Bancários decidem por greve a partir de terça-feira

Se a proposta de reajuste salarial não mudar, os bancários farão greve a partir da terça-feira, 6/9. A decisão foi tomada em assembleias realizadas na quinta,  1º/9, em diversos pontos do país.
Em rodada de negociação no dia 29, a federação dos bancos apresentou ao comando nacional dos bancários índice de reajuste salarial de 6,5% que representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). Segundo os bancários de São Paulo, além dos salários, esse reajuste significaria, em um ano, uma perda de R$ 436,39 nos vales-alimentação e refeição, se levada em conta essa inflação projetada.
bancários 4Os bancários de Porto Alegre e região chegaram à mesma decisão, tomada por ampla maioria e uma abstenção. A assembleia geral da categoria na Capital, também nessa quinta-feira, foi precedida de ato público que começou na Praça da Alfândega, às 16 horas, e prosseguiu com caminhada até a sede da Fetrafi/RS, onde foi deliberada a paralisação por tempo indeterminado. O ato teve participação de animadores de rua, carro de som, e presença de sindicalistas e bancários.
Segundo o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, que participou das negociações com a Fenaban, em São Paulo, no início da semana, os banqueiros já estão aplicando a política de oferecer reajustes salariais abaixo da inflação, como era comum acontecer no governo FHC. “Agora que o golpe foi consumado eles estão voltando com muita desenvoltura às velhas práticas”, denunciou o dirigente sindical.
A Fenaban propôs reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Segundo os sindicalistas, a proposta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% até agosto deste ano, e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
bancários 1As principais reivindicações dos bancários são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade na Campanha Nacional, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
A categoria alega que o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, e mesmo assim houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, mais de 34 mil empregos foram eliminados nos bancos.

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