O movimento sindical fez nesta terça-feira uma demonstração da sua capacidade de mobilização contra a retirada de direitos trabalhistas que vem ganhando corpo no Congresso Nacional.
Em Porto Alegre, a manifestação matinal envolveu sete organizações: a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), e a Força Sindical, onde dirigentes apoiam o impeachment da presidente eleita.

Em Porto Alegre, centenas de pessoas reuniram-se foi às 7 horas, em frente à sede da Federação das Indústrias (Fiergs). No encerramento da manifestação, foi queimado um pato amarelo de papelão, em alusão ao pato inflável usado pela Fiesp, em protesto ao aumento de impostos.
O Dia Nacional de Luta e Mobilização da Classe Trabalhadora foi aprovado em assembleia nacional das centrais ocorrida no dia 26 de julho, em São Paulo.
“Eles não tem nenhum pudor. A caneta está nas mãos de um golpista que está disposto a assinar qualquer lei que esse Congresso de ampla maioria empresarial aprove. Então, não teria outro lugar mais adequado do que em frente à Fiergs, as entidades que financiaram o golpe e agora exigem o atendimento de sua pauta. E a pauta é o fim da CLT e dos direitos trabalhistas”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, em Porto Alegre. “Michel Temer jamais seria eleito com as propostas que estão sendo discutidas agora.”
O diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Marizar de Melo, atacou também o PLP 257 e a PEC 241. “É o maior ataque aos servidores na história, uma vez que esses projetos enterram o serviço público”, apontou.
Pelo Brasil
Em Brasília, cidade sem indústrias, algumas dezenas de sindicalistas ligados à CUT fizeram na Esplanada dos Ministérios uma manifestação contra o governo interino do presidente Michel Temer e parlamentares.
Em São Paulo, pelo menos 6 mil pessoas permaneceram por cerca de três horas em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, entoando palavras de ordem em favor dos direitos trabalhistas e contra o governo interino de Michel Temer. “Temer já fez anúncios de que pretende mexer na Previdência e na CLT. Não vamos permitir e não há negociação. Não sentamos com governo golpista”, disse o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.
No Rio de Janeiro, o cenário do protesto foi o Boulevard Olímpico. Em Pernambuco, manifestantes se concentraram em frente à Petroquímica de Suape. Vinham dos sindicatos dos metalúrgicos, da borracha, dos policiais civis, do setor têxtil e da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Ao final, seguiram para a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, onde trabalhadores do campo também cobram direitos.
Ainda em Pernambuco, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizaram protestos em quatro rodovias federais do estado.
Em todas as manifestações, gritos em coro pedindo a saída do interino Michel Temer.
Em Alagoas, cerca de mil pessoas se concentraram em frente ao Centro de Estudos e Pesquisa Aplicada (Cepa), na capital Maceió. Trabalhadores de diversos setores, entre eles petroleiros, servidores federais e trabalhadores do campo rechaçam medidas de austeridade do governo interino. Após reunião, os manifestantes saíram em passeata até a Casa da Indústria. Na Bahia, a manifestação também foi em frente à federação das indústrias.
No Espírito Santo, a luta foi unificada entre sindicatos urbanos e movimentos do campo para uma manifestação conjunta na Federação dos Trabalhadores na Agricultura, em Vitória. Em Belém, manifestantes realizaram passeata que reuniu sindicalistas da CUT, CTB, Bancários, Correios, Saúde, Domésticas, entre outras categorias. Tocantins e Paraná também registraram atos nas zonas centrais de suas capitais.
(Com Agência Brasil e RBA)
Centrais buscam unificar luta em defesa de direitos trabalhistas
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