Empresa que recebe efluentes de 1.500 indústrias é interditada

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental suspendeu hoje (10), por tempo indeterminado, as atividades da Cettraliq – Central de Tratamento de Efluentes Líquidos. A empresa, identificada como poluente da água, ignorou exigências da Fepam.
A decisão, segundo a Fepam, decorre da emissão continuada de odores provenientes da atividade da empresa em quantidades perceptíveis fora do limite de sua propriedade, contrariando determinações da licença ambiental concedida pela Fepam.
Várias exigências não foram cumpridas, como a abertura de processo de licenciamento ambiental para a instalação de emissário para a condução de efluente industrial tratado; a apresentação de proposta técnica para o enclausuramento em todos os tanques e equipamentos geradores de odores e o tratamento dos gases gerados pelos mesmos. E ainda uma proposta de monitoramento de compostos orgânicos voláteis de todas as cargas de efluentes recebidas pelo empreendimento.
Com a medida, a empresa está impedida de receber e lançar efluentes líquidos no Lago Guaíba.
A empresa tem prazo de dez dias para apresentar relatório técnico comprovando o atendimento das exigências ou apresentar o termo de encerramento da atividade acompanhado de cronograma para o esgotamento e limpeza dos tanques e destinação dos passíveis ambientais remanescentes.
Ainda segundo a Fepam, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) aproveitará a decisão da Fepam para realizar a limpeza da rede de esgotos pluviais e das caixas coletoras da região.
Em julho, a secretária estadual do Ambiente e presidente da Fepam, Ana Pellini, disse que não há em Porto Alegre outra empresa que preste serviço similar. Desde então, determinou que a empresa aprimorasse o tratamento de resíduos imediatamente. A Fepam não informou qual deverá ser o destino dos efluentes líquidos industriais que vinham sendo tratados pela Cettraliq.
A empresa trata efluentes líquidos de cerca de 1.500 indústrias. Em nota oficial, a Cettraliq afirmou que os resultados de uma série de análises realizadas na estação de tratamento de efluentes da empresa apontaram um número de bactérias Actinomicetos “dentro do normal para a atividade”, em cada uma das duas lagoas de tratamento. Segundo laudo da Umwelt Biotecnologia Ambiental, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ela não seria responsável pela quantidade de bactérias Actinomicetos detectados pelo Dmae na Casa de Bombas do Trensurb. Ou, pelo menos, não a única responsável.
(Com informações da Fepam)

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