Translab, laboratório cidadão, abre as portas em Porto Alegre

O Translab começou a funcionar em agosto numa casa do bairro Rio Branco (Rua Prof. Duplan, 146). É o primeiro “laboratório cidadão” gaúcho.
Internacionalmente conhecido como living lab, é um lugar onde qualquer pessoa pode assistir, discutir e experimentar a cocriação. O foco é a inovação social, cruzando arte, ciência e tecnologia.
O conceito de laboratório cidadão foi difundido na Europa pela rede Enoll (European Network of Living Labs), que há sete anos articula a criação desse tipo de ambiente. Os espanhóis foram os que mais aderiram.  Segundo a Enoll, há 12 laboratórios cidadãos no Brasil, e o de Porto Alegre é o primeiro independente.
O Translab venceu o edital de processos culturais colaborativos da Secretaria Estadual da Cultura, e com isso promove até dezembro o Circuito Montagem, começando pelo começo: oficinas e seminários para discutir e pôr em prática as intenções de um laboratório cidadão.
“Um projeto de inovação social não deve ser confundido com voluntariado ou assistencialismo. É importante pensar a estratégia de sustentabilidade econômica”, adverte um dos coordenadores, o psicólogo Daniel Caminha.
A ideia é que as pessoas, ao buscarem soluções inovadoras, aprendam fazendo, compartilhem conhecimento. Por isso o espaço parece um atelier para criação livre, para desenvolver protótipos que acolham processos de construção com madeira, plástico, papelão e eletrônicos.
Colaboram empresas da economia criativa, como a Nômade (trabalha para aproximar as organizações das pessoas a partir de relacionamento colaborativo), Paxart (produção artística de marcas, produtos, campanhas e ambientes), Tecttum Design (projetos e consultoria em design de produto e tecnologia assistida) e Querosene Filmes (produtora audiovisual). O site do projeto é  www.translab.cc.

Casa Duplan, um espaço para pensar e para fazer
Casa Duplan, um espaço para pensar e fazer

Um exemplo do que está acontecendo na Casa Duplan são os encontros quinzenais com o Raiz Urbana, que incentiva a produção de alimentos em ambiente urbano. Começou como uma experiência na escola estadual de ensino fundamental Ivo Corseuil, com uma oficina para ensinar a plantar. Hoje a educação ambiental está inserida na proposta pedagógica da escola, com grande envolvimento da comunidade.

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