

  • Funcionários da CEF protestam contra o desmonte da instituição

    Na Praça da Alfândega, Centro Histórico de Porto Alegre, em frente ao Edifício Sede Querência, funcionários da instituição bancária mostraram disposição para resistir e protestar durante ato do Dia Nacional de Luta por valorização e defesa dos direitos dos empregados da Caixa.
    Contra o desmonte, dirigentes sindicais se revezaram com associações representativas dos trabalhadores da Caixa para esclarecer a população sobre a importância dos bancos públicos para a vida dos brasileiros e a necessária unidade e mobilização dos empregados para combater uma lógica perversa de desmonte das empresas públicas. Participaram do ato representantes da AGEA (Associação Gaúcha de Economiários Aposentados e da AGECEF (Associação dos Gestores da Caixa no Rio Grande do Sul).
    Para mostrar que os empregados da Caixa não têm nenhuma responsabilidade sobre a repercussão do desmonte na prestação do serviço, o SindBancários lançou também a campanha de valorização do banco público.
    A ideia é mostrar que a reestruturação da Caixa retira direitos dos clientes e das pessoas que mais precisam de políticas públicas. Os cortes no orçamento do governo federal incidem diretamente sobre a promoção de financiamento para a casa própria, na educação e até mesmo dificultam o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
    Vem para a luta
    As peças publicitárias e a defesa da Caixa fazem parte de uma campanha nacional que o SindBancários valoriza o conceito “Vem pra luta defender os bancos públicos”. A ideia é atacar a estratégia do governo Temer que é aumentar as filas, precarizar o atendimento para culpar os empregados da Caixa e criar um clima entre os clientes favorável à privatização.
    O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, exaltou a importância da Caixa como banco público para atender as necessidades de quem mais precisa. Políticas públicas de saneamento, casa própria, igualdade de renda são programas públicos ameaçados pela estratégia perversa do governo Temer. “Se tivéssemos um governo sério, estaríamos lutando para fortalecer os bancos úblicos. Essa é a lógica de um governo que acha que a população não precisa de banco público. É só o interesse do mercado. É uma lógica dos governos estadual e federal acabar com os bancos públicos. Estamos defendendo o futuro do país”, disse Gimenis..
    Segundo presidente do Sindicato, a ideia é desmontar o único banco 100% público, atacando a imagem, reduzindo o número de funcionários e fazendo clientes acreditarem que o melhor campinho é o da privatização. “Esse é o primeiro passo de uma grande campanha. Os empregados da Caixa, quando estiverem atendendo um cliente, devem entregar o material da campanha e dizer para os clientes que a falta de atendimento não é culpa dos colegas, mas de um governo que prepara a venda”, acrescentou Gimenis.
    Bancos privados
    O diretor do SindBancários e empregado da Caixa, Jailson Bueno Prodes, enumerou o acesso à universidade pública e privada por meio do financiamento, saneamento básico, acesso a serviços bancários para moradores de rua, pessoas de baixa renda e tantos outros programas sociais estão sob risco de serem extintos pelo governo Temer. “A Caixa está sendo desmontada para que o governo Temer assuma o compromisso com os bancos privados. Esse desmonte da Caixa vai atingir a todos os brasileiros e brasileiras, especialmente os de mais baixa renda”, explicou.
    O diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke, refletiu sobre outros setores da economia em que as empresas públicas estão a perigo ou em processo de desmonte. “A nossa luta precisa ser em defesa das empresas públicas. O governo Temer está entregando o nosso petróleo, minerais e quer acabar com os bancos públicos, como a Caixa. Estamos demonstrando que a Reforma Trabalhista, assim como a proposta de Reforma da Previdência, a perseguição aos movimentos sociais e sindicatos não favorece os trabalhadores”, afirmou.
    O diretor do SindBancários e da Contraf-CUT, Mauro Salles, fez alusão à década de 1990 em que o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso atacou empresas públicos com as privatizações. “Esse filme nós já vimos e resistimos. O que significa a privatização da Caixa? Os programas sociais estão acabando, e a Caixa é mais do que um banco um patrimônio. Os banqueiros da rede privado estão de olho no Fundo de Garantia e em ficar com os bancos públicos”, alertou.
    Processo de destruição
    O secretário de comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, inclui os ataques a outros bancos públicos, como o Badesul, o BRDE e o Banrisul, no Rio Grande do Sul, como relacionados com um processo de destruição. “Essa é uma luta que não é só da Caixa. É de todo o povo brasileiro. Estamos na luta em defesa do sistema financeiro público. Precisamos juntar forças e resistir a esse processo de ataque ao patrimônio público”, destacou.
    O presidente da Associação Gaúcha de Economiários Aposentados (AGEA), Sérgio Santos, referiu-se ao fato de que a população não conhece o papel da Caixa. “A metade do nosso povo não sabe o que a Caixa representa. Para o próprio povo. O tempo dirá o quanto ela é importante. Vamos vencer mais esse desafio, porque o povo que a Caixa continue pública”, discursou. O presidente da AGECEF, Adonis Silva, também se fez presente no ato do Dia Nacional de Luta.
    Fonte: Imprensa SindBancários

