Os professores da rede estadual do ensino decidiram encerrar a greve decretada na terça-feira passada e voltam às aulas na próxima segunda-feira, 07/08.
A decisão foi tomada em Assembleia Geral da categoria, realizada na Casa do Gaúcho, no Parque da Harmonia, que reuniu cerca de duas mil pessoas, entre professores, funcionários de escolas, alunos e pais de estudantes.
Professores que fazem oposição à diretoria do Cpers queriam a continuidade da paralisação. Mas segundo à presidente do sindicato, professora Helenir Schüller, não dava para contrariar o indicativo apontado na reunião do Conselho Geral da entidade, no dia anterior. Nele, dos 42 núcleos que compõem o Cpers, 26 votaram pela suspensão da greve, seis foram a favor da manutenção e o restante seguiria a decisão da Assembleia Geral.
Durante as falas que antecederam à votação, a direção do Cpers foi duramente criticada por professores de oposição ao atual comando da entidade. Eles consideram a postura da direção branda com o governo Sartori. Os defensores da diretoria, no entanto, argumentaram que a realidade é diferente e a divisão demonstrada na ocasião só enfraquece a luta dos professores e beneficia o governo estadual.
Votação manual
Por não aceitar o resultado da apuração visual feita na consulta de encerramento da greve, os oposicionistas pediram votação manual em urnas, que acabou confirmando o fim da paralisação, com 1015 votos a 705, para suspender a greve.
Ficou marcado também reunião do Conselho Geral, no dia 25, e indicativo de nova Assembleia Geral no dia 1º de setembro.
Antes da Assembleia, pela manhã, os professores fizeram manifestação em frente à Secretaria da Educação, na avenida Borges de Medeiros e depois se dirigiram para o Palácio Piratini. O governo do estado não se manifestou em relação ao movimento.
A presidente do Cpers, Helenir Schüller, disse que o fato dos professores retornarem às aulas não é derrota para eles diante do governo. “A luta continua com o mesmo empenho. Temos programados várias atividades a partir da semana que vem para dialogar com a comunidade escolar, com os pais dos alunos e sociedade em geral”.
Autor: Higino Barros
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Professores da rede estadual de ensino decidem voltar às aulas na segunda-feira
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Chapéu Acústico extra, nessa quinta-feira, com a cantora Jamile Staevie
Aproveitando a passagem por Porto Alegre da cantora e compositora Jamile Staevie, que reside em Nova Iorque, onde faz mestrado em Jazz, o produtor Marcos Monteiro e a Biblioteca Pública do Estado (BPE) promovem nessa quinta-feira, 03, uma edição extra do projeto Chapéu Acústico, que costuma ser realizado no local, às terças-feiras. O show tem contribuição espontânea.
No show “Bossa Swing Jazz”, Jamile estará acompanhada de seu pai, Gilberto Oliveira (violão e guitarra). A dupla apresentará uma mistura de bossa nova e jazz, com muito swing e improviso. Ela une o balanço e gingado brasileiro às dissonâncias e quebradeiras do jazz e conclui com uma sonoridade que só essa união musical pode proporcionar.
Professores consagrados
Jamile Começou sua trajetória na música aos quatro anos, no ambiente escolar e da igreja em Cachoeira do Sul, sua cidade natal, ganhando várias competições locais, durante a infância. Aos 15 anos mudou-se para Porto Alegre, quando começou a atuar profissionalmente, cantando em pubs e diversos eventos particulares. Estudou com professores consagrados, como Gisa Volkmann (canto), Gilberto Oliveira (harmonia e improvisação) e Daniel Sá (percepção e teoria musical). Em 2013 ingressou no curso de Música da UFRGS e passou a integrar o Coral Porto Alegre, dirigido por Gisa Volkmann, até 2015, quando passou a fazer parte do elenco do espetáculo “Eu Sou Maria” no 30º Natal Luz de Gramado.
Durante a vida acadêmica, teve a oportunidade de realizar diversos projetos com orientação da professora Isabel Porto Nogueira, desde bolsa de iniciação científica através da produção de artigos e apresentações em congressos até projetos de extensão, como o Div@s, com enfoque na performance e escrita sobre música experimental. Em 2016 graduou-se com Láurea Acadêmica em Música (Habilitação em Música Popular e instrumento Canto), tendo como enfoque do Trabalho de Conclusão de Curso a composição de músicas instrumentais para voz no âmbito do Jazz. Atualmente vive em Nova York onde faz mestrado em Jazz na City College of New York.
