Elmar Bones, de Brasilia
O Correio Brasiliense deu um furo nesta quinta-feira ao noticiar que dois ministros gaúchos do governo Lula – Tarso Genro e Guilherme Cassel – foram vítimas de assalto em Porto Alegre no final do ano.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, perdeu R$ 5,7 mil para os ladrões que atacaram um funcionário de seu escritório no dia 20 de dezembro, no centro de Porto Alegre.
O funcionário levava o dinheiro para depositar na conta de Tarso quando o carro em que estava foi bloqueado por uma moto e o caroneiro desceu com uma arma na mão e o rendeu.
Os R$ 5,7 mil correspondiam a uma das 120 parcelas que os sócios doministro estão pagando a ele por sua parte no escritório de advocacia, vendida há sete anos.
Mensalmente, um funcionário do escritório político de Tarso recebe o dinheiro num envelope. Não foi explicado por que o pagamento é feito em dinheiro vivo e não por uma transferência ou cheque nominal.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, teve sua casa em Porto Alegre arrombada quando passava o natal com a familia em Santa Catarina.
O ladrão levou um aparelho de TV, dois DVDs e vários outros eletrodomésticos. A ocorrência foi registrada por um irmão de Cassel.
Quando voltou para casa, uma semana depois, o ministro foi conferir o boletim de ocorrência e descobriu que a policia tinha o nome e até o endereço de um suspeito, reconhecido pelos vizinhos, mas ainda não havia tomado nenhuma providência porque estava com a equipe reduzida por conta dos feriados de fim de ano.
Cassel ainda argumentou que se a policia demorasse muito, o ladrão ia vender os objetos roubados. Não adiantou. Depois de alguns telefonemas, em vão, o ministro desistiu.
A notícia dos dois casos mereceu meia página no Correio Brasiliense, o mais lido no meio político da capital federal, com direito a foto de Tarso Genro e reprodução do boletim de ocorrência. “Nem ministro escapa de roubo”, foi o título. Foi a única notícia do Rio Grande do Sul na edição.
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