Consórcio projeta calçadão no Cais Mauá com 3,2 quilômetros de extensão

O consórcio vencedor da licitação de revitalização do Cais Mauá de Porto Alegre projeta construir um calçadão que abarque toda a extensão do antigo porto da Capital, com 3,2 quilômetros desde a área próxima à rodoviária até a Usina do Gasômetro.
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A estrutura margeará o Guaíba, contornando cada uma das docas onde serão construídas três torres comerciais – duas delas com altura equivalente a 100 metros –, correndo ao longo dos armazéns tombados e formando uma passarela externa entre o shopping center e o Guaíba, além de passar atrás da Usina do Gasômetro.

Passarela externa na área do shopping | Divulgação Cais Mauá
Passarela será externa na área do shopping | Divulgação Cais Mauá

Neste ponto, o calçadão se unirá ao projeto de revitalização da Orla assinado pelo arquiteto Jaime Lerner, que prevê um deque contemplativo. Somando ambas intervenções, serão 4,5 quilômetros entre a rodoviária e a Rótula das Cuias onde será possível chegar na beirinha do Guaíba.
Segundo mapas disponíveis no site Viva Cais Mauá, mantido pelo consórcio, a “faixa contínua para pedestres e ciclistas”, como está sendo chamada pelo empreendedor, terá largura variável entre 8,7 metros e 20,4. Ao longo da área dos armazéns, o calçadão terá entre 16 e 17 metros de largura.
Estrutura ficará entre as construções e o rio | Divulgação Cais Mauá
Estrutura ficará entre as construções e o rio | Divulgação Cais Mauá

Sete portões, sendo três novos, darão acesso ao calçadão e ao complexo de lojas e restaurantes pretendido pelo empreendedor. Dos sete, quatro serão de acesso exclusivo de pedestres e os outros três, para automóveis.
Vídeo detalha ocupação dos espaços
Um vídeo postado na página do facebook do empreendimento detalha a ocupação dos espaços previstos no projeto. Na área dos armazéns,  prevê a demolição do conjunto A7, que não é tombado, e abre espaço para a construção do shopping. O consórcio prevê o aluguel do A6 para eventos (“casamentos, convenções e seminários”, segundo a narração). Entre os armazéns A5 e A1 serão distribuídas operações gastronômicas e lojas “com vista para o Guaíba”.
O Pórtico Central e os armazéns A e B estarão reservados para atividades vinculadas a cultura, lazer e arte popular. “Essa área estará disponível livremente para utilização pública”, reitera o vídeo.
Os armazéns que ficam à direita do Pórtico abrigarão uma praça de alimentação (B1), lojas de conveniência e serviços (B2) e o terminal hidroviário (B3), que já funciona operando o Catamarã.
O empreendedor avalia ainda a instalação de uma pista de skate para competição, circuito de motocross e bicicross, circo e parque de diversões. Também estão sendo cogitadas a realização de eventos temporários no local, como feiras orgânicas e lançamento de veículos e embarcações.
A estimativa do consórcio é que o complexo receba 12,5 milhões de visitantes por ano.
Área de praças equivalem a 6% da área do projeto
FonteCaisDivulga
Esculturas na Edgar Schneider serão restauradas | Divulgação Cais Mauá

A apresentação audiovisual também destaca a construção de 10 novas praças e a recuperação de uma, cujas áreas somam 11 mil m². Ao todo, o complexo Cais Mauá terá uma área de 180 mil m², entre todas as novas construções e o passeio público.
Entre as praças, o empreendedor salienta a Edgar Schneider, que considera “um patrimônio cultural do Rio Grande do Sul”. Essa área verde fica atrás do edifício do antigo Frigorífico do Porto, que é tombado e será restaurado, abrigando um complexo para eventos.
Nela, há fontes e esculturas de formas clássicas que serão recuperadas, assim como os bancos de concretos e o paisagismo.
Um grupo de moradores reunidos no coletivo Cais Mauá de Todos questiona o modelo de revitalização proposto. Eles consideram insuficiente os benefícios públicos do empreendimento, considerando que serão construídos três espigões, um shopping center e estacionamento para mais de 4 mil automóveis no complexo.
Além disso, salientam irregularidades nos contratos de concessão da área ao empreendedor privado, que estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS).

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