Como referência, ela sempre cita Aretha Franklin quando se trata de performance integrada à técnica vocal e busca de sonoridade.; além das clássicas cantoras Etta James, Dinah Washington, Billie Holiday, Sarah Vaughan, Gal Costa e Joyce Moreno. E ainda as cantoras em destaque na cena atual do jazz: Cyrille Aimée, Gretchen Parlato e Tierney Sutton. Dentre instrumentistas, compositores e improvisadores que considera referência estão Bill Evans, Chick Corea, Thelonious Monk, Herbie Hancock, Toninho Horta, Tom Jobim e Chico Pinheiro.
Gilberto Oliveira
Guitarrista, violonista, baixista, compositor, arranjador e produtor, é conhecido por imprimir seu estilo marcante em sua música e na dos artistas com quem produz e atua, sendo bastante requisitado em palcos e estúdios. Músico e professor há 38 anos, teve a oportunidade de dividir o palco e gravar com vários artistas brasileiros e estrangeiros. Com um trabalho próprio, também atua com vários artistas como instrumentista, arranjador e diretor musical.
Dentre os brasileiros estão Neguinho da Beija-Flor, Bebeto, o saudoso Mestre Marçal, Jamelão, Gelson Oliveira, Luciah Helena, Loma, Djalma Corrêa, Robertinho Silva, Zé Caradípia, Daniel Torres, Geraldo Flach, Renato Borguethi, Tadeu De Marco, Cesar Passarinho, Cauby Peixoto, Jim Porto, Cidinho Teixeira, Alcione, Lidoka (Frenéticas), entre outros.
No cenário internacional estão as cantoras Jane Blakstone, Kat Parra , Sandy Sasso e Roseanna Vitro, indicada ao “GRAMMY” 2012, os pianistas Verner Vana, Gladstone Trott, Warren Byrd e Cliff Korman e Allen Farnham, todos norte-americanos; o guitarrista sueco Tomas Janzon; a trompetista holandesa Saskia Laroo; o trombonista inglês Mark Mulley, a cantora dominicana Irka Mateo e a cantora uruguaia Mariana Moraes, entre outros.Como instrumentista participou do DVD de Álvaro Luthi “Eu Gosto” (2011) e do CD “A Saga de um Homem Comum” (2015) da Banda Capitão Rodrigo. Foi produtor e diretor musical no CD “Vestígios Violeta” (2014) de Isabel Nogueira. Pelo CD autoral “Cordas Pra Que Te Quero” (2009), de música instrumental, onde atuou como instrumentista, arranjador, compositor e diretor musical, teve 6 indicações no I Prêmio Brasil Sul de Música, vencendo como Instrumentista na categoria Instrumental. O disco foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música em 2011 e pré-selecionado ao Prêmio da Música Brasileira, no ano de 2012 .
Serviço:
‘Bossa Swing Jazz’
Dia: 3 de agosto de 2017 (terça-feira).
Hora: 19h
Local: Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190). -
Varal de fotografias sobre Presídio Central será exposto no Brique da Redenção
Um dos acontecimentos mais significativos do cenário cultural gaúcho em 2017 foi o lançamento do documentário “Central”, de Tatiana Sager e Renato Dorneles, sobre o a vida no Presídio Central de Porto Alegre, considerado em 2008 o pior do país. Dialogando com esse tema- o universo prisional- o fotógrafo Jorge Aguiar, expõe no domingo, 06, no Brique da Redenção, a mostra “Hades- Deus do Inferno”.
O trabalho, realizado entre 2012 e 2014, é sobre o espaço físico destinado aos habitantes do Presídio Central e do Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso. Foi exposto anteriormente, esse ano, no 7º Festival de Fotografia de Tiradentes (MG) e na Faculdade de Comunicação da PUC/RS. Agora chegou a vez de ser visto em local de grande circulação de pessoas, junto ao Arco dos Expedicionários.

Obra de Jorge Aguiar sobre o universo prisional/Fotos Jorge Aguiar/Divulgação.
