Banrisul poderá entrar na negociação da dívida do Estado

WÁLMARO PAZ
Na próxima semana continuarão as negociações sobre a dívida do Estado com o governo Federal.
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou ao jornal Valor Econômico que a privatização do Banrisul é uma hipótese que ainda está em análise para que haja a suspensão do pagamento da dívida por 36 meses.
Os ativos  do Banco e outras empresas estatais gaúchas como a Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a Sulgás seriam parte das contrapartidas exigidas pela União..
Em razão dessas notícias as ações do banco subiram  22,5 % em dois dias na Bovespa.
A importância do Banrisul para a economia gaúcha é imensa, desde que foi criado, em 1928, por Getúlio Vargas – então “presidente” do Estado – para financiar a agricultura sul-riograndense e também para a catarinense. No último balanço anual divulgado, o de 2015, deu lucro de R$ 838 milhões. Não é, portanto, deficitário, longe disso.
É o 11° banco nacional em valor de ativos e o sétimo entre os de varejo, se não entrarem na lista os bancos de investimento (BNDES, Pactual, Safra e Votorantim). Isso mesmo sendo muito regionalizado, com relativamente poucas agências fora do Sul do Brasil. Seus ativos totais, em março de 2015, somavam R$ 61,4 bilhões.
O banco já sofreu diversas tentativas de privatização nos útimos anos. Mas a sociedade gaúcha resistiu impedindo-as.
Já o governo gaúcho nega qualquer possibilidade de negociação do Banco. O Secretário da Fazenda Giovane Feltes, declarou ao voltar de Brasília que a possibilidade de parte do banco estadual entrar na negociação é “zero”.
Na sexta-feira (27) a Bovespa exigiu explicações da direção do banco sobre esta situação, uma vez que existem ações negociadas naquela Bolsa de Valores.
A direção do Banrisul não fala sobre o assunto, mas alguns deputados já contam como certa a tentativa de privatização. Gilberto Capoani (PMDB) já lançou até nota que votará contra qualquer proposta neste sentido.
O presidente da Assembleia Legislativa que assume na terça-feira (31), Edgar Preto (PT), também disse que a votação das emendas acontecerá logo após o recesso. E, embora reconheça que o governo tem maioria para fazer passar qualquer emenda, ele afirmou “ não será fácil”. Lembrou que a Assembleia Ficará aberta ao ingresso de pessoas nas galerias e que mesmo entre a base do governo alguns candidatos ficarão constrangidos para aprovarem a emenda derrubando o plebiscito necessário para a venda das estatais.

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