Biografia resgata a trajetória do ídolo colorado Sadi Schwerdt

Um jogador com espírito de liderança e técnica apurada, que marcou época como capitão do Sport Club Internacional num período em que poucos atletas ousavam expressar suas opiniões e adotar atitudes independentes. Este é o perfil que desponta em Sadi Schwerdt – Nosso Capitão, autobiografia do lateral-esquerdo que vestiu a camisa colorada na década de 1960, lançada pela editora Libretos, na quinta-feira, 14/09, no restaurante Terra & Cor Gastronomia.
No livro, Sadi traz à tona, pela primeira vez, na condição de protagonista, os bastidores da década perdida do Internacional, tempo em que o clube investiu mais na construção do estádio Beira-Rio do que na formação de equipes competitivas, preparando o terreno para as conquistas que viriam a seguir, quando o time se consagraria tricampeão brasileiro em 1975, 1976 e 1979. Reconstitui ainda polêmicas que marcaram sua época de jogador, como a disputa entre futebol-arte e futebol-força, além de esclarecer o episódio no qual perdeu o posto de capitão por se negar a criticar um colega diante do grupo de atletas, como desejava a diretoria colorada.
Ambiente tenso
Eleito melhor lateral-esquerdo do País em 1967 e 1968, Sadi atuou nove partidas com a camisa da seleção nacional ao lado de craques como Tostão, Rivellino, Djalma Santos, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, além de disputar outros dois jogos por um selecionado gaúcho que representou o Brasil em amistosos internacionais. Em Sadi Schwerdt – Nosso Capitão, o autor relembra o ambiente tenso no hotel da concentração brasileira em Montevidéu, vigiado por agentes policiais a serviço do regime militar do Brasil, além de expor a guerra de vaidades que dividia comissão técnica e jogadores do escrete nacional durante excursão por quatro continentes.
Nascido em Arroio dos Ratos (RS) em 1942, Sadi aprendeu a jogar bola nas calçadas esburacadas do bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre, para onde a família Schwerdt se transferiu no início da década de 1950.
Antes de seguir carreira profissional, enfrentou os campos de várzea da Redenção e deu os primeiros passos nos juvenis e aspirantes do Internacional sob a inspiração do ídolo de infância, Paulinho de Almeida Prado, o Capitão Piranha, líder do Rolinho, equipe vitoriosa do Internacional dos anos 1950. Por coincidência, Paulinho – já na condição de técnico – lhe daria o posto de capitão em 1966.
A autobiografia resgata também a bem sucedida trajetória política que o jogador construiu após abandonar a carreira de atleta, aos 29 anos, devido a um grave acidente automobilístico – com dois mandatos de vereador entre 1973 e 1982, Sadi é o  autor da lei que criou o táxi-lotação na capital gaúcha.
SERVIÇO
Obra: Sadi Schwerdt – Nosso Capitão
Autor: Sadi Schwerdt
Edição de Textos: Paulo César Teixeira
Design gráfico: Clô Barcellos
Produção de imagens: Marco Nedeff
Editora Libretos
224 pgs, 14 cm x 21 cm
Preço sugerido: R$ 30,00
 

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