O co–diretor do documentário “Central”, Renato Dorneles, dá sua opinião sobre a exposição “Hades”: “O inferno existe. É a mais pura verdade. A prova está nas marcas deixadas nas paredes, no piso, no teto e nos portões que o cercam. Através da fotografia, o documentarista Jorge Aguiar nos leva a um profundo mergulho neste inferno. São imagens que dispensam legendas e, por si só, nos mostram a dura realidade do Presídio Central de Porto Alegre e do Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso. E nem é preciso exibir rostos tristes, sofridos, malvados, doentios… Os cenários são suficientes para nos contar tudo sobre esses infernos cercados pelo concreto e pelo asfalto da cidade, tão próximos da vida cotidiana e, ao mesmo tempo, distantes e invisíveis aos olhos da sociedade”.
SERVIÇO:
EXPOSIÇÃO: Hades- Deus do Inferno”
Dia 06 de Agosto
Horário das 10:00 as 18:00
Parque da Redenção -
Cláudio e Carina Levitan fazem show no Bar do IAB, nesta quarta
Cláudio Levitan faz parte da geração de músicos que a partir dos anos 1980 deu uma sonoridade toda peculiar ao som urbano gaúcho. Carina Levitan, sua filha, representa o que há de mais contemporâneo e instigante nesse mesmo cenário. Os dois estarão se apresentando na quarta-feira, no Bar do IAB, no evento musical que o Instituto de Arquitetos do Brasil/RS promove toda primeira quarta do mês.
No repertório do show estarão canções dos álbuns “Levitan e os Tripulantes” (2011), “Avulsas” (2011) e o premiado “Minha Longa Milonga” (2000), além das músicas do disco “Inúteis”.
Cláudio é também autor de canções consagradas no espetáculo “Tangos e Tragédias”, que marcou época e fez história na área cultural. Já Carina foi integrante da banda “Apanhador Só”, inserindo no grupo a percussão-sucata e a inovação nos arranjos com utilização de novos instrumentos.

Carina integrou a banda “Apanhador Só”, inovando nos arranjos com utilização de novos instrumentos/Nilton Santolin
Ela utilizou uma roda de bicicleta como instrumento musical, que acabou se tornando o logo da banda. Participou dos arranjos e como percussionista no primeiro disco da banda, lançado dia 19 de abril de 2010.
As comidinhas desta edição do Bar do IAB serão da “Nunca Pensei – Cozinha Rural Contemporânea”. A entrada é franca e o bar abre a partir das 19 horas. -
Tudo vira jazz com Fernando Corona Trio, no Chapéu Acústico
Dentro da programação de alta qualidade do projeto “Chapéu Acústico”, realizado toda terça feira na Biblioteca Estadual, chegou a vez de Fernando Corona Trio, composto por Fernando Corona (teclado e voz), Nico Bueno (baixo) e Mano Gomes (bateria).Corona explica o trabalho dos músicos:
“Tudo pode virar jazz: Villa Lobos, Lupicínio. E por que não Bach? Ou até mesmo uma cantiga de roda ou uma canção do folclore. A emoção está por aí, esperando que a gente vá buscá-la. Quando este trio toca, o primeiro acorde aponta o início de um caminho que é sempre uma tentativa de se chegar até ela. A emoção”.”
Jazz e flamenco
Natural de Porto Alegre, o pianista, tecladista e compositor Fernando Corona começou sua carreira em 1982, atuando ao lado do cantor Antônio Villeroy e do flautista mineiro Kim Ribeiro. Em 1984 rumou para a Espanha, onde viveu por 3 anos desenvolvendo um trabalho de jazz e música flamenca.
Três anos depois retornou ao Brasil e passou a atuar ao lado de Bebeto Alves, Renato Borghetti e Villeroy, entre outros. Na mesma época, iniciou sua bem sucedida participação em festivais de música no Rio Grande do Sul, os quais lhe renderam vários prêmios como compositor e também o reconhecimento como um dos maiores músicos gaúchos da atualidade.