  • João Maldonado Trio leva seu Blues from Windows ao Chapéu Acústico

    João Maldonado Trio (JMT) apresenta nessa terça-feira,15/08, às 19h, o show “Blues From Windows”,  no Chapéu Acústico, da Biblioteca Pública do Estado (BPE). O evento tem a curadoria do produtor e fotógrafo Marcos Monteiro, que tem transformado a instituição num dos espaços mais importantes da música gaúcha. A contribuição é espontânea.
    Formado por João Maldonado (piano), Claudio Calcanhoto (bateria) e Marcio Bolzan (baixo acústico), o trio tem um repertório com composições próprias e ousado, ao fazer releitura de clássicos que marcaram a história do rock gaúcho – TNT, Cidadão Quem e Papas da Língua – e internacional, como Beatles, Jimmi Hendrix, e, claro, clássicos do jazz.
    A roupagem jazzística para temas de rock é uma característica que distingue o JMT de outros conjuntos instrumentais. “Vamos tocar Come Together (Beatles), Voodoo Child (Hendrix), Cantalope Island (Herbie Hancock), Nunca Mais Voltar (TNT) e Vem Pra Cá (Papas da Língua), além de algumas autorais. Acho que esse é o diferencial em relação a grupos mais tradicionais, que tocam mais standards”, diz João Maldonado.
    Obras gravadas
    Ex-TNT, Maldonado é um dos instrumentistas mais respeitados na cena jazzística de Porto Alegre, com 40 obras gravadas, também com diversos músicos, como Charles Master, Solon Fishbone, Fernando Noronha, Garotos da Rua e Acústicos e Valvulados.
    Em 1998 foi considerado o melhor músico de blues do Chile. No exterior, tocou com vários artistas e bandas, como o baterista argentino Adrian Flores, o pianista Ron Levy – que ficou conhecido ao tocar com BB King – Kenny Neal, Larry McCray, Laura Brown e Shana Huges.
    A visibilidade enquanto frontman tem sido maior desde que se juntou a Marcio Bolzan e Claudio Calcanhoto – irmão de Adriana Calcanhoto – para dar vida ao trio. Apresentaram-se no Theatro São Pedro, Casa de Cultura Mario Quintana e Biblioteca Pública do Estado, no badalado Mississipi Delta Blues Bar (Caxias do Sul) e Noite dos Museus. E ainda na primeira edição do Festival BB Seguridade, em Porto Alegre, em 2016, que juntou 30 mil pessoas no Parque da Redenção, onde também tocaram Blues Etílicos, Stanley Jordan, Hamilton de Holanda e Maria Gadú.
    SERVIÇO:
    Chapéu Acústico; João Maldonado Trio
    Data: 15 de agosto | Terça-feira.
    Horário: 19h.
    Local: Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (Rua Riachuelo, 1190, esquina com General Câmara – Centro Histórico).

  • Músicos gaúchos da Coompor fazem tributo a obra de Pery Sousa, em parceria com JÁ

