– O que eu falo é para gravar! Assim começou a rápida entrevista que o político Ciro Gomes (PDT) deu antes de participar, como palestrante, do seminário Dívida Pública, desenvolvimento e Soberania Nacional realizado nesta quarta-feira no Prédio 40 da PUCRS, em Porto Alegre.
Questionado sobre o rompimento do PMDB com o governo, anunciado ontem pelo Senador Romero Jucá, ao lado de Eduardo Cunha e Eliseu Padilha em reunião aberta do Partido, Ciro foi enfático: “Era a crônica de uma morte anunciada”. Lembrou das diversas vezes em que alertou ao ex-presidente Lula e a presidente Dilma o quão era “estúpido e equivocado” se aliar ao PMDB que chamou de quadrilha da política brasileira.
Temer: “Um assalto ao poder”
Ainda na primeira pergunta, continuou falando de um possível mandato de Michel Temer, sucessor de Dilma em caso de Impeachment. Ciro destacou que Temer foi o candidato a Deputado Federal menos votado pelo Estado de São Paulo e afirmou ainda que o vice-presidente está “vinculado a tudo que está de errado sob ponto de vista constitucional e de corrupção no Brasil”, que está vinculado a Eduardo Cunha e que o próximo passo depois “de assaltar o poder” é “acabar com a Lava Jato”
Segundo Ciro, a operação está saindo do controle dos politiqueiros de Brasília.
Sobre Temer na presidência, Ciro Gomes disse se tratar de um governo ilegítimo que irá se constituir. Para ele, se trata de voltar para um governo de interesses internacionais. Com o PMDB no poder, junto ao PSDB, Ciro acredita que o Brasil terá uma “agenda entreguista”, e cita o exemplo do petróleo e do gás.
Também ressaltou que esse novo governo arrebentaria com os avanços e políticas sociais que atualmente ocorrem no País. “Seria uma tragédia completa”, ressaltou.
Se Temer assumir, Ciro pedirá Impeachment
Para Ciro Gomes não há legitimidade no atual processo de Impeachment que corre no Congresso. Segundo ele não há crime de responsabilidade, motivo de um Impeachment, por parte do Governo Dilma. “Se trata de um truque, que eu não aprovo, mas não é crime” ressaltou. Se a presidente cair, Ciro será o primeiro a mandar o mesmo pedido de afastamento do atual Vice. “ Vou estar baseado no fato que ele (Temer) assinou diversos decretos de pedaladas”, afirmou.
“Impeachment não é inevitável”
Em sua conclusões, Ciro duvidou que um governo formado por Temer e novos aliados fosse livrar o Brasil da atual situação e citou três tipos de crises que estão interligadas: a crise que o Brasil vive junto ao comércio exterior, “temos um rombo de 110 bilhões”; a desvalorização da moeda que colabora para a alta da inflação e por último a crise politica. “Nem o PT, nem a CUT, nem o MST e nem eu vamos deixar vender o Brasil para o estrangeiro”
Por fim terminou dizendo que irá lutar de todas as formas para que o que considera golpe não se abata no Brasil.
Escute na íntegra a entrevista de Ciro Gomes:
"Derrubar Dilma por pedaladas é molecagem", diz Ciro Gomes
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