Sete centrais sindicais convocam para mobilização dia 22

A convocação das centrais sindicais para a mobilização no próximo dia 22 foi formalizada hoje também no Rio Grande do Sul em reunião, no centro de Porto Alegre, com a presença do senador Paulo Paim.
Sindicatos e federações empenham-se na organização do dia nacional de lutas – atos, greves, protestos e paralisações na próxima quinta-feira (22) são apontados como “um esquenta” para uma greve geral contra a retirada de direitos – terceirização do trabalho, privatização de serviços de saúde e educação, benefícios trabalhistas e sociais.
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Claudir Nespolo, presidente da CUT gaúcha / Foto CUTRS

“A história é implacável com quem se acovarda”, lembrou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. Ele disse que o futuro irá mostrar que “estamos lutando muito contra o roubo de direitos da classe trabalhadora”.
Participaram dirigentes da CUT, CTB, UGT, Força Sindical, Nova Central, Intersindical e CSP-Conlutas. Além do senador Paim, compareceu o deputado estadual Adão Villaverde.
Nespolo chamou a atenção para os projetos, medidas provisórias e emendas constitucionais, que estão na pauta no Congresso Nacional, como a PEC 241/16, que institui um novo regime fiscal, limitando gastos públicos e essenciais por 20 anos. “Eles botam nome bonito – equilíbrio fiscal -, mas a intenção é tirar os pobres do orçamento, já que essas medidas prejudicam a parcela mais pobre da população, o que é muito grave e danoso para a sociedade e o pior é que já está em vias de votação”, protestou.
Ele criticou principalmente as propostas ventiladas pelos ministros de Temer para a reforma da Previdência e os ataques à CLT e à Justiça do Trabalho, como o PLS 030/15 que prevê ampliação da terceirização.
“Não temos que pagar essa conta”, afirma Paim
“O negociado sobre o legislado é a volta para o período anterior ao governo Getúlio Vargas e é só mais uma covardia desse atual governo que entrou pela porta dos fundos”, disse o senador Paim.
Quanto à reforma da Previdência, que aponta para uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, Paim questionou “o que será dos jovens que estão entrando agora no mercado no trabalho? Terão que contribuir 50 anos para se aposentarem?”
“Eles querem também acabar com a política de valorização do salário mínimo, só que não somos nós que temos que pagar essa conta. São eles que deram um golpe na democracia”, afirmou o senador.
Unidade para barrar os ataques
A defesa da unidade para conter “ataques do governo Temer e das federações empresariais e a denúncia da manipulação da mídia golpista” foram destacadas pelas centrais.
O presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, disse que as centrais se uniram para dar uma resposta à altura do ataque que os trabalhadores estão sofrendo. “Estão privatizando a CLT e precisamos demonstrar neste momento que não vamos aceitar essa reforma nefasta”, afirmou.
Ressaltando a união da classe patronal,  o presidente da Nova Central, Oniro Camilo, frisou que “esses são tempos históricos em que a CLT está sendo jogada no lixo”. Para ele, os trabalhadores precisam se mobilizar unificados para enfrentar a ganância dos  empresários.
“Dia 22 daremos os sinais da nossa revolta e da nossa união. Vamos lutar contra as reformas trabalhista e da Previdência”, garantiu o presidente da UGT, Paulo Back. Ele lembrou a  necessidade de  conscientizar os trabalhadores sobre a importância desse dia.
Para a representante da CSP-Conlutas, Vera Guasso, esse é o maior ataque que os trabalhadores já sofreram e apenas com unidade será possível barrá-lo. “Vamos parar o país nos dias 22 e 29 (dia nacional de luta dos metalúrgicos) e não vamos parar por aí. Esse é apenas o começo da grande greve geral que vamos construir”, enfatizou.
Lembrando a resistência de países da Europa e do Chile contra o avanço das políticas neoliberais e a reforma trabalhista, a representante da Intersindical, Neiva Lazzarotto, lembrou que as centrais não têm uma tarefa fácil.
O diretor da Força Sindical, Claudio Correa, reforçou a importância da unidade das centrais. “Por mais divergências que haja entre nós, sempre haverá unidade quando mexem com os direitos da classe trabalhadora”, disse.
Paralisações na Capital e no Interior
Em Porto Alegre, haverá concentrações nas garagens dos ônibus, em apoio aos rodoviários, a partir da madrugada, seguidas de colunas que se deslocarão depois em caminhada para o centro da cidade.
Também serão realizados atos e manifestações nas cidades da grande Porto Alegre e no interior do Estado.
“Precisamos orientar a população a não sair de casa no dia 22, a menos que seja para participar das manifestações em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, sugeriu Nespolo, da CUT.
Milhares de panfletos das centrais sindicais serão distribuídos nos próximos dias, e até o dia 22 carros de som também circularão divulgando as paralisações e pedindo à população: “só saia de casa para participar dos atos, protestos e paralisações”
As centrais também definiram que os sindicatos filiados não abrirão as portas no dia nacional de lutas e que explicarão aos associados os motivo.
O panfleto abaixo foi apresentado hoje pela CUT-RS:
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(Com informações da CUT RS)

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