Em 2003 mudou-se para o Rio de Janeiro e, desde então, tem participado de gravações e shows ao lado de Pery Ribeiro, Wanda Sá, Betty Faria, João Suplicy, Tânia Alves, Zezé Motta, Barrosinho, Nalanda e Edu Neves, entre outros. Atualmente, é arranjador e diretor musical do projeto “Villa-Lobos in Jazz”, que tem excursionado por todo o Brasil e, em 2011, apresentou-se na Alemanha, Suíça e Itália.
Cena local
O projeto Chapéu Acústico tem a curadoria do fotógrafo e produtor Marcos Monteiro e é realizado sempre às terças-feiras, com apresentações de músicos dispostos a movimentarem a cena local, sem depender de verba pública ou privada. Não há cobrança de ingressos, e o chapéu é usado como forma de arrecadação voluntária, como acontece nas performances de rua.
Serviço:
Show Tudo Pode Virar Jazz
Dia: 1º de agosto de 2017 (terça-feira).
Hora: 19h
Local: Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190). -
CD de Celma e Célia resgata ritmos que formaram a identidade musical brasileira
Higino Barros
Com toda a desordem cultural no Brasil de hoje, para se ater à área em questão, há bolsões de resistência que demonstram que nem tudo está perdido. Uma prova disso é o novo trabalho das cantoras Celia e Celma. Uma coletânea de ritmos ancestrais brasileiros, com as particularidades dos ritmos e gêneros, intencionalmente, iniciarem com a letra C, evocando a inicial de seus nomes.
Assim, desfilam pelo CD cateretês, congadas, calangos, charolas, chamamé e chimarrita, cururus, curraleiras, chulas, toda uma roupagem musical que permeou o cenário da canção nacional do século XVI a começos do século XVIII. Antes do samba, chorinhos e valsas, posteriormente incorporados.
Nativas de Minas
Celia e Celma são nativas da Zona da Mata de Minas Gerais e têm se dedicado a fazer registros do cancioneiro popular brasileiro. Um dos mais conhecidos e elogiados é sobre a produção mineira de Ary Barroso.
O atual trabalho é primoroso. Tem desenho do mineiro Ziraldo e é tocado por músicos virtuoses, em formações que preservam as bandas dos jesuítas com viola, sopro e tambor. O CD está sendo distribuído pela Tratore. Entrando no site dessa distribuidora há vários caminhos para acesso à obra.
Segundo o jornalista José Antônio Severo, há poucos dias houve um show que ele chama dos “Três Tenores do Sertanejo”, reunindo Almir Satter, Renato Teixeira e Sérgio Reis, num grande auditório de São Paulo, na Barra Funda.
Severo relata: “os caras insistiram para que elas fossem. Pois não é que no meio do espetáculo os três, ao microfone, anunciaram a presença das gêmeas e elogiaram o disco como um resgate precioso dos ritmos de raiz de todo o país num único conjunto . Um deles, não sei qual, creio que foi o Sérgio, disse que o CD é um livro, mais do que um disco”.

Ziraldo assina a parte visual do CD de Celia e Celma/Divulgação
Danças de antanho
Outro jornalista, o crítico musical Tárik de Souza, escreve sobre o “Canto com C”:
“Como se fosse o prefácio de um livro, a obra contem na sua primeira faixa um cateretê, ritmo de origem jesuítico-indígena, com letra de autoria das próprias pesquisadoras. O repertório vai do Carimbó paraense à chimarrita dos gaúchos, destacando “Menina Lavadeira”, de Telmo de Lima Freitas. Essa coletânea resgata exemplos das modas e cantos que se dançavam no Brasil de antanho, nos tempos em que os aventureiros e tropeiros levavam de uma região a outra a cultura popular para salões e terreiros.
“Canto com C” mostra recortes em que se fundiram subculturas brasileiras que já se construíam nos aldeamentos sertões a fora, com os padres musicando e botando instrumentos nas danças dos índios e dos africanos adicionando suas músicas à essa miscigenação cultural.
