Caixa Federal financia 90% dos projetos do PAC no RS

Cleber Dioni

A Caixa Econômica Federal é responsável por cerca de 90% dos recursos a serem aplicados em obras e projetos no Rio Grande do Sul.

Da previsão de R$ 1,6 bilhão de investimentos em 2007, a Caixa foi responsável por R$ 1,4 bilhão. Só no mês de setembro o governo do Rio Grande do Sul assinou 13 contratos dentro do Programa de Saneamento para Todos, financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De um total de R$ 80,3 milhões que serão aplicados, a Caixa liberará R$ 72 milhões para obras em 13 municípios.

Quase R$ 60 milhões serão aplicados em esgotos sanitários em quatro cidades. Outros R$ 21 milhões serão usados em obras de ampliação dos sistemas de abastecimento de água de nove cidades. Em Porto Alegre serão investidos R$ 319,5 milhões em saneamento.

“Porto Alegre vai finalmente conseguir transferir 1,5 mil famílias residentes nas Vilas Dique e Nazareth, uma obra esperada há mais de 20 anos”, disse o superintendente regional da CEF em Porto Alegre, Valdemir Colla.

Em dezembro foi assinado o projeto que prevê a remoção de todas as famílias restantes. A obra também permitirá a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Em todo o Estado, a Caixa tem também aplicado recursos expressivos em habitação. Em 2006 foram aplicados R$ 1,2 bilhão. Cerca de 110 mil empregos foram gerados e 50.625 famílias atendidas, num total de 205 mil pessoas.

No Brasil, os financiamentos da instituição representam 20% em todas ações de infra-estrutura. Dos mais de R$ 500 bilhões do PAC que serão disponibilizados ao longo dos próximos anos, R$ 100 bilhões passarão pela Caixa.

Para habitação, a instituição já contratou, até 23 de novembro, mais de R$ 14 bilhões, valor igual ao total do ano passado para a área.

Segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, os programas já atenderam a mais de 600 mil famílias, entre construção, reforma e novas unidades. Maria Fernanda Coelho informou que ainda não foi definida a meta para 2008, mas que o resultado deste ano deverá superar o de 2006.

A faixa da população que recebe até cinco salários mínimos continuará tendo prioridade na área de habitação. “A instituição não trabalha só para gerar lucro, mas também cumpre um papel social.

Somente para os programas de transferência de renda, especialmente o Bolsa Família, foram 102 milhões de pagamentos de janeiro a setembro, no valor de R$ 6,5 bilhões. Outros 38 milhões de atendimentos foram realizados para trabalhadores que receberam Seguro Desemprego, Rendimentos do PIS e Abono Salarial, no montante de R$ 13 bilhões.

“A Caixa tem compromissos com a sociedade, o que inclui estar presente nas localidades menos favorecidas e realizar operações sem visar lucro, como foi o caso, este ano, da criação de células de assistência técnica para auxiliar a formatação de projetos para a execução do PAC. Sem o apoio da Caixa, os pequenos municípios não teriam como apresentar e aprovar os projetos, disse”.

Exemplo deste caso foi a elaboração dos Planos Locais de Habitação, que consistem no repasse, pelo Ministério das Cidades, de R$ 36 milhões para 873 municípios.

“Também vamos expandir nossa rede de atendimento por meio das casas lotéricas para democratizar cada vez mais o acesso da população aos serviços da Caixa. Já são mais de 5 milhões de famílias com uma conta na Caixa e, depois de um período de movimentação, elas passam a ter acesso ao crédito”, acrescentou.

A ampliação das lotéricas será em 20%, totalizando 11 mil casas em 2008. Serão concedidas cerca de 2 mil novas licenças principalmente nos locais mais desassistidos.

A Caixa obteve, de janeiro a setembro deste ano, lucro líquido de R$ 1,78 bilhão, frente R$ 1,93 bilhão em igual período do ano passado. O lucro é resultado da contratação de R$ 52 bilhões em operações de crédito e do atendimento aos 41 milhões de clientes ao longo dos nove meses.

Os ativos totais da Caixa alcançaram R$ 239,479 bilhões em setembro de 2007, com crescimento de 20,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O patrimônio líquido saltou de R$ 8,9 bilhões para R$ 10,4 bilhões.

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