No próximo fim de semana, dias 21 e 22 de julho (sábado e domingo), a Fundação Iberê Camargo apresenta uma programação com oficina de escultura para crianças, no sábado, e o Cine Iberê no domingo, com exibição de dois documentários do cineasta Joaquim Pedro de Andrade.
No sábado, dia 21, às 15h, o Programa Educativo oferece a oficina de escultura Inventando Inutensílios.
Destinada a crianças entre 8 e 12 anos, a oficina explora os significados das palavras e das coisas e encoraja os participantes a expressar a inventividade para criar esculturas inspiradas em objetos já conhecidos, buscando outros olhares e atribuindo-lhes novos sentidos.
As inscrições são gratuitas pelo link http://goo.gl/forms/Svp61Cq3zdOPo6EB2 e a atividade tem como ingresso a doação de uma caixa de leite limpa e vazia, para uso nas atividades do Programa.
No domingo, dia 22, às 16h, o Cine Iberê exibe Couro de Gato (1961) e Brasília: contradições de uma cidade nova (1967) – filmes do cineasta Joaquim Pedro de Andrade, considerado por muitos como o mais autêntico precursor do Cinema Novo.
A sessão única e gratuita será comentada pelo sociólogo, professor e doutor em Planejamento Urbano, Eber Marzulo.
A exibição dialoga com a exposição Moderna para Sempre – fotografia modernista brasileira na Coleção Itaú Cultural, em cartaz na Fundação. A curadoria do Cine Iberê é de Marta Biavaschi.
Com extrema originalidade para tratar os problemas brasileiros, os filmes de Joaquim Pedro de Andrade sobrevivem à mudança dos tempos.
Em Couro de Gato, o cineasta faz uma observação social contundente, que se une à vertente política de um embrionário Cinema Novo, em um exercício de realismo lírico, síntese de ficção e documentário.
O filme retrata as peripécias de um grupo de garotos da favela que, por necessidade, roubas gatos para vender seu couro para a fabricação de pandeiros e tamborins para o Carnaval.
O documentário mostra várias situações em que os gatos são alimentados e capturados. Um dos garotos rouba um gato angorá de uma madame, brinca e divide a sua comida com ele.
Ele hesita em vendê-lo para o fabricante de tamborins, mas a fome se torna maior que a afeição ao gato.
Com fotografia de Mario Carneiro, o filme integrou, em 1962, o longa-metragem de episódios Cinco vezes Favela – filme fundador do movimento Cinema Novo no Brasil –, e recebeu o Primeiro prêmio no Festival de Sestri-Levante – Itália, a Menção especial no Festival de Oberhausen (1962), o Prêmio Francisco Serrador, e o Prêmio Governador da Guanabara.
Em 1995, o filme foi escolhido entre os cem curtas mais importantes que integraram a Mostra Um Século de Curtas, promovida pelo Festival de Clermont-Ferrand, na França.
Em Brasília: contradições de uma cidade nova, o cineasta apresenta imagens da Capital do País em seu sexto ano de existência e entrevistas com seus diferentes habitantes.
Uma pergunta estrutura o documentário: uma cidade inteiramente planejada, criada em nome do desenvolvimento nacional e da democratização da sociedade, poderia reproduzir as desigualdades e a opressão existentes em outras regiões do país?
Com fotografia de Affonso Beato, colaboração no roteiro de Jean-Claude Bernardet e narração de Ferreira Gullar, o filme recebeu o Prêmio Menção Honrosa ao Diretor no Festival de Brasília,1967.
Joaquim Pedro de Andrade (1932 – 1988) foi diretor de cinema e roteirista, integrante do movimento Cinema Novo.
Entre 1961 e 1962, dedicou-se aos estudos de cinema em Paris e em Nova York, onde teve aulas de técnicas de cinema direto com os irmãos Albert e David Maysles.
Entre seus mais importantes filmes, estão: Garrincha Alegria do Povo (1963), O Padre e a Moça (1965), Cinema Novo(1967), Macunaíma (1969), A linguagem da persuasão (1970), Os inconfidentes (1972), Guerra conjugal(1975), O Aleijadinho (1978) e O Homem do Pau- Brasil (1981).
Eber Marzulo é graduado em Ciências Sociais pela UFRGS, Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela UFRGS e Doutor em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ. Sua tese de doutorado é sobre identidade social e territorialidade na modernidade tardia. É professor da UFRGS, nos departamentos de Planejamento Urbano e Regional da Faculdade de Arquitetura e de Desenvolvimento Rural da Faculdade de Ciências Econômicas. Coordena o Grupo de Pesquisa Identidade e Território, com pesquisa em identidade e território / imagem e território.
A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. A Traduzca e a Alves Tegam apoiam a exposição As Durações do Rastro.
Serviço:
Fim de semana na Fundação Iberê Camargo – programação
Sábado, 21 de julho:
Das 14h às 19h – visitação às exposições Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural e As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira
15h – Inventando Inutensílios | Oficina de escultura para crianças de 8 a 12 anos – Inscrições pelo link: http://goo.gl/forms/Svp61Cq3zdOPo6EB2. A atividade tem como ingresso a doação de uma caixa de leite limpa e vazia, para uso nas atividades do Programa Educativo. Informações: (51)32478001 ou educativo@iberecamargo.org.br
Domingo, 22 de julho:
Das 14h às 19h – visitação às exposições Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural e As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira
16h – Cine Iberê – Couro de Gato (14min, 1961, Brasil) e Brasília: contradições de uma cidade nova (23min, 1967, Brasil), de Joaquim Pedro de Andrade – sessão única e comentada por Eber Marzulo. Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: 12 anos
Exposição As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira
Exposição de fotografias de Jordi Burch
Curadoria: Verônica Stigger
Local: 4º andar
Período de exibição: de 16 de junho a 5 de agosto de 2018
Classificação indicativa: Livre
Exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural
Curadoria: Iatã Cannabrava
Local: 2º e 3º andares
Período de exibição: de 19 de maio a 29 de julho de 2018 – EXPOSIÇÃO PRORROGADA
Classificação indicativa: Livre
Visitação: sábados e domingos, das 14h às 19h (último acesso às 18h45min). De quarta a domingo, a Fundação Iberê Camargo também atende a grupos agendados. Para fazer um agendamento, basta ligar para o Programa Educativo – 51 3247 8000
ENTRADA FRANCA
Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000
Como chegar:
A Fundação Iberê dispõe de estacionamento pago, operado pela Safe Park.
As linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao prédio, assim como as linhas de ônibus Serraria 179 e Serraria 179.5. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do Barra Shopping Sul, por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.
Pedestres e Ciclistas: existe uma passagem para que pedestres e ciclistas possam atravessar a via em segurança. A passarela é acessada pelo portão de entrada do estacionamento. A Fundação também dispõe de um bicicletário, localizado nos fundos do prédio.
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