Desta forma, “Canto Com C” é um disco que, não obstante releia esses ritmos com o sotaque de cada região em que se firmou, mostra uma certa unidade do folclore das diversas regiões, em que o País pode reconhecer-se de ponta à ponta, pois os cururus, curraleiras, chulas, recortados e mesmo o chamamê criado pelos jesuítas das missões guaranis do Rio Grande do Sul, chegavam a todo o País levado pelos tropeiros que abasteciam as populações de mineiros, paulistas e nordestinos. Todos esses ritmos ainda são parte dos folguedos rurais -
Entidades garantem, por liminar, suspensão de terceirização no Ministério Público
A Associação dos Servidores do Ministério Público do RS (APROJUS) teve deferido Mandado de Segurança impedindo o Ministério Público Estadual de contratar empresa vencedora de Pregão Eletrônico com objetivo de prestar serviço de apoio administrativo, cujas tarefas são desempenhadas hoje por servidores efetivos no cargo de Agente Administrativo.
A decisão foi assegurada na terça-feira (25/7), pelo Desembargador Miguel Ângelo da Silva, do 11º Grupo Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. No Mandado de Segurança é questionada a abertura de edital para contratação de serviço de apoio administrativo (Pregão Eletrônico 61/2017), a ser realizado por empresa privada, em todo o Estado.
O mesmo remédio jurídico também está tramitando a partir de iniciativa do Sindicato dos Servidores do Ministério Público (SIMPE-RS), que além da liminar para impedir a contratação da empresa vencedora do certame, no mérito, pede a anulação do pregão. A decisão do dia 25 vale até a decisão final da ação.
Iniciativa inconstitucional
Para a diretora do SIMPE-RS e presidente da APROJUS, Carmen Jucinara da Silveira Pasquali, a iniciativa da administração do MPRS é ilegal e inconstitucional, uma vez que fere diversos dispositivos relativos ao concurso público. A dirigente lembra, ainda, que cerca de 200 pessoas que foram aprovadas em concurso público para o cargo de Agente Administrativo aguardam nomeação e que, se o MPRS necessita de servidores para desempenharem estas tarefas, deve chamar os que foram aprovados no concurso, cuja validade vai até agosto de 2018.
O Desembargador que julgou a ação considerou, para sua decisão, a questão do concurso, destacando o fato de terem aprovados aguardando nomeação. “Assim sendo, a alvitrada contratação de serviços terceirizados destinados à realização de funções similares (como se infere das especificações técnicas do serviço a ser contratado indicadas no Anexo I do Edital de Pregão Eletrônico nº 61/2017), sugere que o indigitado processo licitatório pode dar prazo a contratações precárias, em verdadeira burla ou ofensa à regra constitucional do concurso público”, ponderou.
Miguel Ângelo também reiterou que, como afirmaram as entidades, a terceirização não é admitida nos serviços atinentes a área finalística dos órgãos públicos e considerou que, assim, se justificava a preservação dos legítimos interesses dos aprovados em concurso público.
Para Carmen, não é possível que o MPRS abra mão da eficiência como meio de organizar e estruturar a administração pública com objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.Os candidatos aprovados em concurso passam por processo seletivo rigoroso e possuem um comprometimento passível de investigação e punição rigorosa, o que não é o caso dos terceirizados. “Esta iniciativa surpreendeu representações de vários segmentos do serviço público no Rio Grande do Sul, inclusive a membros do Ministério Público do Trabalho, pois não corresponde ao que se espera desta Instituição que recebeu a incumbência constitucional de zelar pela legalidade na atuação de outros órgãos, além de abrir grave precedente para outros cargos e, também, para outros entre públicos”, destacou a dirigente, afirmando que as entidades continuarão sua luta para barrar definitivamente a terceirização dentro do Ministério Público gaúcho. -
A vez do "Cartas na Rua" no projeto Chapéu Acústico
Quem frequenta o Brique da Redenção, aos domingos, está habituado a vê-los, sempre rodeado de um bom número de assistentes: um grupo de jovens músicos, tocando um repertório basicamente de blue grass, de uma maneira despojada, sem grande aparato de som, mas de um jeito que eles fazem questão. Bem perto do público. Pois nessa terça-feira, dia 25, a atração do projeto Chapéu Acústico, é o “Cartas na Rua”, na Biblioteca Estadual, às 19 horas.
O “Cartas na Rua” é formado por Jean Kartabil (vocais, violão e mandolin), Lester Borges (vocais, banjo e harmônica), Marcelo da Luz (vocais e violão) e Pedro Ourique (vocais e baixo).
