Abre nesta segunda o prazo para os funcionários da Caixa Federal que quiserem aderir ao novo Programa de Desligamento de Empresários, que o banco promove para cortar 1.626 postos de trabalho.
Desde 2014, já foram cinco programas de demissão ou aposentadoria incentivada. A Caixa já cortou mais de 16 mil empregados, chegando hoje a 85 mil bancários para cuidar de 102,6 milhões de contas.
Segundo comunicado da Caixa, a adesão dos bancários ao atual programa de demissão incentivada deverá ocorrer até a sexta-feira, 30.
O presidente da Federação Nacional dos Associados da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, denuncia “a precarização dos serviços e das condições de trabalho porque diminui o número de funcionários mas não diminuem as demandas nas unidades”.
“Por mais que avance a automação, a máquina não substitui as pessoas, em especial os de baixa renda, os mais idosos. Essa política vai contra isso porque compromete o trabalho, o atendimento, as pessoas ficam mais tempo na fila”, diz Ferreira.”
Uma pesquisa sobre a saúde do trabalhador da Caixa, feita este ano, a pedido da Fenae, comprovou essa realidade: um em cada três empregados da instituição teve algum problema de saúde relacionado ao trabalho nos últimos 12 meses.
As doenças psicológicas e causadas por estresse representam 60,5% dos casos.
As perspectivas no novo governo, de Jair Bolsonaro, são ainda mais preocupantes segundo a Fenae, com a confirmação de Pedro Guimarães, um especialista em privatizações, para presidir a Caixa a partir de 2019.
Pedro Guimarães é sócio do banco de investimento Brasil Plural e atua há mais de 20 anos no mercado financeiro na gestão de ativos e reestruturação de empresas.
Na Caixa, especula-se que deverá iniciar sua gestão pela venda da área de cartões de crédito e de seguros.
“Tudo indica vamos ter um esfacelamento muito grande desses serviços daqui para frente: lotérica, financiamento habitacional, Minha Casa Minha Vida”, diz Ferreira.
O dirigente reforça a importância da presença do banco federal em praticamente todos os municípios brasileiros. “Isso tudo está em risco se eles resolverem fatiar a Caixa, que é o que está se desenhando”
O fatiamento da Caixa já começa, segundo ele, no proximo dia 29 quando será leiloada a Lotex, o setor de loterias da Caixa, que repassa 35% a 40% dos recursos para a previdência social, esporte, cultura, Apaes.
“A privatização quer aumentar a premiação, mas reduzir os repasses sociais”.
Caixa Federal já cortou 16 mil funcionários nos últimos quatro anos
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