Dois terços dos gaúchos são contra as privatizações da CEEE, Sulgás, Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Corsan e Banrisul.
Esta é a conclusão de um levantamento de opinião feito pelo Instituto de Pesquisa Social e Acessibilidade (Ipesa), que consultou 1.503 eleitores em 63 municípios do Rio Grande do Sul.
A pesquisa foi encomendada pela CUT-RS e os dados foram colhidos entre os dias 23 e 27 de maio.
Manifestaram-se contrários às privatizações, pretendidas pelo governo Sartori, 67,6% dos entrevistados. Apenas 22% são favoráveis, enquanto 7,7% não opinaram e 2,8% são indiferentes.
“É uma resposta ao governo Sartori, que agora propõe um plebiscito para entregar CEEE, Sulgás e CRM, além de colocar em risco as demais estatais gaúchas, como o Banrisul e a Corsan”, avaliou Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS.
Na avaliação do governo de José Ivo Sartori (PMDB), ele recebeu nota média 3,5
Segundo o professor Ottmar Teske, do Ipesa, ”a pesquisa tem como base um cálculo mínimo de amostra, uma confiança de 95% e os erros máximos de estimação de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos”.
29,9% deram zero para Sartori
A nota zero foi a que mais foi dada para o governador na pesquisa do Ipesa, tendo sido concedida por 29,9% dos entrevistados. Já a nota dez foi atribuída por apenas 2,5% dos consultados.
“Caiu a ficha da população, pois está percebendo que foi enganada por Sartoni, que dizia na campanha que ‘o meu partido é o Rio Grande’. Na verdade, o partido dele é o velho PMDB, o mesmo do ex-governador Antonio Britto, de quem ele era líder na Assembleia Legislativa, durante a privatização da CRT, da venda de parte da CEEE e da extinção da Caixa Estadual”, lembra.
A secretária de Formação da CUT-RS, Maria Helena de Oliveira, destaca que “sem diálogo e com repressão e truculência, Sartori arrochou e parcelou os salários dos servidores, aplicou um tarifaço no ICMS e aprovou parte do pacotaço que autoriza a extinção de nove fundações, da Corag e da SPH, dentre outros ataques”.
“Sartori também arrochou o salário mínimo regional, concedendo reajustes abaixo da inflação nos últimos dois anos e reduzindo o poder aquisitivo de cerca de 1,3 milhão de trabalhadores e trabalhadoras”, frisa o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antonio Güntzel.
Nova greve geral
Claudir Nespolo avalia que os dados da pesquisa comprovam que as centrais sindicais estão em sintonia com a população ao anunciarem a realização de uma nova greve geral, cuja data entre os dias 26 e 30 de junho será definida em reunião nesta segunda-feira (5), em São Paulo.
“Vamos fazer uma nova greve geral, maior ainda do que a de 28 de abril, e concluir a marcha histórica de 24 de maio em Brasília para barrar as reformas da Previdência e trabalhista, e exigir Fora Temer e diretas já para que o povo escolha democraticamente um novo presidente”, conclui Claudir.
Dois terços são contra privatizações de Sartori, segundo pesquisa
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