O “grupo faz releituras de clássicos do folk, country, rock e bluegrass, além de apresentar canções autorais. A banda vive exclusivamente da música de rua há um ano e meio, mas também se apresenta em shows.
Pé na estrada
O grupo está com novo CD: Cartas na Rua volume 2. O novo trabalho contém a fórmula que os consagrou na área, canções autorais e releituras de clássicos do folk, contry, rock e bluegrass.
Nos últimos dois anos, seus músicos percorreram Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro e já ultrapassaram a marca de oito mil cds vendidos. A estrada é o mentor e professor da banda e é nela que eles amadurecem e reforçam a identidade do grupo.
O quarteto costuma explorar a diversidade sonora de seus instrumentos e vocais em releituras de clássicos como Rolling Stones, Neil Young, Beatles, Creedence Cleawater e Earl Scruggs.
O bluegrass é uma forma de música de raiz americana e é uma vertente da música country. Ela tem suas bases misturadas na música tradicional escocesa, de afro-americanos, inglesa, do País de Gales e irlandesa. O bluegrass foi inspirado pela música de imigrantes do Reino Unido e da Irlanda, em particular a de imigrantes escoceses-irlandeses nos montes Apalaches, entre o Kentucky e Tennessee).
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Show coletivo celebra a música de Pery Souza
Numa época em que a cultura passa por tantas atribulações, músicos gaúchos se reúnem e apresentam um show coletivo, “Coompor canta Pery” numa demonstração que a união faz a força.
O espetáculo homenageia em vida um dos grandes músicos gaúchos, Pery Souza, traz à cena uma geração que fez parte da Coompor (Cooperativa Mista de Músicos de Porto Alegre) e reúne no palco a família Ramil, de quem Pery é parente.
O evento acontece no próximo dia 13, às 19h30, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, com entrada franca. O texto abaixo foi elaborado pela produção do espetáculo.
“COOMPOR 30 ANOS
Em 1987 foi fundada a Cooperativa Mista dos Músicos de Porto Alegre, a Coompor. Se estivesse em atividade, estaria completando 30 anos. Por quase uma década a Coompor – dirigida e administrada por cantoras e cantores, músicos e compositores gaúchos – produziu e promoveu mais de uma centena de eventos e espetáculos musicais de todos os gêneros além de cursos, oficinas, palestras e encontros. Foi tamanha a efervescência de suas atuações que a Coompor se tornou um empreendimento de sucesso no RS influenciando e estimulando o cenário cultural daquela época. Muito mais do que estes êxitos, a Coompor demonstrou que artistas e músicos poderiam sim organizar e produzirem seus próprios trabalhos.
Para celebrar esta data, os antigos colaboradores da Coompor se reuniram e resolveram realizar um show/homenagem ao compositor Pery Souza nos mesmos moldes do espetáculo “Coompor Canta Lupi”, um super sucesso da cooperativa que foi registrado em disco. A escolha pelo nome de Pery Souza foi imediata.
Melodista apurado, Pery foi integrante do grupo Almôndegas, vencedor de vários festivais e é autor de inúmeros clássicos da música popular gaúcha, entre eles “Estrela Guria”, “Cigana Tirana”, “Pampa de Luz” e “Noite de São João” ao lado de parceiros como os irmãos Ramil (Kleiton, Kledir e Vitor), Raul Ellwanger, Luis de Miranda, José Fogaça, Jerônimo Jardim, Luis Coronel e Jaime Vaz Brasil. Assim, nada mais justo do que registrar a efeméride de “30 anos da Coompor” através de um espetáculo que cantasse a obra de Pery Souza.
O SHOW
As canções do mestre Pery serão interpretadas por colegas/artistas/instrumentistas contemporâneos seus do tempo da Coompor, por corais onde ele trabalhou como regente e também por artistas da novíssima geração. Temos certeza que será uma rara oportunidade de, num só momento, este espetáculo proporcionar ao público a fruição da música de Pery. Desta forma, o evento também pretende homenagear um dos colegas mais queridos da Coompor que além de ter sido um dos seus fundadores também foi o seu primeiro tesoureiro. O espírito dos anos oitenta tinha um lema que dizia: “Não podemos nos dispersar”. E os ex-“cooperados” da Coompor o cumpriram à risca. Se esta frase ainda ecoa entre eles, trinta anos após eles acrescentam outra e não menos estimada: “Sem precisar o tempo, a cidade não deve deslembrar da sua cultura”.