    Higino Barros
    1987 é um ano complicado para a população brasileira: governo Sarney, Plano Cruzado fracassado e inflação nas alturas. A área cultural passa por grandes transformações também. A indústria fonográfica brasileira aposta suas fichas no rock brazuca. Parte significativa da produção musical gaúcha, sem acesso às grandes gravadoras, funda a Cooperativa Mista de Compositores de Porto Alegre (Coompor).
    2017 marca os 30 anos de fundação dessa iniciativa e a reunião desse grupo de artistas em torno de uma causa nobre. Prestar um tributo ao músico Pery Souza, trabalho gravado em vídeo e que será disponibilizado no site do JÁ Porto Alegre durante os meses de agosto e setembro.
    O primeiro presidente da Coompor, Nélson Coelho de Castro, diz que a entidade teve como inspiração a Cooperativa de Jornalistas de Porto Alegre (Coojornal). “Durante dez anos a Coompor produziu e promoveu dezenas de eventos. Foram espetáculos, cursos, oficinas e outras atividades artísticas de todos os gêneros. Um dos mais marcantes foi o disco Coompor canta Lupi, uma grande reunião que fizemos em torno da obra de Lupicínio Rodrigues”.
    Efervescência cultural
    Segundo Nelson Coelho de Castro foi tamanha a efervescência de suas atuações que a Coompor se tornou um empreendimento de sucesso influenciando e estimulando o cenário cultural daquela época. “Muito mais do que estes êxitos, a Coompor demonstrou que artistas e músicos poderiam organizar e produzirem seus próprios trabalhos”.
    Um dos músicos fundadores da Coompor, Raul Elwanger, explica que foi inspirado na homenagem a Lupicínio Rodrigues que eles resolveram fazer agora um tributo a Pery Souza, ideia que teve a adesão imediata de músicos da extinta Coompor, de músicos que trabalharam com Souza e da família Ramil, parentes de Pery.
    “O bacana da história agora é que ela oportunizou, como foi no passado, a junção de músicos já estabelecidos com os novos. E mostra que dá para fazer as coisas acontecerem, mesmos nos difíceis tempos de hoje”, explica Elwanger.
    Os 15 vídeos com as apresentações dos músicos de Coompor canta Pery foram gravados durante espetáculo realizado no teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, no dia 13 de julho.
    Participantes
    ARTISTAS DA COOMPOR: BEBETO ALVES, CLAUDIO LEVITAN, CRISTIANO HANSEN, GELSON OLIVEIRA, NANCI ARAUJO, NEUZA ÁVILA, NELSON COELHO DE CASTRO, PAULO GAIGER, RAUL ELLWANGER, OSCAR SIMCH, CESAR DORFMAN, CESAR PRIEB, EDILSON ÁVILA, EVERSON VARGAS, FERNANDO CORONA, JUA FERREIRA E PEDRINHO FIGUEIREDO.
    CONVIDADOS ESPECIAIS: KLEITON E KLEDIR, IAN, THIAGO E GUTCHA RAMIL, CORAL DA FEPAM, CORAL ÍTALO-BRASILEIRO – REGENTE GERSON DE SOUZA.
    POETAS PARCEIROS: ÁLVARO BARCELOS, JAIME VAZ BRASIL, JERÔNIMO JARDIM, JOSÉ FOGAÇA, LUIS CORONEL E LUIS DE MIRANDA.
    Play List
    ESSE ESTRANHO (Pery Souza e Álvaro Barcelos) PARA SEMPRE AMIGO (Pery Souza e Fogaça) CIGANA TIRANA (Pery Souza e Raul Ellwanger) PAMPA DE LUZ (Pery Souza e Luis de Miranda) MOLEQUE BONITO (Pery Souza/Raul Ellwanger) DEIXO O TEU NOME NOS MUROS DA CIDADE (Pery Souza e Jaime Vaz Brasil) ENCONTRO DAS ÁGUAS (Pery Souza) MILONGA (Pery Souza) CHOTE CHUCRO (Pery Souza e Jerônimo Jardim) ESTRELA GURIA (Pery Souza e José Fogaça) RECADO (Pery Souza e Jaime Vaz Brasil) POR ONDE ELA ANDA (Pery Souza e Jaime Vaz Brasil) CORAÇÃO VADIO (Pery Souza e José Fogaça) NOITE DE SÃO JOÃO (Pery Souza e Kledir Ramil) PAMPA DE LUZ (Pery Souza e Luis de Miranda)
     

