Em longa entrevista publicada no Jornal do Comércio nesta segunda-feira, o ex-secretário do Planejamento, João Carlos Brum Torres, disse que o acordo de renegociação da dívida estadual, que o governador Sartori pretende fechar com a União, não representa, a longo prazo, uma solução para o desiquilíbrio financeiro do Rio Grande do Sul.
Segundo Brum Torres, a tendência é que se repita o que aconteceu com o acordo feito em 1998, feito pelo governo Britto, que suscitou grandes expectativas, mas em poucos anos revelou-se danoso para o Estado, até chegar à situação atual de insolvência. “Naquele momento o acordo se justificava, pois tínhamos uma dívida totalmente fora de controle”.
Como secretário do Planejamento de Britto, Brum Torres tratou com o, então, ministro da Fazenda, Pedro Parente, hoje presidente da Petrobras, os termos do acordo que o Estado assinou com a União, durante o governo FHC. “Houve erro em relação às expectativas mais realistas de cumprimento do acordo”, diz.
Nas condições em que está sendo tratado o Regime de Recuperação Fiscal, ele vê a tendência de se repetirem os efeitos da negociação passada, ficando o Estado numa “situação piorada”.
Quanto às privatizações previstas como contrapartida ao acordo, o ex-secretário diz que elas serão “pouco expressivas pelo valor que vão aportar”, tendo mais “um valor simbólico”..
Brum Torres reitera sua avaliação de que a extinção das fundações foi “um erro grave”, mas diz que não é improvável uma candidatura de Sartori sair-se bem sucedida em 2018, por que “o PT está muito fragilizado” e não há candidato em melhores condições.
Brum Torres diz que acordo da dívida tende a "repetir situações passadas"
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