Músicos da Coompor que farão show coletivo/Simone Schlindwein.
Serviço
Espetáculo “COOMPOR CANTA PERY” Local: Teatro Dante Barone – Assembleia Legislativa Quando: dia 13 de julho – Horário: 19h30minhs Entrada Gratuita: entrega de senhas a partir da 18hs mediante a entrega de agasalhos ou alimentos não perecíveis Direção Artística: Claudio Levitan Direção Musical: Edilson Ávila Parceria Institucional: Assembleia Legislativa do Estado do RS
Participantes ARTISTAS DA COOMPOR: BEBETO ALVES, CLAUDIO LEVITAN, CRISTIANO HANSEN, GELSON OLIVEIRA, NANCI ARAUJO, NEUZA ÁVILA, NELSON COELHO DE CASTRO, PAULO GAIGER, RAUL ELLWANGER, OSCAR SIMCH, CESAR DORFMAN, CESAR PRIEB, EDILSON ÁVILA, EVERSON VARGAS, FERNANDO CORONA, JUA FERREIRA E PEDRINHO FIGUEIREDO. CONVIDADOS ESPECIAIS: KLEITON E KLEDIR, IAN, THIAGO E GUTCHA RAMIL, CORAL DA FEPAM, CORAL ÍTALO-BRASILEIRO – REGENTE GERSON DE SOUZA. POETAS PARCEIROS: ÁLVARO BARCELOS, JAIME VAZ BRASIL, JERÔNIMO JARDIM, JOSÉ FOGAÇA, LUIS CORONEL E LUIS DE MIRANDA.
Play List ESSE ESTRANHO (Pery Souza e Álvaro Barcelos) PARA SEMPRE AMIGO (Pery Souza e Fogaça) CIGANA TIRANA (Pery Souza e Raul Ellwanger) PAMPA DE LUZ (Pery Souza e Luis de Miranda) MOLEQUE BONITO (Pery Souza/Raul Ellwanger) DEIXO O TEU NOME NOS MUROS DA CIDADE (Pery Souza e Jaime Vaz Brasil) ENCONTRO DAS ÁGUAS (Pery Souza) MILONGA (Pery Souza) CHOTE CHUCRO (Pery Souza e Jerônimo Jardim) ESTRELA GURIA (Pery Souza e José Fogaça) RECADO (Pery Souza e Jaime Vaz Brasil) POR ONDE ELA ANDA (Pery Souza e Jaime Vaz Brasil) CORAÇÃO VADIO (Pery Souza e José Fogaça) NOITE DE SÃO JOÃO (Pery Souza e Kledir Ramil) PAMPA DE LUZ (Pery Souza e Luis de Miranda)
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Show com João Carlos Assis Brasil e Carlos Navas em tributo a Mesquita e Nazareth
Um dos maiores pianistas brasileiros, João Carlos Assis Brasil e o cantor Carlos Navas, dono de um timbre singular, com rara extensão vocal, trazem a Porto Alegre, no Stúdio Clio, nessa quarta-feira, 12, um show que vem conquistando plateias de Rio de Janeiro e São Paulo: tributo a Custódio Mesquita e Ernesto Nazareth, dois compositores referências quando se trata da memória musical nacional. Os dois músicos se conhecem há 23 anos.
Sobre o espetáculo, o material de divulgação informa:
“ Este show em duo tem sido apresentado com excelente receptividade no eixo Rio- SP. Juntos, reverenciam Custódio Mesquita e Ernesto Nazareth. Curioso é que Nazareth foi ídolo maior de Custódio , que realizou gravações como pianista interpretando a obra do Mestre. Abrindo a noite, João apresenta faixas de “Nazareth Revisitado”, como “Batuque” e “Coração que Sente”. Carlos traz, em sua primeira entrada, “Bambino” e “Odeon”, letradas respectivamente por Wisnik e Vinicius de Moraes. João volta a solar temas como “Brejeiro”, “Faceira” e “Apanhei te Cavaquinho”, entre outras pérolas reunidas em duas suítes. Na sequência, a delicadeza melódica de Custódio se faz lembrar em clássicos gravados no CD de Navas, caso de “Velho Realejo” (com Sadi Cabral), “Mentirosa” e “Nada Além” (com Mário Lago) e “Saia do Caminho” (com Evaldo Ruy), de cuja letra foi tirada a faixa título do álbum. Depois de um bis que reserva surpresas, os artistas conversarão com o público e autografarão seus cd´s.
