Comandante da Brigada Militar adverte para risco da greve tomar novos rumos

O coronel Mário Ikeda, comandante da Brigada Militar, disse em entrevista nesta manhã que os serviços de inteligência estão detectando uma mudança de rumos no movimento  dos caminhoneiros, que arrefeceu nas últimas 24 horas mas ainda tem núcleos muito ativos em vários Estados.
Segundo o comandante, novos agentes e novos temas estão surgindo nos pontos de protestos que ainda ocorrem em todo o Rio Grande do Sul.
O movimento, que iniciou contra os aumentos do preço do diesel, agora começa a incorporar novas demandas como o congelamento do preço da gasolina e do gás e até a redução de todos os impostos.
Multiplicaram-se também os relatos de coação a motoristas por agentes infiltrados que impedem a volta às estradas.
O comandante Ikeda estimou em mais de 100 os pontos de bloqueio que continuam nas estradas estaduais e federais em território gaúcho.
Ele disse que para reforçar o contingente e garantir a volta da normalidade, impedindo uma “virada” na greve, a BM interrompeu os cursos de formação de soldados e oficiais e suspendeu o expediente interno, para liberar o máximo possível de homens para as ações de rua.
A situação é mais preocupante em Caxias do Sul, principal polo industrial do Estado, mas há protestos e bloqueios em toda a região.
Os pontos de manifestação seguem numerosos e as restrições de abastecimento e circulação de mercadorias e caminhões ainda são consideráveis.
O movimento já não é liderado pelos caminhoneiros em muitos municípios. Ruralistas, empresários e comerciantes se juntaram aos atos, agregando pautas diversas, e tentam manter os protestos.
Em São Luiz Gonzaga, por exemplo, nos últimos dias, entre as lideranças e integrantes da retaguarda dos protestos, estão empresários do setor de transportes, agropecuaristas, fazendeiros, comerciantes e até criadores de cavalo crioulo. A pauta principal passou a ser a intervenção militar e a manifestação de indignação generalizada com a política brasileira.
A greve dos petroleiros, deflagrada nesta quarta-feira, aumenta a tensão, embora tenha uma pauta – a defesa da Petrobras – até agora uma pauta estranha ao movimento dos caminhoneiros.
Na Refap, na região Metropolitana, já na primeira hora da manhã, na tentativa de barrar a saída do combustível das refinarias, os grevistas entraram em choque com as forças de segurança.

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