Dia de chuva é dia de ficar em casa, ensaiando e preparando os espetáculos para os dias secos. Este é um dos primeiros aprendizados de quem faz arte na rua. Os guris da Cartas na Rua sabem bem disso. Há quase um mês, eles tentam lançar seu mais novo trabalho, Cartas na Rua – Volume II. Porém, com a chuva que tem caído em Porto Alegre, o lançamento vem sendo adiado.
Neste domingo, a banda lança o segundo disco a partir do meio dia, no Parque da Redenção. Eles se apresenta junto à José Bonifácio, embaixo de alguma árvore, entre o Monumento ao Expedicionário e a avenida Osvaldo Aranha, local que ocupam todos os finais de semana.
Isso se não chover, é claro. Em caso de chuva, o evento fica automaticamente adiado para o domingo seguinte.
O novo disco contém 10 canções, sendo duas autorais e as demais são releituras de clássicos do folk, country, rock e bluegrass. O disco custa 15 reais e poderá ser adquirido diretamente com a banda ou na Casa Musgo, na rua Vieira de Castro. Ainda este ano, a banda pretende gravar um terceiro disco, somente de músicas próprias.
A Cartas na Rua surgiu a partir da banda Cartas para Bill. O disco autoral estava pronto para ser gravado quando o baterista saiu. Lester Borges e Marcelo da Luz já tinham a ideia de criar um projeto de rua e acabaram incluindo Pedro Ourique e Jean Kartabil. Há cerca de um ano e meio, a banda vem se apresentando nas ruas de Porto Alegre e de outras cidades gaúchas como Canoas, Novo Hamburgo. Em agosto passado, foram para São Paulo para uma temporada de um mês.
“Fomos para São Paulo sem ter nada marcado. No final do ano, voltamos para lá com shows agendados e ficamos ainda um mês no Rio de janeiro”, conta o músico Jean Kartabil.
O trabalho com música era uma atividade de final de semana, todos tinham outros empregos. Desde que passaram a se apresentar na rua, eles deixaram as outras atividades e garantem que vivem disso. A facilidade em se apresentar nos mais diversos locais ajuda. “A gente consegue ter essa liberdade de chegar, achar um cantinho, montar nossas coisas e fazer o show em qualquer lugar”, explica Jean.
Os repetidos adiamentos em função da chuva já virou piada entre os músicos. No evento criado no facebook, eles postaram esquetes do canal de humor Porta dos Fundos que têm como tema a previsão do tempo. Da mesma forma que a rua permite que os artistas trabalhem por conta própria e sejam remunerados diretamente pelo público, nos períodos de chuva não tem cachê.
“Tomara que não chova porque a gente está há duas semanas comendo Miojo”, brinca Jean.
Cartas na Rua lança seu segundo disco neste domingo
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