  • "Baile do Maia" traz a moderna sonoridade do acordeon

    “Baile do Maia” é o novo projeto de Luciano Maia, que busca a modernização de uma antiga sonoridade da boa música instrumental produzida no RS, a partir da década de 40. E é o show que o músico fará mesclando o som de seu acordeon a uma gama de instrumentos:  o baixo acústico de Miguel Tejera, o violão seis cordas de Matheus Alves, o cavaco de Luís Arnaldo, a percussão de Giovani Berti e a bateria de Sandro Bonato. No projeto Chapeu Acústico, que ocorre nessa terça-feira, 08, a partir das 19h, na Biblioteca Pública (BPE), com contribuição espontânea.
    Tendo por inspiração o som que se ouvia nos primeiros discos do Pedro Raymundo, Os Bertussi, Conjunto Farroupilha, Os Serranos na época em que as gravações eram feitas no eixo Rio-São Paulo, Maia revisita essa época em que a nossa música soava mais brasileira.
    Um dos mais respeitados acordeonistas do sul do país na atualidade, iniciou seus estudos musicais aos 9 anos, em Pelotas. E aos 13, como autodidata, já era visto como fenômeno entre os que o ouviam nos festivais nativistas. Em 1995, já em Porto Alegre, com 15 anos, integrou o tradicional grupo de fandango Quero-Quero, com o qual participou da gravação do disco “Todo o Homem do Pampa”.
    Em 1998 produziu seu primeiro CD solo pela gravadora ACIT, “Sonho Novo”, em que convidou o acordeonista e compositor Edson Dutra, fundador do grupo Os Serranos. Em 2001 gravou “Minha Querência”, com a participação especial do cantor Luiz Carlos Borges. Em 2005 constou no “Gaitaço de Sucessos” (Galpão Crioulo Discos), projeto de regravações de músicas que são clássicos do cancioneiro gaúcho. Em 2007 veio o quarto CD, “Cruzando a Pampa”, pela USA Discos, indicado pelo jornal Zero Hora como um dos cinco melhores CDs regionais de 2007, que recebeu o Prêmio Açorianos de Música de Melhor Disco Regional.
    Em 2009 lançou o álbum “Encomenda” (ACIT), que mescla músicas instrumentais com cantadas pelo próprio Maia, mostrando uma faceta pouco explorada. Este trabalho obteve indicação ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Regional.  Em 2011 foi lançado, igualmente pela  ACIT, o CD “Talareando’’ que reúne canções  do artista apresentadas em diversos festivais nativistas do Estado e, em 2012, em parceria com o poeta Gujo Teixeira, lançou o CD  “Cordeona-me”, com adesão de grandes artistas gaúchos, e reconhecido no Prêmio Açorianos de Música como melhor disco regional do ano..
    Instrumento símbolo
    Em 2014 lançou um projeto de resgate da música regional gaúcha, “A Gaita do Rio Grande”, que enfatiza nosso instrumento símbolo, através da obra dos mestres deste instrumento. Ainda lançou “Janelas ao Sul”,  também  instrumental, com participações do acordeonista Bebê Kramer, do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo e texto de apresentação de Toninho Ferragutti. Em 2017 foi a vez do CD instrumental “Balaio de Sons”, com o violonista Gabriel Selvage, que teve turnê de lançamento em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
    Luciano já dividiu o palco com outros grandes músicos: Luiz Carlos Borges, Sérgio Reis, Gilberto Monteiro, Luiz Marenco, Oscar dos Reis, Lucio Yanel, Renato Borghetti, Os Fagundes, César Oliveira e Rogério Melo, Raul Barboza, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo e Toninho Ferragutti.
    Seu nome aparece em mais de 100 discos, entre solo, parcerias, participações especiais, projetos culturais e gravações independentes.
     

  • Eneida Serrano conversa sobre a sensibilidade artística de suas fotografias

    Eneida Serrano é uma das fotógrafas mais completas do Brasil, num país com tradição de ter um grupo de fotógrafas de alto nível. Sua abordagem de conteúdo, apuro técnico, luz e informação, de quem é oriunda do foto jornalismo, soma-se à uma sensibilidade artística visual que tornam suas fotos únicas, diferenciadas e absurdamente autorais.
    Pois essa segunda-feira, às 19 horas, na escola de fotografia Câmera Viajante (Rua Miguel Tostes, 756 – bairro Rio Branco), Eneida Serrano vai conversar com o público sobre seu trabalho e prática de fotografar com celular. Ela vai mostrar algumas de suas fotografias também.
    “Minhas fotos são uma apologia às caminhadas sem destino ou planejamento. Caminho pra conhecer, pra achar soluções ou inspiração. Ando pelo parque ou pela praia e vou colecionando pensamentos e fotos. A fotografia me estimula a caminhar, e as caminhadas me oportunizam novas imagens”.
    A atividade é gratuita e Eneida reforça o convite: “Vai ser muito legal trocarmos ideias e figurinhas. Apareçam!”.