“Baile do Maia” é o novo projeto de Luciano Maia, que busca a modernização de uma antiga sonoridade da boa música instrumental produzida no RS, a partir da década de 40. E é o show que o músico fará mesclando o som de seu acordeon a uma gama de instrumentos: o baixo acústico de Miguel Tejera, o violão seis cordas de Matheus Alves, o cavaco de Luís Arnaldo, a percussão de Giovani Berti e a bateria de Sandro Bonato. No projeto Chapeu Acústico, que ocorre nessa terça-feira, 08, a partir das 19h, na Biblioteca Pública (BPE), com contribuição espontânea.
Tendo por inspiração o som que se ouvia nos primeiros discos do Pedro Raymundo, Os Bertussi, Conjunto Farroupilha, Os Serranos na época em que as gravações eram feitas no eixo Rio-São Paulo, Maia revisita essa época em que a nossa música soava mais brasileira.
Um dos mais respeitados acordeonistas do sul do país na atualidade, iniciou seus estudos musicais aos 9 anos, em Pelotas. E aos 13, como autodidata, já era visto como fenômeno entre os que o ouviam nos festivais nativistas. Em 1995, já em Porto Alegre, com 15 anos, integrou o tradicional grupo de fandango Quero-Quero, com o qual participou da gravação do disco “Todo o Homem do Pampa”.
Em 1998 produziu seu primeiro CD solo pela gravadora ACIT, “Sonho Novo”, em que convidou o acordeonista e compositor Edson Dutra, fundador do grupo Os Serranos. Em 2001 gravou “Minha Querência”, com a participação especial do cantor Luiz Carlos Borges. Em 2005 constou no “Gaitaço de Sucessos” (Galpão Crioulo Discos), projeto de regravações de músicas que são clássicos do cancioneiro gaúcho. Em 2007 veio o quarto CD, “Cruzando a Pampa”, pela USA Discos, indicado pelo jornal Zero Hora como um dos cinco melhores CDs regionais de 2007, que recebeu o Prêmio Açorianos de Música de Melhor Disco Regional.
Em 2009 lançou o álbum “Encomenda” (ACIT), que mescla músicas instrumentais com cantadas pelo próprio Maia, mostrando uma faceta pouco explorada. Este trabalho obteve indicação ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Regional. Em 2011 foi lançado, igualmente pela ACIT, o CD “Talareando’’ que reúne canções do artista apresentadas em diversos festivais nativistas do Estado e, em 2012, em parceria com o poeta Gujo Teixeira, lançou o CD “Cordeona-me”, com adesão de grandes artistas gaúchos, e reconhecido no Prêmio Açorianos de Música como melhor disco regional do ano..
Instrumento símbolo
Em 2014 lançou um projeto de resgate da música regional gaúcha, “A Gaita do Rio Grande”, que enfatiza nosso instrumento símbolo, através da obra dos mestres deste instrumento. Ainda lançou “Janelas ao Sul”, também instrumental, com participações do acordeonista Bebê Kramer, do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo e texto de apresentação de Toninho Ferragutti. Em 2017 foi a vez do CD instrumental “Balaio de Sons”, com o violonista Gabriel Selvage, que teve turnê de lançamento em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Luciano já dividiu o palco com outros grandes músicos: Luiz Carlos Borges, Sérgio Reis, Gilberto Monteiro, Luiz Marenco, Oscar dos Reis, Lucio Yanel, Renato Borghetti, Os Fagundes, César Oliveira e Rogério Melo, Raul Barboza, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo e Toninho Ferragutti.
Seu nome aparece em mais de 100 discos, entre solo, parcerias, participações especiais, projetos culturais e gravações independentes.
"Baile do Maia" traz a moderna sonoridade do acordeon
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