Um encontro que esbanja refinamento, sofisticação e cumplicidade.”
Os artistas
São 23 anos de amizade iniciada antes de Carlos Navas ser cantor. Então agente de Alaíde Costa, ele produziu o show que reuniu João Carlos e a Diva brasileira no Rio Jazz Club, extinta casa noturna na zona sul carioca. Em 1996, Navas iniciou uma carreira musical, firmando se como um dos mais versáteis intérpretes brasileiros. Dono de um timbre singular, com rara extensão vocal e um repertório de extremo bom gosto, lançou dez álbuns. Possui dois cds infantis, “Algumas Canções da Arca…” (2004) e “Canções de Faz de Conta” (2007), respectivamente dedicados a Vinicius de Moraes e Chico Buarque. A memória musical é sempre lembrada em seus projetos. Fugindo do lugar comum dos tributos em geral, reverenciou o grande cantor Mario Reis em 2007, com “Quando o Samba Acabou” e, posteriormente, Custódio Mesquita em 2011, com o Cd “Junte tudo que é Seu …”, gravado em voz e piano. Em 2013, chega ao mercado o registro em DVD da participação no antológico programa televisivo “Ensaio”, criado e dirigido por Fernando Faro, transmitido pela TV Cultura (SP). Em 2015, lança seu décimo álbum, o acústico “Crimes de Amor”.
Pianista de formação erudita, João Carlos Assis Brasil é irmão gêmeo do saxofonista Victor Assis Brasil e começou a estudar piano ainda na infância. Aos 15 anos, já era acompanhado por orquestras em concertos. Foi aluno de Jacques Klein e aperfeiçoou os estudos em Londres, Paris e Viena. Na década de 60, na Áustria, ganhou o terceiro prêmio do Concurso Internacional. Beethoven, tocando em seguida com a Filarmônica de Viena e excursionando pela Europa. Mesmo consagrado como concertista clássico, envolveu-se com a música popular, tocando ao lado de outros instrumentistas — como os pianistas Clara Sverner e Wagner Tiso ou o violonista Turíbio Santos — e de cantores — Ney Matogrosso, Zé Renato, Alaíde Costa, Olivia Byington. Na década de 80 gravou discos a quatro mãos ao lado de Clara Sverner: um com músicas de Erik Satie e Scot Joplin (1982), outro incluindo o norte-americano Gershwin e os franceses Maurice Ravel e Gabriel Fauré. Em seguida veio “Jazz Brasil” (1986), com total ênfase no popular, incluindo obras de Tom Jobim, Radamés Gnattali e Victor Assis Brasil.
Dois anos depois, ao lado de Wagner Tiso, Jaques Morelenbaum e Ney Matogrosso, lançou “Floresta do Amazonas”. Em 1990, quase dez anos depois da morte precoce do irmão (em 1981), gravou o disco “Self Portrait — Assis Brasil por Assis Brasil”, em que trouxe à tona composições inéditas de Victor. Em Maio de 2013, estreia o Concerto “Nazareth Revisitado” – em homenagem aos 150 anos de Ernesto Nazareth ( o criador do tango brasileiro) – em São Paulo, a convite de Carlos Navas, que, juntamente com Alaíde Costa, é convidado especial e produtor do projeto, que se transforma em CD independente (distribuído pela Tratore) lançado no final do mesmo ano, recebendo elogios unânimes da crítica especializada.
SERVIÇO
SHOW DE JOÃO CARLOS ASSIS BRASIL E CARLOS NAVAS.
12 DE JULHO – QUARTA FEIRA – 21 HS
STUDIO CLIO : José do Patrocinio, 698 – Cidade Baixa – Porto Alegre
Informações: 51. 3254 7200 – www.studioclio.com.br
INGRESSOS: De R$ 60 a 80,00
