Empresário defende aeroportos públicos

Numa linha um tanto diferenciada de tudo o que foi dito no Forum da Liberdade, falou o empresário brasileiro-norteamericano David Neeleman, proprietário de quatro empresas de aviação, Jet Blue Airways e Morris Air (norteamericanas), e Westjet (canadense).
Agora ele investe no Brasil com a empresa Tudo Azul, que pretende inovar em matéria de qualidade de aviões e serviços. Neeleman mostrou posicionamentos diferenciados quanto a dois assuntos: sua surpresa ao saber que as empresas de aviação brasileiras compram aviões lá fora, quando “os aviões da Embraer, afirmou ele, são os melhores do mundo em matéria de egurança, conforto e operação. Comprei 15 e pretendo ir até a 90 aeronaves, se tiver condições de alargar o mercado”.
Outro tema que o distinguiu dos demais, foi sua afirmação de que os aeroportos comerciais devem ser sempre públicos. “Aeroportos não devem ter lucros, mas servirem às necessidades de transporte das pessoas. Aeroportos privados tendem a encarecer todos os serviços, os custeios das empresas e os preços das passagens.
Há mais segurança para todos, empresas e passageiros, se o aeroporto for público”. Informou também que, nos Estados Unidos, a generalidade dos aeroportos é público, seja a nível federal, estadual ou municipal.
Neeleman ainda não teve, certamente, a oportunidade de ser informado a respeito de alguns objetivos do ministro da Defesa, Nelson Jobim, com relação ao assunto. Nem com respeito às pressões de algumas empreiteiras em ação em Porto Alegre[2], para semear espigões na zona Norte, interferindo com a segurança de vôo.
A opinião desse empresário, de tipo bastante jovial, é de que os aeroportos precisam ter grandes áreas de reserva para expansões futuras. Cercar fisicamente um aeroporto, diz ele, compromete o desenvolvimento econômico da região.

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