Esperança dá o tom da Assembléia Cristã

Encontro da música com o teatro contagiou os participantes da 9ª Assembléia do CMI (Divulgação)

Helen Lopes

Em tempos de intolerância e acirramento das diferenças, a abertura da 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) provou que a esperança em dias melhores ainda é compartilhada por muitos. No auditório do prédio 40 da PUC, na tarde desta terça-feira (14/02), os participantes acompanham um espetáculo teatral dos grupos Depósito de Teatro e Som na Lata.

No início, platéia com olhos aguçados e até demonstrações de estranhamento. Na seqüência, anglicanos, luteranos, metodistas, calvinistas, pentecostais e católicos de todos os continentes foram arrebatados pelo ritmo brasileiro. Na batida da música “O que é o que é”, de Gonzaguinha, o sentimento de esperança unificou as crenças, pelo menos, por alguns minutos.

O moderador do comitê central do CMI, patriarca Aram I, deu inicio aos trabalhos com um minuto de silêncio para orações conforme cada religião. Depois falou que o encontro servirá para abordar em conjunto ações e desafios para os próximos anos e comemorou a grande presença jovem. Cerca de 15% dos inscritos. O secretário-geral do CMI, Samuel Kobia, aproveitou para saudar todas as tradições cristãs presentes.

O vice-prefeito de Porto Alegre de Eliseu Santos lembrou da importância da Assembléia para a Capital. “É uma honra para a cidade abrigar um evento como este, realizado pela primeira vez na América Latina.” Já o governador do Estado, Germano Rigotto, traçou uma linha histórica sobre a importância do cristianismo na civilização. Afirmou ainda que um dos desafios das igrejas é a superação do relativismo e do materialismo, que, segundo ele, coloca Deus na prateleira de bens não duráveis.
Fórum da diversidade

A diversidade religiosa, étnica, lingüística e cultural é a marca do evento, chamado por muitos de Fórum Social Mundial ecumênico. A própria escolha do local se deve ao FSM. De acordo com a organização, Porto Alegre foi escolhida pelas vivências sociais como o Fórum.

A Assembléia do CMI acontece a cada sete anos, desde 1948, quando foi criada. Pela primeira vez, o evento está desenvolvido na América Latina. Celebrações, estudos bíblicos, plenárias temáticas e diálogos ecumênicos integram a programação.

Confira a programação da quarta-feira, 15 de fevereiro:

12h45min – Coletiva do Moderador do CMI, Aram I (patriarca da igreja Apostólica da Armênia ) Local: Teatro, prédio 40

12h45min – Dança dos índios kaingangues na grande tenda

12h45min – Apresentação de dança de crianças da Botswana/ Apresentação de dança de crianças da Botswana

14h15min – Coletiva do Secretário Geral do CMI, Reverendo Dr. Samuel Kobia (Igreja Metodista no Quênia) Local: Teatro, prédio 40

15h-16h30 – Fala do moderador do CMI, Aram I. Local: Plenária, prédio 41

16h30min – Encontro com a Mídia (Meet the Press) Um confronto de civilizações é inevitável? Globalização, cultura, religião e violência – a ser confirmado

17h-18h15 – Relato do Secretário Geral do Conselho Mundial de Igrejas Reverendo Dr. Samuel Kobia. Local: Plenária, prédio 41

19h30min – Globalização no Futebol (peça de teatro que representa uma partida de futebol entre os países ricos e os pobres)

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